Rony se abaixa ao lado do amigo que estava atirado no chão.

- Entre na mente dele, Harry, descubra onde ele está. - o ruivo pede. - se acharmos ele, achamos a cobra.

- E se ele nos enganar novamente?

- Ele não vai. - asseguro. - aprendi algo na mansão Malfoy... - respiro fundo. - ele não consegue ter comunicação ou influência com os comensais quando eu estou próxima, não é algo que eu tenha certeza, eu apenas o ouvi comentando.

- Noora, isso é loucura. - Ron me olha confuso.

- Na verdade, os efeitos da marca cessavam quando a Noora estava perto de mim. - Draco acrescenta pensativo.

- Eu deduzi que o efeito varia de acordo com os meus sentimentos, sejam eles bons ou ruins, quanto mais fortes, maior a minha "proteção". - faço aspas com as mãos.

- E no que isso ajudaria? - Harry pergunta.

- Ele não ter influência sobre você e sobre o que você verá, o torna mais transparente e vulnerável, ele não pode confundir você dessa maneira.

- Ela tem razão. - Hermione concorda. - se a dedução dela estiver correta, será bem mais fácil entrar na cabeça dele.

Me ajoelho ao lado dele e pego sua mão tentando manter o máximo de concentração possível, não é algo que eu consiga controlar, mas a Minerva um dia me disse que o segredo de qualquer feitiço é a concentração.

- A coisa da mão é realmente necessária? - escuto o Draco resmungar.

- Não é uma boa hora, Malfoy. - Mione adverte.

Harry fecha os olhos apertando a minha o mão, seu rosto toma uma expressão atordoada. Queria pedir para que fosse mais rápido, os barulhos indicavam que Hogwarts estava ruindo.

- Eu sei onde ele está.

(...)

O mesmo lugar onde eu costumava conversar com os meus colegas e compartilhar bons momentos, agora estava tomado pelo caos, alguns corpos conhecidos sem vida pareciam me tirar as forças enquanto eu me obrigava a correr seguindo o Harry.

Minhas pernas paralisam no momento em que vejo o garoto loiro deitado no chão. Meus joelhos cedem e caem em direção ao chão, ao lado do corpo pálido.

- Noora, nos precisamos ir. - Rony murmura preocupado.

Encosto a cabeça no abdômen rígido apertando as mãos frias dele que não correspondiam o meu toque.

Córmaco McLaggen pela primeira vez desde que nos vimos não me ofereceu o seu típico sorriso malicioso, sua boca estava arroxeada e sem qualquer contração.

- Eu sinto muito, amor. - Draco aperta os lábios enquanto olhava para os dois lados aflito.

Os outros três haviam ido, eu não conseguia me mover. Era o Córmaco, ele não pode morrer.

- Seu garoto estúpido, você deveria ser um goleiro profissional, esqueceu que me prometeu entradas de graça? - um soluço alto escapa da minha boca enquanto passo o meu dedo pelo peitoral dele. - e... e eu estava quase convencendo a Anna Abbott a sair com você, ela é bem alta, sei como gosta de garotas altas. - tento sorrir.

As mãos do Draco acariciavam as minhas costas, ele abria a boca diversas vezes mas não falava absolutamente nada, ele não era tão bom com palavras.

- Não consegui contar a você que eu estou noiva, não consegui contar tanta coisa, você iria gostar de saber dos detalhes, claro que iria, é o rapaz mais fofoqueiro que eu conheço. - imagino o sorriso que ele daria. - Por favor, McLaggen, fique aqui, prometo que deixo você me torturar com a sua massagem nos pés, e que deixo você comentar como as minhas meias são feias, sem reclamar.

Eu chorava baixinho enquanto Draco me abraçava, me apertava como se tentasse juntar todos os meus pedaços.

As mãos dele fecham delicadamente os olhos opacos do garoto loiro.

- Agora ele está descansando. - beija meu rosto. - Você precisa ser forte.

BE EVIL || DRACO MALFOYWhere stories live. Discover now