"Guerra."

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Harry tinha certeza que poderia sentir seus pulmões serem arrancados do seu corpo ao ver a garota que amava caída nos seus braços.

- O que você fez? - ele grita apertando o ferimento da garota. - para você é tão prazeroso assim tirar absolutamente tudo o que eu tenho? Arrancar de mim tudo o que eu amo?

A frustração não o permitia chorar, apenas se sentir amaldiçoado, seu peito estava carregado de dor como nunca esteve antes.

- Não seja tão dramático, Harry. - Voldemort diz com desprezo evidente em sua voz.

O garoto Potter puxa a garota mais para si e inala o cheiro do seu cabelo, seu coração parecia querer sair pela boca, a mesma reação que tinha a cada toque dela, até mesmo a cada vez que a via.

- Levante-se, Leonoora. - a voz fria ordena fazendo o garoto se assustar. - as vezes precisamos fraquejar para sermos fortes novamente.

Harry acariciava o rosto delicado da garota passava o polegar pelos lábios avermelhados, ele sempre a achou a garota mais bonita do mundo, uma beleza quase angelical.

Até que ela abre os olhos, ele sente todo o ar sendo puxado do seu corpo e poderia jurar que seu coração havia parado de bater. Olhos brancos e um sorriso de canto maldoso, maldade que o Harry sabia que não existia nela.

Solta o corpo da garota, agora desconhecida, e levanta-se rapidamente se afastando dela.

Leonoora estava de pé a sua frente, como ele desejou minutos atrás, mas não a Leonoora que ele queria.

- Lute com ele, Leonoora. - Voldemort não poderia estar mais animado.

Harry nega com a cabeça e abre a sua mão fazendo a varinha cair no chão banhado pelo sangue do amor da sua vida.

- Não quero lutar com ela. - aperta os lábios, a verdade era que ele não conseguia lutar contra ela.

- Bom, Potter, essa é uma escolha sua. - ele volta a atenção para a sua filha e por um momento o seu coração parece baquear por ela ser tão parecida com a mãe. - Faça, Leonoora.

Ela volta a sua atenção para o Harry Potter, e depois, novamente para o seu pai.

- Não. - diz firme e as mãos do homem maldoso tremem por um segundo, os olhos brancos a deixava assustadora.

- O que disse? - ele estava incrédulo.

- Acho que não está escutando direito, papai, eu disse que não. - a segurança na sua voz parecia tornar o local mais frio do que estava. - O trabalho sujo é todo seu, não sou a sua máquina.

O Harry poderia jurar que havia visto um lampejo de tristeza quando ele apontava novamente a varinha para a própria filha, o Potter tremeu ao pensar na possibilidade de vê-la mal mais uma vez, ou pior, morta.

- Avada Kedavra. - Voldemort diz puxando todas as forças que o seu corpo tinha.

Antes que o feixe de luz verde pudesse atingir Leonoora, o garoto não saberia explicar o motivo, mas jogou o seu próprio corpo entre ela e a morte certeira, fazendo o feixe de luz atingir diretamente o seu peito magoado.

Ambos caem desacordados lado a lado, como dois companheiros de guerra.

- Dois coelhos com uma cajadada só. - o lorde fala, mas não parece feliz com o feito, talvez o pingo de humanidade que havia dentro daquele corpo coberto de maldade estivesse acendendo. - Narcisa, preciso que me confirme se ambos estão mortos. - pede e a mulher caminha lentamente sabendo o que aquilo significaria para o seu filho.

Se abaixa entre os dois, a dúvida assolava o seu coração enquanto seus olhos passeiam pelo corpo da coisa que o seu filho mais amou na vida, lembra de como ele estava feliz nos braços da pequena garota, ela nunca havia o visto tão forte.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora