90 💥 o amuleto da sorte

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Tanjoubi omedetou é cantado entre gargalhadas, xingamento e choro de bebê

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Tanjoubi omedetou é cantado entre gargalhadas, xingamento e choro de bebê.


Sua casa não tinha mais do que família e amigos chegados, mas estava definitivamente abarrotada. Sua esposa e seus pais. Shoto e sua família. Kirishima e sua recente noiva, Mina. Kaminari, Sero. Deku, Uraraka e ele:

─ Joga pra cá o bastardo ─ os garotos riem alto ao modo em que, no meio da sua canção de feliz aniversário, Katsuki grita pedindo o bebê que se esgoelava de tanto chorar, desacostumado com o barulho.

─ Tadinho, não fala assim dele ─ sua esposa xinga, terminando de acender as velas dos 29 anos do seu marido que pegava o bebê do colo de Ochako, provavelmente se sentindo muito aliviada em dividir o filho com outra pessoa que não fosse Izuku.

De repente, no fim do seu cântico animado e zueiro de parabéns, Katsuki se viu com aquele bebê no colo. Não podia pular como um idiota como seus amigos estavam pulando. E nem queria gritar sobre a música e as risadas como fazia Jirou e Denki. Afinal, se pulasse o machucaria. Se gritasse o assustaria. Aquela coisa era frágil demais para se estar no seu colo. Queria devolvê-lo. Imediatamente.

Mas de repente, mesmo que estivesse com o menino de pouco mais de um mês e meio de vida, alguém puxava seu braço para baixo ─ era sua afilhada ─, implorando para ele olhá-la, mesmo que Katsuki parecesse absorto demais na imagem daquele menino dormindo como um anjo, sem menção alguma de que estava chorando há pouco segundos.

Ele olha para Winry e ela diz:

─ Você tem que soprar a vela, tio.

Katsuki sorri, se curvando minimamente com o garoto enquanto o ritmo da cantoria e palmas se mantém para ele.

Sente seu coração acelerar na bochecha do menino que estava encostada em seu peito, sob o som de voz da sua mãe que pareceu sugar todas as brincadeiras e risos da casa ao dizer, firmemente:

─ Tem que fazer um pedido!

Foi tão nostálgico. E ao mesmo tempo tão arrebatador. Ele ergueu os olhos para ela e parecia que aquela bruxa sabia exatamente o que ele estava pensando.

Mas na verdade, assistindo o loiro assim, agachado delicadamente sobre o próprio bolo, segurando o filho do seu amigo no colo como fosse de porcelana... muitos deduziram qual seria o seu pedido.

Mas era tão óbvio e delicado que no fundo, quem cogitou a ideia de Katsuki querer ser pai, imediatamente a descartou. ─ Não, uma coisa assim não combina com ele ─ foi o que pensaram, deixando se esvair o pensamento que havia apenas sido induzido pela imagem do loiro com o bebê recém nascido.

Katsuki assoprou as velas e quis contar para Alessa. Ela se aproximou, pegou o menino do seu colo e disse: ─ Se você contar, não se realiza.

O sorriso que ele entregou perante seu segredo, foi tão genuinamente bonito e verdadeiro que deixou curiosos os seus convidados, mas ninguém se atreveu a questionar o que havia no cochicho que fez sorrir assim.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Where stories live. Discover now