"Inserida no mundo que pertence"

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"Não seja medrosa, Noora."

"Vamos , repita comigo, lumus."

A lembrança dos momentos com a minha irmã me faz ter coragem, ela era diferente, me ensinava coisas diferentes, me dava livros diferentes, se fechar meus olhos posso ver claramente seu sorriso reconfortante e esperançoso.

Tento perder-me em minhas boas memórias enquanto escuto a voz do meu pai proferir inúmeros feitiços.

Posso ouvir claramente uma risada feminina estridente e logo profere algo que jamais imaginaria escutar, minha irmã havia dito que era estritamente proibido.

- crucio. - escuto os gritos dos meus pais e tento abrir a pequena porta.

Os gritos ficavam cada vez mais desesperados, eu já me jogava contra a porta com todas as minhas forças, minhas lágrimas corriam pelo meu rosto incessantemente e meus gritos já machucavam a minha garganta.

Os gritos cessaram depois de um tempo e a única coisa que ecoava naquele momento era o meu choro desesperado.

Escuto passos firmes aproximando-se cada vez mais do pequeno porão onde meu pai me escondeu como um rato.

- Finite Incantatem. - escuto uma outra voz feminina firme.

Uma mulher velha em vestes negras desce as escadas estreitas do local.

- está aqui, Alvo, a encontrei. - ela diz e sorri pra mim.

Noto que ainda empunhava sua varinha em minha direção.

Tiro a varinha da minha irmã de minhas vestes e e aponto para a velha falando rapidamente:

- Expelliarmus! - pego sua varinha e ela me olha surpresa.

- Como você tem acesso a magia? - seus olhos incrédulos não aparentavam medo, mas sim uma certa curiosidade.

As varinhas voam da minha mão e sou atingida levemente por um velho que eu não havia notado ali.

- Quem são vocês? - grito, agora indefesa.

- Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, tenha calma, Leonoora, por favor.

- Hogwarts? - digo incrédula lembrando da minha irmã mencionando isso na coruja que me enviava secretamente.

- Era onde você deveria estar, querida, desde os 11 anos. - a mulher diz docemente.

- Meus pais, onde estão? - pergunto nervosa e alerta.

- Oh, querida... - ela se aproxima com lágrimas nos olhos.

- Não! - minhas lágrimas surgem novamente.

- Nós chegamos tarde demais, eu lamento. - Dumbledore diz calmamente.

- Quem fez isso? - tento gritar mas minha voz falha. - Quem diabos é você? - olho para a senhora.

- Minerva McGonagall, uma grande amiga do seu pai, não tinha ciência da sua existência até o mês passado, eu confesso que não acreditei e...- Dumbledore a interrompe.

- Perdão, Minerva, creio que seja melhor explica-la quando estivermos em segurança e ela estiver mais calma.

- Tem razão, Alvo.

Alvo estende o braço para Minerva e logo depois para mim toco receosa as mangas daquela capa azulada.

No instante que o faço, me condeno. Posso sentir  meus pulmões apertarem, meu crânio parecia que iria se partir e meu coração parecia estar sendo esmagado.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora