- Quem você vai chamar para a festa de natal do Slughorn? - pergunto curiosa.

- Por que? Vai me convidar? - Miro um pontapé na sua panturrilha, mas ele se move de leve e acabo batendo o tornozelo em uma parte qualquer do sofá. Uma dor absurda me faz dar um gemido alto. - você ia me bater? Se sim, eu espero que tenha quebrado o pé.

Ele ri puxando o meu pé para si e tira o sapato de cano baixo que eu usava, tiro o outro logo em seguida.

- O que vai fazer? Vai ficar admirando o meu pé? - rio mexendo os dedos e ele me dá um peteleco.

- Como o seu pé está frio se ficou o tempo todo no sapato? Você é uma rã? - rio da sua cara de confuso puxando os meus pés pelos dedos.

Ele fazia algum tipo de massagem esquisita nos meus pés que fazia doer muito, acho que ele estava descontando toda a raiva que tinha ali.

- já sabe o que vai fazer depois de Hogwarts? - pergunto o fazendo apertar mais de leve o meu pé.

- Não faço ideia. - diz olhando o salão se esvaziando. - Acho que massagista é uma opção. - aperta mais o meu pé com força e eu grito um pouco devido a dor.

- Você seria chamado de o destruidor de ossos, quanta força nas mãos alguém pode ter? - digo olhando os meus pés avermelhados.

- Sabe o que você é? Uma ingrata. - da um tapa nos meus pés doloridos. - Pensei em ser auror. - ele se lembra.

- Vai massagear os comensais? É uma forma de tortura eficiente, eles vão preferir a morte. - pela segunda vez na noite um travesseiro atinge o meu rosto.

Encaro a sala vazia e recolho os meus pés que antes se apoiavam na coxa do McLaggen. Saio de lá me despedindo do loiro, afinal, a sessão de tortura acabou tarde, meus pés doíam até para me manter de pé.

Quando saio para a aula do professor Slughorn, o Draco me esperava de pé bem na frente do quadro da mulher gorda, a cara estava fechada e seus olhos demonstravam impaciência olhando para frente.

- Por que demorou tanto? - seus olhos analisavam cada centímetro do meu corpo.

- Dormi tarde na noite passada. - bocejo.

- O que fazia na noite passada?

- Comemorava a vitória da minha casa e a derrota da sua, a propósito, muito obrigada.

Ele segura o enorme livro que eu tinha nas mãos, fico na ponta dos pés para beija-lo e ele afasta o rosto um pouco.

- esqueceu que não podemos ser vistos? - mexe no meu cabelo. - para todos devemos parecer no máximo amigos ou colegas.  - pisca para mim.

Reviro os olhos irritada seguindo ao seu lado pelos corredores de Hogwarts, eu contava animada sobre a festa de natal do clube do Slugue.

- Então, eu pensei em convidar você. - ele me olha sorrindo tristemente.

- Desculpe, Noora, eu não vou poder ir. - meus músculos da face caem com a negação do loiro. - Eu queria muito, mas não posso, vou estar muito ocupado no dia.

- tudo bem. - sorrio tentando ser compreensiva.

- Mas podemos nos ver quando a festa acabar. - sussurra no meu ouvido.

Córmaco passava acompanhado dos outros garotos do sétimo ano e conversava animadamente com eles, falavam tão alto que chegava a incomodar os meus tímpanos.

- Bom dia! - Ele cumprimenta levantando a mão para mim.

- Bom dia! - falo e Draco apenas move a cabeça sério, o que mostra realmente que ele havia acordado de bom humor, visto que o Draco não é uma pessoa que costuma distribuir cumprimentos.

Em um dia normal ele apenas iria ignorar ou fazer uma careta.

- Ainda está doendo? - Pergunta se referindo ao meu pé.

- Sim, não sei como estou conseguindo ficar de pé depois de ontem a noite. - ele solta uma gargalhada.

- Merlin, você é tão dramática, eu nem pus tanta força.

- O que? Você deve ter quebrado todos os meus o...- antes que eu possa terminar Córmaco estava sendo jogado na parede pelo meu namorado.

O meu coração parecia que ia sair correndo de tão rápido que batia por conta do susto.

- Cara, o que você tá fazendo? - McLaggen havia perdido toda a cor que tinha no rosto, estava tão confuso quanto eu.

- Noora, sinceramente, eu não acredito que transou com esse idiota medroso. - Draco cospe me fazendo arregalar os olhos.

- Não! Eu não transei com ela, eu juro, ela nem faz o meu tipo. - Córmaco falava rapidamente. - Eu gosto de garotas altas. - ele faz um sinal de altura com as mãos.

- Draco, eu não transei com o McLaggen, que nojo. - digo dando um tapa no braço dele, o que faz ele soltar o garoto que me olhava com as mãos no peito esquerdo.

- Primeiramente, como assim nojo? - ele respira fundo fechando os olhos apertando o peito esquerdo. - segundo, é assim que se parece um infarto? Bruxos podem infartar?

- Sabemos que o seu futuro não é o St. Mungus.- constato lembrando da conversa anterior.

Ele sai de perto de nós ainda um pouco abalado, viro para o loiro que me olhava envergonhado e nego com a cabeça.

- "Vamos ser discretos, Noora." - digo fazendo aspas com as mãos.

- Não sabe como eu fiquei assustado. - Ele me puxa para um abraço apertado.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora