"Causa perdida."

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Eu e Harry conversávamos sentados no chão do pequeno jardim que havia na casa. Haviam muitas estrelas no céu, era uma bela noite.

Harry contava que havia lido mais cedo no jornal que houve um ataque ao beco diagonal, os comensais da morte causaram pânico no lugar.

- Como está a convivência com a professora McGonagall? - ele pergunta.

- Está muito boa, ela vez ou outra me conta histórias do meu pai, disse que o conheceu enquanto trabalhava no ministério, e ela faz os melhores biscoitos de aveia do mundo.

Ele me beija sem qualquer aviso prévio, me assusto no começo, mas correspondo logo depois acariciando os seus cabelos pretos. Os dedos trêmulos passeavam pela minha panturrilha, me fazendo arrepiar um pouco.

- Desculpem a intromissão. - A voz de Dumbledore nos assusta.

Harry fechou sua boca com tanta força que cortou o meu lábio inferior, solto um alto gemido de dor sentindo o gosto do sangue na minha boca. Me levanto bruscamente com o susto e arrumo o meu vestido, o Potter faz o mesmo.

- Boa noite, Professor Dumbledore. - o cumprimento.

- É, Boa noite. - Harry o cumprimenta com cara de poucos amigos.

- Lamento, mas precisam vir comigo. - ele estende os dois braços. - toquem no meu braço.

Ah não, aparatar de novo não, acho que meu fígado ainda está nos pés da última vez. Toco em seu braço, e assim que Harry faz o mesmo nos aparatamos, não foi tão ruim quanto da primeira vez, devo admitir.

- acho que acabamos de aparatar, não? - Harry reclama colocando a mão no abdômen.

Observo o povoado escuro que estamos, haviam várias casas bem alinhadas, eram todas bem bonitas.

- Bem vindos ao charmoso povoado de Budleigh Babberton. - Paramos em frente a menos favorecida das casas. - Devem estar se perguntando porque eu trouxe vocês aqui.

- Depois de todos esses anos, eu nem questiono mais. - Harry responde.

Eu observava a casa, não estava com um bom pressentimento, empunho a varinha.

- Varinhas a postos, Harry.

Os dois empunham suas varinhas também, entramos na casa completamente destruída. Os móveis estavam destruídos e espalhados pelo chão.

- Horácio? - Dumbledore chama.

Piso em um pedaço de papel, que reconheço como o jornal de duas semanas atrás. O Harry estava na capa acompanhado de letras garrafais que formavam "O Eleito?"

Sinto algo pingando nas minhas costas, mas assim que coloco a mão? Noto que é sangue, bom... Ou é um líquido vermelho qualquer, mas ao julgar pelo estado da casa, arrisco sangue.

Dumbledore pega uma gota que caía do teto e coloca na boca, posso sentir todo o meu estômago se contorcer. Que nojo.

Observo a casa e havia uma poltrona em perfeito estado, um pouco estranho, já que todos os móveis estavam completamente destruídos, por que poupar uma poltrona com estampa de gosto duvidoso?

Me aproximo com cuidado da poltrona roxa, e me assusto quando uma cabeça rasga o estofamento, giro a varinha com a intenção de lançar o feitiço estupefaça, mas Dumbledore me impede.

- Não se preocupe.

a poltrona se tornou um senhor de meia idade gorducho vestindo pijamas listrados.

- Pelas barbas de Merlin! - o homem exclama. - O segredo está no estofamento, ele é natural. Onde eu errei? - ele pergunta divertido.

- Sangue de dragão. - Dumbledore responde. - Agora, as apresentações, Leonoora, Harry, esse é um velho amigo e colega meu, Horácio Slughorn.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora