"Chalé das conchas."

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- Draco! Venha pra cá agora! - a Narcisa ordena, mas ele não se move. - Não o permito trocar de lado.

Sua mão trêmula toca a minha, e naquele momento em que eu o olho, eu percebo, ele nunca havia trocado de lado.

Sempre esteve do meu lado.

Até quando disse no St. Mungus que éramos de lados diferentes, me afastava para me proteger, quando a Umbridge tomou Hogwarts, ele era o meu infiltrado. Quando descobri ter um lado terrível, ele não me abominou, pelo contrário, me acolhia quando a outra Leonoora me deixava fraca e arrependida.

Ele nunca esteve do lado dos comensais, nunca esteve do lado do Harry Potter, nem do Voldemort, mas sim do meu. Era o meu companheiro de guerra mais leal.

Para ele não importava qual Leonoora estava ali, ou talvez se eu o azarasse e o fizesse vomitar lesmas, ele só queria estar comigo.

- Seu elfo estúpido, podia ter me matado! - Bellatrix grita.

- Dobby jamais quis matar, Dobby só queria mutilar ou causar um ferimento muito grave. - Ele explica.

- Lúcio! Chame o Lorde das Trevas, ele vai ter uma surpresa. - antes que ele pudesse subir a manga, aponto a minha mão para ele pensando no feitiço estupefaça, o fazendo voar até a parede mais próxima.

Narcisa aponta a sua varinha para mim, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, o pequeno elfo a desarma.

- Como ousa tomar a varinha de uma bruxa? - A Bella grita novamente. - Como ousa desafiar os seus senhores?

- Dobby não tem senhores, Dobby é um elfo livre, e Dobby veio salvar Harry Potter e seus amigos! - Harry nos manda tocar no pequeno Dobby e assim o fazemos. Uma adaga é atirada por ela na nossa direção.

Aparecemos em uma praia, levanto com dificuldade por conta do vestido ridículo que usava e os saltos que não ajudavam em nada.

Procuro os outros com o olhar e sinto alguém me abraçar, pelo cheiro, reconheço ser o Harry, ainda me incomodava muita coisa.

- Eu achei que estava morta. - diz segurando o meu rosto chorando.

- Não, mas antes disso, você quase me matou, e nem foi até a enfermaria se desculpar. - digo ressentida.

- Noora, eu nunca quis machucar você, eu fui na enfermaria, mas você estava apagada, mas tecnicamente, eu fui. - ele insiste.

O empurro ao ver o Draco no chão sangrando com a adaga no seu bíceps, corro na direção dele deixando os sapatos na areia molhada.

- Draco, ela atingiu você, não se mexa, vou tirar isso do seu braço. - ele me olha com a cara fechada tentando amenizar a cara de dor.

- O que ele estava falando com você? - pergunta me fazendo ficar incrédula.

- Eu não acredito que está tendo uma crise de ciúmes enquanto há uma adaga bem no seu braço. - digo pegando a minha varinha dentro das meias compridas.

Tiro a adaga e tiro sua camisa delicadamente, estancando o sangue logo em seguida.

- não grite, sim? - ele me olha confuso e grita alto quando jogo água salgada no ferimento.

- Você é louca? Um cruciatus seria mais eficiente se quisesse me torturar. - reclama assoprando o braço.

- Dobby sente muito que o garoto Malfoy tenha se machucado. - O pequeno elfo diz ao lado dele.

O Draco tenta um sorriso em agradecimento, mas não era bom com pessoas, nem com criaturas.

- está tudo bem, Dobby, ele apenas está sendo chorão. - Brinco, na verdade o corte estava bem desagradável.

Rasgo um pedaço seco do meu vestido e o amarro no braço do Draco com força, ele após isso, sorri para mim.

- Nunca esteve tão bonita, Leonoora. - sussurra me fazendo sorrir de volta.

Beijo seus lábios finos sorridentes, mordendo um pouco a parte inferior no final.

-Bom, não queria atrapalhar, mas precisamos ir ao chalé. - o Rony nos chamava desconfortável apontando para um pequeno chalé a beira da praia.

Draco levanta e assim que o Harry me olha um pouco, o Malfoy me puxa para si pelos quadris e coloca o braço nos meus ombros. Me dá um beijo seguido de vários selinhos.

- Potter idiota, não tira os olhos de você, vou socar todos aqueles quatro olhos. - Fala entredentes me apertando mais contra si.

- Draco, acho que fazer xixi em mim era uma maneira mais discreta, se por acaso queria demarcar território. - Nego com a cabeça beliscando o seu peito nu. - isso é ridículo, ele achava que eu estava morta, deve estar impressionado.

- Chegamos, o Gui e a Fleur estão nos esperando. - Draco paralisa no meio do caminho, me fazendo parar também.

Os outros pararam uns passos na nossa frente quando notam o nossa parada súbita.

- O que houve com vocês? - Hermione pergunta.

- Não posso ir. - Draco constata simplesmente.

O olhamos com uma expressão interrogativa e ele ergue o braço esquerdo marcado com a tatuagem escura.

- Sem camisa eu não posso entrar ali, é suicídio. - ele explica.

- Se estiver conosco, Gui e Fleur não vão atacar você. - Harry fala olhando estranho para o Malfoy.

- Eu só quero saber o que nos garante que estão conosco. - Rony pergunta.

- Bom... o fato de você estar vivo agora, é um começo.

- E eu ter levado uma facada talvez seja um ponto importante a ser levado em consideração. - Draco acrescenta bravo.

Entramos no Chalé e o esperado aconteceu, eles entenderam surpreendentemente bem. Bom... No começo, eles ameaçaram nos atacar, mas depois de uma longa... E repito... longa explicação.

Me deram uma poção para ajudar o ferimento do Draco, entro com dificuldade no quarto, colocando-o sentado na ponta da cama.

Desamarro o meu espartilho finalmente conseguindo respirar, eu odiava aquelas roupas.

- Céus, como você é bonita. - me observa mordendo o lábio inferior.

Rio da sua expressão segurando a poção nas mãos.

- O que você acha que vai acontecer quando ele descobrir que você o traiu? - pergunta preocupado enquanto eu derramo a poção no ferimento.

- Obviamente, ele vai me matar. - sorrio depositando um beijo nos lábios com gosto de hortelã.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora