"Sapo."

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Acordo um pouco atordoada devido a discussão de ontem à noite com o Draco, talvez eu tenha passado dos limites quando lancei aquele feitiço nele.

Bom, ele também passa dos limites diversas vezes.

Mas, eu não sou o Draco, eu preciso pedir desculpas.

Eu não vou pedir desculpas por ter me defendido.

Minha mente estava prestes a entrar em parafuso quando vejo Parvati Patil na cama da frente me encarando assustada, os cabelos escuros estavam em uma trança bagunçada e seus olhos sonolentos se apertam confusos.

- Noora, com quem está falando?

- Com... com... com esse gato. - aponto para o gato ruivo dormindo preguiçosamente na minha esquerda.

- Tudo bem... - ela continua me olhando assustada. - eu vou voltar a dormir e você pode continuar a sua conversa com o gato... - Patil encosta lentamente a cabeça no travesseiro, olho pela brecha da cortina e parecia ser umas 5 horas da manhã.

Levanto para me arrumar em silêncio. Suspiro aliviada assim que consigo finalmente sair do quarto enquanto Hermione ainda começara a se arrumar. Eu havia dormido sem jantar, estava com muita fome.

A mesa da grifinoria estava vazia, assim como a mesa da lufa-lufa, alguns corvinos sentavam na mesa da sonserina perto do time de quadribol sonserino que estava lá, eles sentavam bem no meio, enquanto uma garota da sonserina estudava algo freneticamente no canto da mesa, já a mesa da corvinal, estavam apenas 3 pessoas distante umas das outras.

O time da sonserina e os outros que estavam por perto, intercalavam entre me olhar e olhar o loiro que segurava uma caixa com furinhos, seus olhos estavam cravados em mim como na primeira vez que nos vimos, mas hoje, em seus olhos haviam um brilho diferente, um brilho de nervosismo.

Blasio fazia sinal para que ele se levantasse, o que pelo visto serviu de motivação, pois ele abriu a caixa tirando um sapo enorme lá de dentro e vindo em minha direção.

O olho praticamente com um ponto de interrogação na testa.

- Eu sei que é estranho. - ele inicia sentando-se ao meu lado, com o sapo estranho ainda em suas mãos. - eu só vim pedir desculpas, você é a melhor pessoa que eu conheci, e eu fui rude com você, eu fui... um sapo, como eu tinha dito antes. - ele estende o sapo para mim, que me afasto um pouco do anfíbio. - é pra você.

- Você é uma graça, mas eu prefiro não tocar no sapo, se possível. - nego o mais educada que posso. - aceito as suas desculpas, o sapo, eu não quero.

- Eu não posso acreditar. - O capitão do time da sonserina diz chateado.

- você por acaso sabe quando tempo a gente demorou para conseguir pegar UM SAPO? - Blasio parecia revoltado, pude notar suas vestes molhadas. - Não me importo se vai perdoa-lo, apenas pegue o sapo que todos aqui se esforçaram para conseguir e seja grata.

- Eu disse que era para pegarmos as lesmas que o Malfoy pôs para fora e espalhou por todo o salão comunal. - Goyle avisa.

- Eu só não sou uma pessoa muito simpatizante com sapos, desculpe. - digo e volto a olhar para o Draco, que ainda segurava aquele sapo nojento na minha direção. - eu adoraria beijar você agora, mas o sapo corta completamente o clima. - explico.

- Sapo fora. - ele coloca o sapo no chão e dou um selinho rápido em seus lábios, tinha medo da Dolores ver algo e me castigar novamente.

Draco vai para a sua mesa, ficando bem na minha frente normalmente, Ron e Hermione sentam-se ao meu lado, Hermione falava das NOMs frenética enquanto Ronny empurrava um pãozinho na boca.

Harry se aproxima de nós muito calado, durante todo o café da manhã ele nem toca na comida, apenas brinca com o prato.

- está bem? - sussurro para que só ele escute.

- eu descobri que o meu pai na verdade não era tão bom quanto eu pensava, vi coisas que não gostaria de ter visto. - ele parecia ter sido atropelado por um caminhão.

- Ninguém é perfeito, Harry. - acaricio sua mão gélida, o fazendo sorrir triste.

- Noora, está nervosa para as NOMs? - Hermione pergunta aflita.

- Um pouco, sinto que não estudei o suficiente. - puxo meus cabelos para trás e meu olhar se encontra com o do loiro, que sorri para mim piscando um de seus olhos azuis. - Mas, agora é tarde para lamentar, não é? - a respondo sorrindo um pouco.

- Você vai se sair bem, para despeito da cara de sapo. - Rony me anima.

O caminho para a sala para a realização das NOMs é quase fúnebre, todos conversavam baixinho e estavam cabisbaixos.

O enorme pergaminhos exibiam perguntas técnicas e complicadas, e eu estava quase dormindo de tanto tédio, o grande pêndulo balançava da direita para a esquerda em um movimento quase hipnótico.

Meus olhos se fecham por um momento, um curto momento, pois a porta se abre bruscamente e uma faísca adentra a sala me fazendo pular da cadeira, assim como todos. A pequena faísca dançante explode em fogos azulados no meio da sala.

Logo depois os gêmeos Weasley entram na sala montados em vassouras, fazendo os pergaminhos voarem livres pelos ares, sorrio ao olhar a expressão incrédula da Umbridge na porta da sala.

Fogos de artifício e pequenas faíscas perseguem alguns estudantes e estouram pela sala toda, apresentando pequenos clarões por toda parte.

A imagem de um dragão é formada por um dos brinquedos que usam, e essa persegue Dolores pela sala, rio da sua expressão assustada.

A satisfação que sinto quando vejo todas aquelas malditas placas partirem-se no chão é inexplicável, Harry para ao meu lado rindo e apoiando-se no meu ombro.

- Sem dúvidas era o que precisava para animar o meu dia.

- Nem me fale. - ele responde.

Corremos junto com a multidão seguindo os gêmeos, onde mais explosões acontecem, quase a escola toda estava assistindo, talvez a Umbridge nos mate depois dessa, mas foi muito satisfatório.

Enquanto aplaudo, Harry cai aos meus pés na multidão, sua expressão era assustada, seus dedos tremia, ele olhava para o nada.

- Harry! - Eu o chamava ajoelhada ao seu lado, mas parecia inútil, ele estava atordoado demais para prestar atenção.

Hermione abaixa na nossa frente e retribui meu olhar preocupado.

- Sirius. - é a única coisa que ele diz antes de tomar impulso e levantar bruscamente.

Corremos atrás dele pelos corredores vazios de Hogwarts em desespero. Ele explicava a situação, havia tido uma visão com o seu padrinho, o Sirius, dizia que ele estava com o Voldemort, corríamos em direção a sala da Umbridge e eu tinha o máximo de cuidado para não escorregar nas escadas.

Entramos na sala estranhamente rosa, com objetos delicados vitorianos, e uma parede era repleta de pratos de porcelana com fotografias de gatos.

Vamos em direção à rede de Flu, Harry argumenta para deixar-mos ele resolver isso sozinho, mas nós negamos veemente.

- Estamos juntos nisso. - digo.

- Pode apostar que estão sim. - Dolores nos assusta.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora