Fui no banheiro rapidinho e ao sair esbarrei em quem estava me olhando desde a hora que chegou, pronto!
Quando voltei estava mais cheio e as meninas dançando, eu puxei o embalo e dancei um pouquinho.
Olhares foram inevitáveis mas eu nem liguei, continuamos a dançar.
Fiquei a madrugada todinha aqui e por volta das 03h eu decidi ir embora mas não tinha nenhum carro de aplicativo por perto.
Karina: Dorme lá em casa mona, minha mãe não implica não.
Hellen: Não amor, obrigada!
— Se ela quiser pode dormir aqui também pô. —Disse o cara que não tirava o olho de mim a noite inteira.
Karina: Deixa de ser descarado garoto; é amiga, eu durmo aqui contigo se precisar.
Deus me livre de assunto!!!
Fiquei sentada com as meninas no meio fio e conversando.
Karina: Qualquer dia podemos ir na favela da Hellen, o baile lá é o fervo!
Hellen: Vão sim, vão lá gastar na barraca da minha tia.
Eu já estava com sono e nem ônibus tinha rodando ainda, meu sonho era a minha casa mas cabei cedendo e entrando para casa do bonitão, as piranhas dormiram e eu fiquei acordada sozinha, nos jogamos pela sala mesmo. Pra falar a verdade eu não confio naquele moleque, vai que me abusa aí, sei lá...
Me levantei e fui ao banheiro e ao sair esbarrei no cara, de novo. Que porra!
Hellen: Ai cacete! -Reclamei.
— Presta atenção rapá.
Hellen: Se manca! Presta atenção você...
Sem hesitar ele me puxou pelo cabelo e tentou me beijar, esquivei umas três vezes mas o cheiro e a pegada dele me paralisou, era um misto de Sauvage com maconha, acabei cedendo mesmo contra a minha vontade
Meus amigos, que beijo... Ele me empurrou na parede e pegou no meu pescoço no intuito de me deixar sem ar mas foi uma coisa que favoreceu. Era um beijo que encaixava legal e me prendia de tal forma, ele não queria largar e eu menos ainda...
Ouvi uma rapada de garganta e só então nos soltamos. Era Karina, eu não tive aonde enfiar a minha cara.
Karina: Sou cega! Só quero a licença pra ir no banheiros, me dêem?
Acabei sorrindo mega sem jeito.
Hellen: Abusado! Eu hem. -Reclamo mesmo, sussurrando.
— Sai garota, neurose de novinha nós tira assim.
Hellen: Teu primo é maluco meu, folgado! -Falei ao entrar no banheiro.
Karina: Dorme lá no quarto dele garota, eu não ligo não.
Hellen: Vou nada, tá doida?!
(...)
Fiquei em casa pensando naquele beijo, e que beijo! Fazia tanto tempo que eu não beijava uma boquinha diferente que eu chega estranhei, agora é acostumar com lábios novos.
Me levantei da minha cama por voltas das 15h e pouca, e fui direto me vestir pra ir na rua com a minha tia comprar bebida pra amanhã. Na volta pegamos um Uber, que nos deixou na porta da minha tia, guardamos as bebidas e ficamos batendo papo.
Mara: E aí, ele apareceu? -se referiu ao falecido.
Hellen: Claro que não e se ele aparecer lá eu vou na boca.
Mara: Sei bem, vá curtir sua vida conhecer novos gatinhos.
Hellen: Fiquei com um ontem...que beijo tia, ainda não esqueci. -Conto empolgada- Primo de uma colega minha do colégio, foi só um beijo só, quero não.
Mara: Legal! Conhecer pessoas novas..
Nem fiquei muito, Adryane estava trabalhando e eu estava muito cansada.
— Irmã... —Ouço; olhei pra trás e quando eu vi quem era...
O pau te acha!!! E vai ser hoje.