"Obsessão."

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P.O.V DRACO MALFOY

No final da festa, que por sinal não foi nem um pouco calma, eu estava morto, havia acordado muito cedo para avançar nas pesquisas, o meu chefe não é exatamente o mais fácil de se lidar, principalmente quando ele acredita que você é um riquinho de merda.

Eu era, costumava ser, mas com a prisão do meu pai, e a minha mãe em um tipo de período probatório, todo o dinheiro da família Malfoy foi trancado. O que significa que tudo foi mil vezes mais difícil para nós do que costumava ser, o nosso casamento foi em Hogwarts, a Minerva se ofereceu, assim não precisaríamos gastar com comida, já que os Elfos que trabalham lá gostavam de nós, e com nós quero dizer da Noora, eles gostavam da Noora.

Tinha potencial para ser o pior casamento do mundo, absolutamente ninguém da família Malfoy apareceu no casamento, e a Noora, bom... não tinha ninguém vivo da família Campbell.

Mas foi o melhor dia da minha vida, eu nunca havia a visto tão feliz, não conseguia nenhum momento tirar o sorriso de seus lábios.

Ao contrário de mim, ela nunca reclamou, nunca reclamou da pequena casa que vivíamos, da pouca comida, das poucas roupas. Nem mesmo do quanto trabalhava, posso dizer com toda certeza, eu nunca vi alguém trabalhar mais do que ela, trabalhava no profeta diário no turno da manhã e da tarde, e aos fins de semana trabalhava no três vassouras.

Tivemos o Perseus cedo demais, mas com ele vieram as boas notícias, finalmente eu consegui o emprego de alquimista, e a Noora teve mais tempo para se dedicar ao emprego de jornalista, ainda trabalhava muito, mas ao menos conseguia descansar.

- Draco, o que está fazendo? - escuto a voz dela me chamar no andar de cima.

- Já estou indo. - chuto alguns embrulhos embaixo da árvore e vejo uma caixinha dourada brilhar um pouco atrás da grande e iluminada árvore.

Me esgueiro e consigo pegar a caixinha com um papel dobrado diversas vezes. O Perseus não havia aberto aquela caixinha, a Noora havia esquecido depois da grande confusão da capa da invisibilidade.

A garota Weasley não havia ficado feliz com o presente que ele havia dado, nem eu. Ele não estava fazendo isso pelo Perseus, sim pela minha garota. A confusão quase estragou o natal...quase, depois a Minerva fez biscoitos de canela, os nervos se acalmaram depois deles.

Inclusive o Pinkey, nosso cachorro, ainda estava com um biscoito contrabandeado indevidamente na sua casinha. Eu não costumava gostar de cães, não sei se gosto, mas ele simplesmente apareceu e a Noora achou injusto mandá-lo embora.

Desdobro o papel aos poucos e vejo uma letra tremida, não era a melhor caligrafia. Me esforço um pouco para ler sem os óculos e sinceramente eu preferia que eu não tivesse lido.

Na carta havia um enorme poema falando da minha garota, era um poema horrível, mas ainda era um poema de amor para a Noora. Abro a caixinha e posso sentir um soco no meu estômago com o brilho que o colar possuía. Eu sei quando algo é caro, e aquilo era muito caro!

Eu não poderia oferecer aquilo para ela, eu mal conseguia oferecer um casamento decente. Eu nunca pensei que me sentiria daquele jeito por falta de dinheiro em toda a minha vida.

Subo as escadas com um nó na garganta e vou até o pequeno quarto que ela repousava olhando para o teto enquanto mexia os pés no alto.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora