Há sete anos que Katsuki se despediu daquela italiana. E sete anos depois dela, não havia mais nada que ele pudesse desejar. A carreira dos sonhos, sua casa, fama, dinheiro. Bakugou tinha tudo e não sabia que ainda a queria - e queria explosivamente...
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BAKUGOU ACHA QUE TALVEZ TENHA SE PRECIPITADO quanto ao pedido de casamento.
Não que ele tivesse alguma dúvida, algum receio, mas chegando em casa com as duas, pensou que talvez Alessa fosse querer curtir mais disso e agora, por conta do pedido e por Amélia, não consegue assimilar ou aproveitar nem um nem o outro.
No fundo ele se surpreendeu, mas aquelas duas engrenaram num assunto muito rápido.
─ Vou chamar uma pizza ─ tanto é que ele dá a ideia a e cientista só diz "tá, tá", concordando sem dar qualquer atenção.
─ Eu hein... ─ ele resmunga para si mesmo, pegando algumas coisas no armário para elas comerem enquanto esperam.
Volta e meia ele a olhava. Queria achar mais do que olhar meigo e aquela fala mansa que Alessa usava com a criança. Depois da pizza ─ e de Alessa reclamando porque "aquilo não era pizza", a mais velha levou a menina para o banheiro e, ajeitando as coisas ali perto, ele ouviu uma chamada de vídeo ser iniciada com a mãe delas.
Parece que Antonella auxiliava a filha menor no banho enquanto Alessa esperava do lado de fora do Box, sem olhá-la, mas garantindo que a menina não estava sozinha com o seu namorado ─ sua mãe não precisava falar para Alessa saber que essa era a sua preocupação. Claro que a primogênita achou de um amor e zelo ímpares, exatamente o que lhe causou tristeza, angústia e um sentimento vergonhoso de inveja.
Lembrou rapidamente de quando seu pai recebia amigos em temporada de verão no Raio de Sol; sua mãe sempre foi muito cuidadosa com homens a sua volta, e até com garotos, bastasse que ela pressentisse alguma coisa para se alarmar. Pena que ele se foi, e com o seu pai, foi também todo o bom senso da mulher que simplesmente foi embora e deixou tudo aquilo acontecer.
É... talvez ela não tenha superado tanto quanto achou que havia superado.
Quando a conversa de Amélia e Antonella acabou, Alessa sabia que agora era hora de fechar o registro e enrolar a irmã na sua toalha de princesa.
─ Se comporte direitinho e não esqueça de fazer aquelas coisas que você escreveu na sua agendinha do quê fazer quando estiver com a mana, viu?! ─ automaticamente Alessa sorri ao ouvir a mãe expor.
─ Hoje nós comemos pizza ─ a menina diz como se isso fosse uma das coisas que havia na sua lista. ─ O tio Kacchan comprou pra gente ─ ela conta com um sorriso, segurando o celular da irmã enquanto Alessa passa a blusa do pijama por sua cabeça.
─ O tio Kacchan, uh?! ─ Alessa dá uma olhadela para a câmera quando Antonella claramente quase não pôde se conter. Ela detestava Bakugou. Alessa sabia disso. Ele também sabe. E para lhe entregar outro surto gratuito, Amélia deixa escapar:
─ Sim, mamãe! ─ o sorriso era gigantesco. ─ Você sabia que a mana vai casar? É verdade! O tio a pediu hoje mesmo!
─ Amélia! ─ Alessa e Antonella repreendem em uníssono.
