"Homem bom."

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Harry me diz que achava que teriam usado a maldição imperius contra mim e que só seria possível escapar da maldição com muita força de vontade. Quando fomos a Madame Pomfrey, ela confirmou que eu provavelmente teria sido amaldiçoada, disse que não tinha me machucado, fico aliviada por isso.

- Acha que foi a Umbridge? - Harry pergunta preocupado enquanto saímos da enfermaria.

- Não quero pensar mais sobre esse assunto, Harry, acho que quero apenas deixar isso de lado, já é muita informação para digerir.

- Eu entendo. E a propósito, eu queria pedir desculpas pela grosseria com você hoje, não queria ter sido rude, apenas estou incomodado com o que vem acontecendo.

- Sei que não, está tudo bem, eu também estou bem abalada com tudo isso. - o conforto fazendo carinho nas suas costas.

Finalmente chegamos no salão comunal da grifinória, e antes que pudéssemos entrar, Harry para.

- Se quiser eu posso te esperar para descer e jantar.

- Não é preciso. - digo tirando sua capa.

- Amigo serve para essas coisas, Noora, não se preocupe, eu espero.

- Acho que não vou jantar, preciso descansar. - digo sinceramente e ele assente, o abraço amigavelmente sigo para o meu dormitório.

(...)

A Umbridge tem tornado a escola cada vez mais chata com suas regras e decretos interminados. Hermione no momento estava me explicando o que aconteceu entre Harry e Voldemort, mencionou os seguidores dele, os comensais da morte, e lembro de como o papai os mencionava nas conversas com a minha mãe. Era deles que estávamos nos escondendo, e provavelmente foram eles que mataram a minha família.

- Fudge acha que Dumbledore está nos treinando para tomar o ministério, está louco, por isso a Umbridge não nos deixa usar magia. - Rony completa o que Hermione estava dizendo.

- Você-sabe-quem já está agindo. - Hermione  sibila descontente. - Harry está disposto a dar aula de feitiços para nos treinar, é claro que precisa ser escondido, mas é melhor do que ficar desprotegidos.

- E então? - Rony pergunta e eu assinto. - Não pode contar a ninguém, principalmente para o Malfoy.

- Não se preocupe, não direi nada.

- no fim do dia, nos encontre no salão comunal. - Hermione avisa e eu assinto.

Eles se vão e continuo a tomar meu suco de abóbora. Sinto alguém sentando-se ao meu lado e roubando algo do meu prato.

- Está bonita hoje, Campbell. - a voz rouca me faz sorrir.

- O que quer, Draco?

- Estou com saudade de beijar você, essa droga de amizade platônica não funciona, talvez devêssemos intensificar. - ameaça se aproximar e eu o empurro levememte.

- Estamos no meio de um salão lotado, Draco, diga logo o que quer. - Rio com a sua atitude malcriada.

- Preciso te contar uma coisa, venha comigo, é importante.

O sigo até a torre de astronomia tentando ser o mais discreta possivel e o vejo sentado no chão, abriu as pernas e fez um gesto para que eu sentasse.

- aqui está muito frio. - falo passando a mão pelos meus braços.

- venha de uma vez. - me puxou brutalmente e me pôs sentada entre as suas pernas, passava as mãos pelos meus braços a fim de esquentar. - eu ouvi uma garota dizer que Dolores havia tentado contra a sua vida, ela te amaldiçoou. - disse com a voz falha.

- Acho que já desconfiava disso, o último lugar que eu lembro que estive antes de me afogar, foi a sala dela. - digo triste.

- Ela não vai mais te fazer mal, eu juro. - suas mãos quentes pegam as minhas, sinto seu abraço apertado e seu hálito quente na minha bochecha. Ficamos um bom tempo calados e apenas abraçados.

- Draco, acho que já sei quem matou a minha família. - desabafo e seu corpo tensiona.

- Quem?

- Papai vivia falando deles para a mamãe quando achava que eu estava dormindo, ele ficava desesperado.

- Por Merlin, Noora, diga de uma vez. - sua respiração fica pesada.

- Comensais da morte, os seguidores do Vol... - digo de uma vez e sinto sua mão tapar minha boca.

- Não diga essa palavra, eu sei de quem está falando.

- Não procurei saber muito a respeito, apenas o pouco que me disseram, pretendo saber mais sobre quem tirou tudo o que eu tinha de mim.

- Não deveria remexer em assuntos assim, apenas esqueça isso, sim? Não é momento para vingança. - diz nervoso.

- Eu só queria entender o motivo de tudo isso, o porquê de tanto ódio por nós. - digo triste e me aconchego mais no seu abraço.

- Pessoas cruéis não precisam de muitos motivos para fazerem coisas ruins. - ele sussurra abalado e assinto. - eu sinto muito, Noora. - beija minhas mãos e viro a cabeça para conseguir enxergar seu rosto, estava carregado de remorso e dor.

- Não é sua culpa, Draco, você não tem nada a ver com isso. - sorrio e selo nossos lábios com ternura, suas mãos trêmulas me puxam para si desesperadamente.

- Isso me parece bem platônico. - debocha com um sorriso idiota no rosto.

- Talvez devêssemos usar a sua definição de amizade. - o beijo mais uma vez, mas ele me impede.

- Não posso fazer isso, Noora. - a rejeição me atinge como uma flecha. - Não sou uma boa pessoa, não deveria se envolver comigo.

- Acho que sou grandinha para saber onde estou me metendo.

- Você não entende.

- Então explique, me faça entender.

- Eu sou podre, Noora, sou ruim.

- Você é só um garoto metido na maioria das vezes, sei que você é bom, não é como se você fosse um assassino maníaco. - Rio, mas ele continua sério.

- Falo sério, Noora.

- Eu também falo! Pare de se condenar sem sequer se dar a chance de tentar.

- Está no meu sangue! - Ele grita.

- Você não é a sua família, seu idiota!

- Não deveria se iludir comigo, Noora. - ele já chorava como uma criança.

- Pare de dizer que é uma pessoa ruim, você me salvou, é um homem bom. - o balanço pelos ombros e ele me encara, seus braços me apertam desesperadamente em um abraço, seus ombros balançavam rapidamente devido ao choro desesperado, me afasto um pouco e o beijo novamente brincando com seus cabelos loiros, o beijo era molhado devido a grande quantidade de lágrimas que escorriam dos seus olhos.

Paramos o beijo e ele me encara com um sorriso, retribuo e deposito mais um selinho rápido em seus lábios.

- E então, será meu amigo? - digo maliciosamente.

- Não quero ser seu amigo, Noora. - ele ri e comprimo meus lábios com suas palavras.

- Não? - abana sua cabeça negativamente.

- Seja minha namorada.

- Você tem certeza? - pergunto rindo.

- Oras, ninguém precisa ficar sabendo, quero que seja minha, minha namorada. - passa a mão pelos meus cabelos e assinto animada o fazendo me puxar para um beijo doce. - está perdida, Noora, você não tem noção do quanto.

- Não me importo. - Rio com o seu comentário, mas ele permanecia sério.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora