63 💥 uma maserati que o caiba

403 52 56
                                    

Bakugou estava em um campo minado para ele. Barris e mais barris de gasolina, onde qualquer mísero resquício da sua peculiaridade poria tudo a explodir. Foram mais de 24 horas em uma missão que era para ser apenas um reforço, precisava basicamente garantir a segurança de estudantes enquanto gritavam seu ato de manifestação anti-governo. Para isso, apenas a Polícia local era o suficiente, mas aconteceu tão rápido; o Herói mal pôde entender como alguns empurrões se tornou um coro de gritos e choro, no momento em que os policiais tentavam apartar aqueles jovens.

Katsuki não via indícios de individualidades, embora os ânimos estivessem totalmente alterados. Havia uma Heroína por ali, mas ele não a conhecia. Ela estava tão tranquila que ele jamais diria que, em menos de dez minutos, aqueles empurrões e meia dúzia de palavrões se tornaria uma verdadeira briga generalizada. Por conta da barricada organizada pelos estudantes ─ com barris de álcool e gasolina ao derredor para que os policiais não se aproximassem ─ , Bakugou ficou ponderoso em se envolver naquele tumulto, logo optou por deixar aquela confusão rolar, afinal estavam apenas empurrando e xingando.

Os policiais estavam ali para conter os ânimos e não deixar que o ato lícito de protesto se tornasse um ato de vandalismo ou coisa parecida, já Bakugou e o outra Heroína era para caso as coisas saíssem de controle a ponto de alguém precisar ser socorrido ou protegido, ou seja, para agir na possibilidade de os policiais não cumprirem com seu papel.

Pouco tempo depois, descobriu que estava certo em desconfiar da calmaria de sua colega, porque quando começou o show de individualidades, não havia nada que eles pudessem fazer para controlá-los.

E o dia seguinte apenas acentuaria ainda mais a frustração daquela região. Já que, os jovens denunciam a negligência do governo quanto aos ataques terroristas em suas escolas, e a raiva apenas cresceu entre eles depois de perceberem Dynamight. Isso dizia apenas uma coisa para aquelas famílias: as crianças mortas, machucadas ou psicologicamente prejudicadas não mereciam um herói quando precisaram, mas agora, quase duas semanas depois dos acontecimentos, eles o mandaram.

Sem conseguir acessar o aplicativo de mensagens por conta de para onde estava se deslocando, o loiro pôde ler, rapidamente pela barra de notificações, a mensagem dela que dizia:

─ O pai da Amélia está por aqui. Acho que ele está querendo levá-la de volta então as férias dela não vai chegar nem perto de um mês aqui... acho que quando você voltar ela não estará mais aos meus cuidados...

Ele não consegue responder imediatamente, porque no norte mais longe que o mandaram, isso é, para fora do país, quase na linha d'água imaginária que faz fronteira com a Rússia, aquele ataque à escola infantil principal da região havia desestabilizado as redes de comunicação, de transporte, e todo o resto, e de maneira nenhuma Bakugou conseguia culpar os protestantes por aquela inconstância.

A temperatura daquele canto do país indicava o que Tóquio deixava incerto: climaticamente falando, de fato, o verão havia acabado, e pelo frio congelante que fazia, ao ponto de deixá-lo minimamente inseguro com sua individualidade, o inverno daquele ano seria extremamente rigoroso. Apesar da situação revoltante, ele estava mais descansado porque até agora o uso da sua individualidade não havia sido necessário, a não ser quando, no meio dos protestos, os ataques se repetiram. E depois de quase quatro dias com aquela gente, ouvindo as histórias, apaziguando as confusões e monitorando as homenagens que os familiares faziam para suas crianças perdidas, Katsuki não conseguiu ter outra reação quando os terroristas retornaram.

A garota heroína ─ que mesmo depois da missão ele não se incomodou em saber o nome ─, correu imediatamente para onde a polícia trabalhava para a captura dos dois bandidos, e estranha, muito, muito estranhamente ─ segundo ele mesmo ─, Bakugou não consegue ter outra reação senão se ajuntar ainda mais àquelas pessoas.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz