17 💥 o que você quiser

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─ O que você está fazendo, merda? ─ Bakugou franze o cenho, o tom de voz surpreende seu pai porque mesmo sendo com sua namorada, seu filho rosna grosseiramente, sem um cuidado qualquer no modo de falar.

Então, no exato segundo em que Masaru entreabre os lábios para repreendê-lo, ele ouve Alessa cochichar:

─ Uh? Com quem você está falando, seu lixo?

Imediatamente, Bakugou sente o coração acelerar.

─ Você quer me foder, Alessa? Me dá essa bosta aqui ─ praticamente arranca a caixa pesada de suas mãos, ajeitando as caixas no porta-malas do carro.

─ Chega com essa baixaria na porta da minha casa, seus merdinhas ─ envergonhado, Masaru baixa os olhos, percebendo que a intromissão da esposa apenas fumenta as ofensas. E ela continua: ─ Ele tem a masculinidade um pouco frágil, Alessa-chan. Se você carregar peso perto dele, é capaz desse merda explodir ─ Mitsuki zomba, dando uma boa gargalhada.

─ O que eu já falei pra você, otária? ─ a italiana ergue a sobrancelha quando Katsuki termina de pôr as coisas dela no carro, abrindo a porta pra ela entrar em seguida. ─ Nada é tão ruim na sua vida pra você chegar ao ponto de dar ouvidos à essa velha escrota.

Com certeza Bakugou jamais diria isso para Alessa, mas assistindo a reação imediata de Mitsuki-sama, foi impossível não rir.

─ Seu grande... filho da puta ─ ela
xinga, não deixa escolha para o marido senão fazê-lo rir também.

─ Mitsuki-sama ─ Alessa chama, sentando-se  no banco ao lado de Bakugou no carro. ─ Muito obrigada! Você também, Don Masaru, grazie! Espero que seu filho me traga para visitá-los em breve.

─ Tsc ─ Bakugou reclama do lado dela, pondo o cinto de segurança.

─ Se depender das visitas desse garoto, nunca mais nos vemos de novo! Deixa que eu vou até você...

Alessa sorri, acenando para os pais de Bakugou.

─ Até mais ─ ela se despede do casal enquanto Bakugou arranca, buzinando discretamente como quem diz "até".

─ Põe o cinto ─ ele diz para Alessa que segue a instrução, debloqueando seu celular em seguida.

Sem falar nada, Bakugou finge que não vê seu ex-noivo como papel de parede de seu aparelho. Eles sorriem um ao lado do outro, os cabelos claros dele pareciam brilhar sob o Sol. Vito sorria, abraçando os ombros de Alessa em algum lugar de New York.

E tão de repente, o silêncio dela evidência a percepção de todas aquelas coisas que têm no seu celular referente ao italiano. Alessa engole em seco. Sente uma espécie de temor esquisito ao esperar a reação de Bakugou.

A reação, porém, não vem. Faz Alessa sopra, desistindo de fazer o que queria no celular: ─ Me desculpe...

Bakugou tira os olhos do trânsito quase inexistente por exatos dois segundos, apenas para olhá-la de cenho franzido.

─ Pelo quê? ─ questiona.

Alessa sopra uma frustração ao olhar pela janela, enfiando as mãos debaixo de suas coxas.

─ Pelas fotos com ele ─ Bakugou cerra a mandíbula, apenas para aplacar o incômodo no seu maxilar.

─ Grande merda ─ ele cospe, passando os olhos pela placa que indicava o número 92. ─ Não tô te cobrando nada, otária ─ diz, mas não resiste à ideia de cobrar, ao menos um pouquinho. ─ Pelo menos não agora.

Alessa inclina seu rosto para ele, piscando algumas vezes.

Claro que Bakugou a vê o cuidando, fixamente inclusive, mas pensou que não fosse o melhor momento para encará-la de volta. Eles ainda tinham coisas a fazer antes de finalmente porém os pingos nos is.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Où les histoires vivent. Découvrez maintenant