Eu e o Draco achamos o diadema de Rowena Ravenclaw na sala precisa, não esperava que estivesse ali, pensava seriamente se iria destruir e diminuir as minhas forças.
Havia ficado um pouco debilitada depois de destruir a taça, temia não ter forças o suficiente para enfrentar Voldemort, ainda tinha esperanças de viver depois de matar o meu pai biológico.
Isso soava tão estranho.
- Destruiremos de outra maneira a tiara, Leonoora. - argumenta o loiro.
Eu fitava a tiara nas mãos dele, ponderando o que faria, o meu coração palpitava. Decido o que eu faria.
Tomo o diadema das suas mãos firmes, ele não tenta impedir, apenas me olha preocupado. Coloco as minhas mãos fortemente na joia fechando os olhos, antes que eu pudesse fazer o mínimo de força, ela partiu-se nas minhas mãos como plástico.
- Você conseguiu, está ficando mais forte. - Draco comemora sorrindo.
Nego com a cabeça.
- Não era uma Horcrux, não tem absolutamente nada da maldita tiara. - jogo os pedaços no chão. - eu não o senti como o sentira na taça, acredite, não tinha nada ali.
- O cicatriz disse...- ele tenta mas eu o interrompo.
- ele estava errado, Voldemort nos enganou. - aperto os olhos com raiva.
- Temos companhia. - Draco alerta me fazendo olhar para frente onde eu vi Crabbe, Goyle e Blasio entrarem pela grande porta da sala precisa.
- Cara, onde você estava? Simplesmente sumiu sem dar notícias, a Pansy estava arrancando os cabelos, não vou nem mencionar a sua noiva, Astoria. - Blasio se aproxima para falar com ele carregando uma expressão assustada. - Olá, Noora.
- Ex-noiva. - corrijo enciumada fazendo o garoto sorrir de canto para mim.
- Confraternizando com o inimigo, Draco? Bem que eu imaginei que fosse verdade os boatos. - Crabbe soa venenoso me olhando da cabeça aos pés.
- Inimigo? - Blasio o olha confuso. - É a mestiça gostosa dele, é inofensiva. - Draco acerta um tapa na cabeça dele.
- Vai com calma, garoto, cuidado com o que fala. - o loiro repreende o amigo.
- Ele sabe do que eu estou falando. - Crabbe diz firme. - Não é, Malfoy?
O Crabbe se referiu ao Potter, ele sabia que o Draco estava, mesmo que indiretamente, do lado do Harry.
- Você não fez o que eu estou pensando, fez? - Draco pergunta irritado. - como pode ser tão estúpido?
- Por que vocês ficam falando em códigos? - Blasio pergunta já sem paciência.
- Estou farto de ser a droga da sua sombra, Malfoy, em nome do Lorde das Trevas, eu vou matar você e a sua mestiça maldita.
- O que está acontecendo? - Blasio grita.
- O nosso Crabbe tornou-se um comensal, não foi, Crabbe? - Draco soa venenoso. - desde quando?
- faz pouco tempo.
- Então quer dizer que o Lorde das trevas mandou você matar ela? A Leonoora? - dá ênfase ao meu nome.
- nos mandou matar você, a sangue-ruim vai ser um bônus.
Faço o que o Voldemort me treinou para fazer com os "meus seguidores/seguidores dele", aperto os dedos fazendo Crabbe se contorcer de dor segurando o antebraço.
"Controle físico as vezes é mais importante do que mental." - a voz fria parece sussurrar no meu ouvido pela segunda vez.
- Sua vagabunda! - é a última coisa que eu escuto antes que ele conjure a maldição Fogomaldito, o seu controle sob o feitiço não é dos melhores, fazendo os objetos serem tomados pelas chamas.
Fugíamos do fogo que se alastrava cada vez mais, o calor me fazia suar e queimava a ponta dos meus dedos com o toque nos materiais metálicos. Eu não via mais o Draco, nem o Blasio, parecia estar sozinha naquela sala imensa, ouvia muitos gritos indistintos.
O desespero me atinge enquanto eu procuro o Draco, sentia meu rosto arder levemente enquanto meus olhos lacrimejavam.
- Noora! - a cabeleira ruiva é a única coisa que consigo enxergar. Era o Rony. - Vem aqui. - estende a mão, estava montado em uma vassoura.
- O Draco...- digo estendendo a mão, o fazendo me puxar para sentar atrás de si.
Ele me coloca fora da sala precisa onde o Harry também volta com a sua vassoura em seguida, levanto nervosa, onde estaria o Draco?
Harry vem em minha direção perguntando se eu estava me sentindo bem, mal conseguia responder, só pensava em como o Malfoy estava, ele teria morrido?
- Noora! O que você tá sentindo? - As lágrimas tomam conta do meu rosto.
- O Draco, ele ainda está lá dentro. - Choro mais ainda.
- Eu não vi ninguém além de você, Noora. - Rony explica com pena de mim.
Harry comprime os lábios e seus dedos apertam a vassoura, olha para mim e depois volta seu olhar para a sala em chamas, respira fundo negando com a cabeça.
- Eu vou procurá-lo, se acalme, sim? - me conforta e eu assinto, ele beija minha bochecha e monta na sua vassoura entrando na sala incendiada.
Eles demoravam muito para voltar, a culpa já atingia o meu estômago, estava morrendo de medo.
- Eles estão lá há muito tempo! - reclamo para o ruivo.
- O Harry entrou não faz nem 5 minutos, Noora, se acalme, ele vai encontrar o seu namorado. - passa a mão nas minhas costas, mas não tem sucesso em me confortar.
Só consigo respirar normalmente quando vejo o Harry acompanhado do Draco saindo da sala em chamas, ambos tossiam quando desceram da vassoura.
Vou na direção do loiro e minhas mãos agarram seu rosto sujo pela fuligem. Deposito um beijo desesperado nos seus lábios finos.
- Eu fiquei tão preocupada com você. - digo colando nossas testas após o beijo.
Meu olhar segue até o moreno que nos encarava com um olhar dolorido, sua boca se contraía levemente, e as mãos apertavam a vassoura ao seu lado. Vou em sua direção e passo meu braço pela cintura dele abraçando forte e inalando o cheiro almiscarado do seu perfume.
Ele beija o topo da minha cabeça apertando o meu cabelo contra seus dedos que ali estavam entrelaçados.
- Obrigada, Harry. - digo o olhando, um sorriso triste toma conta do seu rosto e seu olhar desce até os meus lábios.
- Não precisa me agradecer. - me afasto dele calmamente sorrindo.
Me aproximo do loiro e sinto seu corpo firme me agarrar por trás.
- Não precisava agradecer tanto assim. - sussurra ciumento apertando os meus quadris.
- Ele salvou a sua vida, devia agradecê-lo também. - falo baixinho.
- Eu prefiro morrer.
- Draco...- advirto.
- Não vou agradecer a esse ladrão de namoradas, Noora.
- Draco... - O encaro e ele revira os olhos.
- Obrigado, Potter. - diz como se as palavras o torturassem.
ESTÁ A LER
BE EVIL || DRACO MALFOY
Fanfiction"Não faça escolhas ruins só por elas parecerem mais fáceis." - Noora. "Vamos, minha garota, seja má" - Malfoy. "Não irá me matar, está apaixonado demais para conseguir." - Noora. Leonoora viveu em uma casa afastada do mundo bruxo, sua mãe tentava pr...