"Controle."

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Todos os dias alguém era torturado pelas minhas mãos sujas, me lembrava de cada grito, de cada gota de sangue, todas em minhas mãos.

A outra Leonoora havia terminado o serviço muitas vezes em alguns animais, mas ficava fraca antes que pudesse terminar em alguém. Com terminar o serviço, me refiro a tão falada maldição da morte.

Agora, eu estava na sala de jantar em comunhão com os comensais, em comunhão com aqueles que mataram a minha família.

Passos fortes ecoam na sala e Severo Snape aparece com uma expressão muito séria. Seu olhar segue até o corpo debilitado da nossa professora de estudo dos trouxas.

- Severo, apesar do seu atraso, guardamos um lugar para você. - Ele volta o seu olhar para mim. - Apenas que não se repita, a minha filha não gosta de esperar.

Ergo o rosto e encaro o rosto anguloso de Severo, ele me olhava fixamente, desvio os olhos quando sinto a mão quente do Draco apertar a minha por baixo da mesa.

Eles conversavam sobre a interferência no ministério e principalmente, sobre o Harry Potter, como iria ocorrer a morte dele, como iriam pega-lo.

Bellatrix se oferecia animadamente para a missão de matar o Harry, a única que estava radiante na mesa, bom, da forma dela.

- Apesar de admirar a sua sede de sangue, Bella, eu com muito orgulho delego essa tarefa à Leonoora, a minha filha, é o dever dela, matar o menino. - Todos os olhares voltaram-se para mim, olhos frios, alguns até mesmo com um brilho cômico.

Os olhos de Amico Carrow seguiram até as minhas mãos que agora repousavam na mesa, e estavam atentamente sobre a minha cicatriz.

"Não devo ser uma vadia."

Não me doía ele estar rindo enquanto lê, não machucava nem um pouco, a outra Leonoora não sentia dor, ela estava ali no momento, me colocando atrás de si e sendo uma armadura naquele momento.

- Do que está rindo, Carrow? - pergunto gentil e ele respira fundo antes de responder. - Achou a minha cicatriz cômica? - Levanto as costas da mão para expor e ele tenta segurar o riso, mas ri ainda mais.

Draco faz menção de levantar, mas coloco a minha mão na sua perna, os olhos dele assim que entram em contato com os meus, causa uma onda de susto no corpo do homem, que volta a rir logo depois.

Escuto outras risadinhas de pessoas que provavelmente viram também a cicatriz nojenta que havia nas minhas mãos.

Sinto o corpo do Draco se levantar, conduzo o corpo rígido para a cadeira novamente e sorrio docemente, os olhos dele parecer me temer.

- Está tudo bem, Draco, é engraçado. - olho fixamente para Carrow e fecho os dedos lentamente mentalizando a sua traqueia. - Não é engraçado, Amico?

Os olhos claros de Amico se arregalam tanto que posso jurar que eles iriam saltar para fora do corpo, sua boca e suas narinas lutavam para puxar o ar, mas como recompensa, apenas era mais achatadas.

- E você, Aleto? - a mulher ruiva, irmã do Amico, me olhava atordoada. - Por que não está mais rindo, querida?

Os dedos dela tremiam e sua respiração estava descompassada ao ver o irmão com a pele do rosto avermelhada, e completamente sem fôlego.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora