50 💥 me diz o que você parece

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Era muito comum que os heróis retornassem às suas origens. E mesmo ele, que era o mais antissocial e estressado deles, já havia visitado seu berço algumas vezes. A maneira da recepção é calorosa, assim que ele estaciona seu carro em frente a Academia de Heróis - U.A., os que foram seus professores e os novos mestres vêm cumprimentá-los.

Bakugou dá a volta no carro e abre a porta para Alessa, os olhos curiosos daquelas crianças as fazem abrir os lábios surpresos com a prótese de joelho.

─ Como se suas individualidades não fossem mais estranhas, aberraçõezinhas ─ é o que ele pensa, mas não quer falar, mesmo sabendo que a faria rir, porque no fundo ela pode pensar que precisa de algum tipo de defesa quanto à sua amputação e pra ele isso não é verdade.

─ Dynamight! ─ Alessa sorri porque não consegue identificar quem quem é o dono do cumprimento eufórico, podia ser os alunos, ou até mesmo um dos professores. Uma delícia ─ foi o que ela pensou.

─ E aí ─ Bakugou os cumprimenta. ─ Vou mostrar a escola pra ela ─ e não se demora a explicar o porquê da visita repentina.

Faz Alessa apertar os dedos um nos outros, ansiosa, em seguida se aproximar dele o suficiente para agarrar sua mão, demonstrando toda sua empolgação.

Deixa o sorriso de Bakugou visível, caminhando a passos lentos pelos corredores tão nostálgicos da U.A.

Durante o passeio, Alessa conheceu aonde costumava ser o antigo quarto de Bakugou. E onde eles treinavam, e qual a sala onde eles estudaram. Pelos corredores, algumas fotos da época e também atuais, mostrando em seus murais todo o orgulho que se têm em formar os maiores heróis da humanidade.

Alessa o seguia animada. Já havia conhecido algumas escolas de heróis, mas a verdade é que, querendo admitir ou não, o clima é totalmente diferente na maior Escola de Heróis do mundo. Até a fez se sentir um pouco impotente, mas ao mesmo tempo excitada, ela não saberia dizer.

Fato é que já era noite quando deixaram a escola, passaram em uma lanchonete e conversaram um pouco sobre um jantar com Izuku e Uraraka, os homens ainda indecisos quanto a quem deveria ser o anfitrião da vez, se Midoriya ou Bakugou.

Alessa estava um pouco avulsa, pensativa no que diz relação à sua irmã. E Bakugou gostava quando ela puxava esse assunto com ele porque, em todas as vezes que o fazia, estava dizendo que a opinião dele era tudo o que importava. Entretanto, agora dentro do carro, ele não queria que ela prezasse tanto sua opinião ao ponto de obrigá-lo a expô-la. Bakugou não consegue decidir na sua cabeça qual seria de fato a reação da namorada se soubesse porque ele disse:

─ Não. Esse motel não, escolhe outro ─ não entra em detalhes, não quer desenrolar qualquer coisa estranha entre eles. No entanto, quase estacionados na frente do motel cinco estrelas, totalmente espelhado e caro, Alessa mexia no seu celular olhando no catálogo da Internet tudo o que eles poderiam aproveitar. E foi exatamente quando ela disse:

─ Olha esses brinquedinhos, amor ─ que ele quase engasgou. Era como se ela estivesse pedindo pra ele falar, abertamente: "Você não entende? Eu não vou comer você num motel que eu comi outra!".

─ Escolhe outro, meu a─ Você comeu outra aqui, não foi? ─ ah, ele praticamente conseguia sentir o sangue fugir do seu rosto quando ela o atacou, emburrada porque ele se recusou a ir onde ela queria. ─ Fala, seu safado ordinário! Quantas você trouxe pra cá? Quem você comeu aqui? ─ ele estava prestes a rir, até que os xingamentos se tornaram empurroezinhos, porque, quanto mais silêncio ele fazia, mais coisas ela imaginava. ─ Foi mais de uma! Seu grande filho da

─ Foi uma só, louca do caralho ─ xinga, dando partida, nem dá tempo de desviar do outro tapa que o atinge assim que ele admite. ─ Nojento! Você é um porco nojento.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Where stories live. Discover now