"Platônicos."

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P.O.V DRACO MALFOY

Pansy afagava meus cabelos enquanto eu só conseguia pensar na Noora. Vê-la chorando daquela maneira em uma situação que ela nem está envolvida me deixou abalado, seus olhos marejados são a pior tortura que eu já fui submetido na vida.

Pansy todos os dias fazia questão de jogar na minha cara o quanto eu não deveria me meter na vida da Noora, como eu atrapalharia, como ela é boa demais para mim. Apesar dela me conhecer como eu realmente sou, eu gostaria que ela estivesse mentindo, só para eu poder uma vez me sentir merecedor de algo bom que aconteça comigo.

- O que a maluca está fazendo? Parece uma assombração. - Pansy ri da Noora indo de uma forma esquisita para fora do Castelo, seus olhos não tinham expressão alguma.

- Eu preciso ir. - digo e corro desesperado atrás dela, a distância entre nós é relativamente grande quando entrando na floresta proibida. O que diabos ela estaria fazendo ali? Corro o mais rápido que consigo para aquela maldita floresta e não chego rápido o suficiente para evitar que a Noora se jogue no lago.

Pulo no lago absurdamente frio, minhas pernas travavam de tanto frio, Noora caia sem vida enquanto eu nadava na porcaria do lago que parecia ser sem fundo. Seus olhos de repente tomaram vida e ela se debatia na água inalando e me olhando com desespero. Finalmente consigo levá-la para a superfície, atiro seu corpo na beira e ponho pra fora os prováveis litros de água que estariam no meu pulmão no momento.

- Sua maluca, por que fez isso? Quase me matou de susto. - ela não responde, provavelmente deve estar envergonhada pelo momento. - Você nunca mais repita isso! - digo rindo e quando me viro para vê-la, seu corpo sem vida me desespera. - Não, não, não, não é possível! - fazia respiração boca a boca incessantemente e massagem cardíaca, mas parecia inútil. - anda Noora, não me deixa, Noora, por favor. - imploro já com as lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto.

Continuo a respiração boca a boca, minhas mãos já tremiam e a cada pausa eu gritava por socorro, nunca estive tão desesperado na vida. Escuto sua tosse em meio aos meus gritos e a olho esperançoso, ela colocava uma grande quantidade de água pra fora, suas mãos tremiam e seus lábios estavam arroxeados.

- Merlin, Noora, quase me matou de susto. - a aperto contra mim para verificar se não estava delirando. - Está bem? Como se sente? - pergunto preocupado sentindo seu corpo gelado.

- Estou bem, foi só um susto, fique calmo. - só quando ela passou a mão no meu rosto a fim de enxugar minhas lágrimas notei que não tinha parado de chorar desesperadamente.

- Quem fez isso com você? - pergunto e ela nega.

- Eu não sei. - diz com dificuldade por conta dos lábios trêmulos.

- Prometa que vai ficar pra sempre em terra firme, Noora, prometa. - peço como uma criança patética, recebo em troca um sorriso carinhoso e ela assente. A beijo por impulso, como eu senti falta dela, desse beijo, do carinho, das palavras doces.

Me recuso a levantar da beira do lago enquanto ela estiver no meio das minhas pernas aconchegada no meu abraço. Acho que nem se o mundo acabasse eu seria capaz de levantar.

- Até que para alguém que toda hora diz ser vilão, você está se saindo um herói excelente. - ela diz gentil sorrindo para mim.

- Herói, Noora? Não seja exagerada.

- A modéstia não combina com você, Draco, sabe que foi um herói. - ela diz sorrindo.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora