Há sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
TÓQUIO ESTAVA PERIGOSAMENTE DIFERENTE.
A época de ser um herói colegial havia ficado para trás, e bem distante, lá no passado, ficara também tudo sobre aquela época na vida de Bakugou.
Ele havia superado. Tudo. Desde seu passado conturbado como antagonista na vida de seus parceiros quanto sua personalidade de merda que fazia de tudo para o autosabotar. As coisas são diferentes agora.
Principalmente quando Katsuki percebe que já são alguns anos desde que Shoto foi morar com a estranha - Veena -, ele cita isso porque foi o evento que o deixou passar pelo inferno de morar sozinho com Deku, mesmo que tenha durado apenas dois anos.
Aqueles dois anos foram os mais insanos na carreira de Bakugou, e ele só fazia dormir três horas por madrugada para se jogar de cabeça em missões heróicas que a grande maioria chamaria de suicídas. Katsuki descobriu que estar em cenas assim era exatamente o que dava sentido à sua credêncial de herói.
Midoriya casou aos 24 anos, e desde então, Bakugou respira trabalho. Há um ano, nada mais passa por sua cabeça, nada que não seja o trabalho tem espaço, ou cinco minutos que seja na sua mente.
Aos 25, Bakugou sentia o ápice da sua carreira. Desde os 15 esteve na lista de ascensão ao herói que mais se parece com um vilão e, há cinco anos, dois anos depois de terminar o colegial e pairar sempre entre o segundo ou terceiro lugar, foi aquele resgate que destronou o Rei, Todoroki Enji, passando enfim, a coroa ao loiro explosivo.
Bakugou é oficialmente o herói número 01 em se parecer um vilão.
E apesar do temor que Deku e Shoto tiveram quanto à reação do herói, Katsuki tem lidado muito bem com isso.
Para o bem da verdade, o Japão tem lutado uma batalha dolorosa demais pra que ele possa dar atenção a alguns comentários maldosos e olhares de reprovação à sua personalidade, individualidade ou até mesmo uniforme – este último volta e meia lhe rende fofocas e burburinhos irritantes entre os civis.
A luta recente do país se deu pelo acomodo das placas tectônicas sob as superfícies, desde a costa Eurasiana, às Filipinas e ao Pacífico. Mesmo com um sistema surreal para resistir à movimentação das placas, o Governo Japonês decidiu que o risco tem sido alto demais, e segundo os estudos de grandes universidades, profissionais da área e heróis em geral, dispostos a tudo para manter o país a salvo, o próximo balancear do chão japonês pode, perfeitamente, vir a ser muito mais do que uma catástrofe.
Por isso Bakugou acena para um menino de no máximo seis anos de idade, na porta da agência para heróis. Seguido de vários outros colegas, incluindo Kaminari, o de olhos escarlates atende ao chamado liderado por seu antigo sensei, numa comissão com alguns dos maiores heróis do Japão.
A idéia de ouvir uma palestra em pleno sábado de manhã não o agradava muito, principalmente porque o fim de semana era repleto de assaltos e tentativas de seqüestro pelas ruas perto de praças e shoppings, estar trancafiado na agência o deixava peculiarmente impaciente.
