"Proteção."

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Draco me olhava aflito enquanto meus pulmões se recuperavam do incêndio. Com a queda de adrenalina, pude sentir as dores de algumas queimaduras e os meus pulmões pareciam pegar fogo na minha caixa torácica. Amarro os cabelos em um nó desarrumado para que não grudem na minha nuca.

- Com a sala precisa em chamas, como vamos achar a tiara? - o garoto ruivo questiona limpando um pouco o rosto coberto de fuligem na região do nariz. - espero que ela possa ser destruída com o fogo.

- Não podemos correr riscos fúteis nessa altura do campeonato, talvez se eu voltar... - Harry tenta.

- Não, Harry, a sala está toda tomada pelo fogo, seria suicidio. - Hermione contraria.

Quando a dor nos meus pulmões cessa levemente, consigo formular uma frase sem me engasgar.

- Eu achei a tiara.

- E então, a destruiu? - Hermione pergunta com um fio de esperança.

- Não era uma Horcrux. - Digo mexendo na gargantilha prateada entre meus dedos, passando o polegar nos rubis cravejados simulando os olhos de uma cobra. - acredite, eu posso sentir.

- Mas eu vi. - Harry insiste. - Deve ter se enganado, Leonoora.

O meu sangue parece ferver, fico de pé com os olhos firmes nas íris esverdeadas do moreno, as mãos de Draco seguram a minha mão esquerda em sinal de apoio.

- Escute com muita atenção, sim? - aviso tentando ser o mais paciente possível. - a tiara se desfez como plástico nas minhas mãos, não era uma Horcrux! - digo confiante.

- Desculpe, não estou duvidando da sua capacidade ou desconfiando de você, apenas me assusta o fato de não termos absolutamente nada em mãos no momento, nenhuma carta na...- parece perder a voz quando seus olhos encontram o meu colo.

- Potter, o que... - Draco começa rudemente, mas é interrompido.

- O colar. - afirma apontando para a joia. - onde o conseguiu?

- Ele era da minha mãe, você-sabe-quem me deu.

- o colar é a outra Horcrux, é a única opção. - segura delicadamente a gargantilha. - posso? - assinto enquanto suas mãos ágeis o retira sem dificuldade.

Empunha algo, que pressupus ser um osso pontudo, no momento que ele acerta o objeto brilhante, uma grande cabeça de cobra é projetada em chamas como se nos atacasse. Harry teve um pouco da roupa chamuscada antes que a cobra sumisse.

- Como conseguiu o osso? - pergunto curiosa.

- É um dente de Basilisco, uma longa história. - diz sério.

O rosto dele toma uma expressão de pura agonia, os olhos mexiam sem qualquer controle, e tinha a respiração ofegante que fazia seu peito subir e descer freneticamente.

- É a cobra, ela é a última Horcrux. - Harry afirma com convicção.

- Ele nunca se afasta da Nagini.

- Desde quando você tem intimidade o suficiente para chamar aquela cobra pelo nome? - Draco sussurra confuso.

- Foram dias confusos. - respondo.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora