81 💥 como se manter concentrado

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Será que ela o estaria iludindo se quando Bakugou chegasse do expediente tivesse um jantar completo à la Itália?! ─ Alessa se pergunta, correndo pelos corredores da AYERS em direção à sala de manutenção.

Ela vê seu cadarço desamarrado, mas ignora, querendo chegar o mais rápido possível, sendo que já estava atrasada em pelo menos 10 minutos. Era bem mais compreensível do que seu marido que se atrasou por quatro horas? Sim, mas Alessa imagina que o crédito dele seja bem maior nesse ramo heroico.

Alessa se aproxima como um furacão da sala de manutenção que fica no mesmo corredor que a sua sala. Antes mesmo de chegar à porta, se lembra que havia uma análise geoclimática com prazo super curto para postar, ainda hoje. Isso a faz suspirar porque tem que adiar um pouco mais seu próprio projeto, andando mais alguns passos até abrir a porta do seu escritório na sede da AYERS.

Os movimentos automáticos tocam o interruptor e acendem as luzes da sala. O quadro branco totalmente rabiscado como ela havia deixado, fazia parte da análise física experimental solicitada para Todoroki, em prol do hospital Jaku, no centro.

Quando se senta atrás da sua mesa, abre o notebook e automaticamente as outras duas telas se acendem, Alessa pensa o quanto havia relaxado. A biometria do seu indicador é lida e lhe dá acesso ao sistema de segurança de toda a empresa e em uma das telas, já apita o chamado da engenharia.

─ Oi, boa tarde ─ Alessa abre apenas o áudio, ajeitando os papéis e as calculadoras científicas sobre sua mesa.

─ Bem-vinda de volta ─ o estadunidense diz, dando uma sobrancelha erguida para Alessa que queria saber o porquê ligava ao invés de apenas vir até ela. ─ Dá uma olhada nisso ─ então aceita o contato em vídeo, baixando um pouco os olhos porque a câmera do notebook fica um pouco baixa.

Logo o outro lado da tela transmite duas imagens simultâneas: uma do seu colega, vestido de astronauta pronto para flutuar em uma cápsula. A outra imagem é de um satélite, muito perto do que parecia os anéis de Saturno.

Faz o sorriso dela se expandir, largamente. O sorriso da italiana lhe dá olhos brilhosos, uma empolgação palpitante ao falar:

─ O que significa isso? Você terminou? Você já terminou o traje? ─ esta última ela praticamente grita, tentando conter sua animação.

─ Claro que eu já ter─ Por que você não me chamou? Por que não me esperou? Você sabia o quanto eu queria ver isso ─ ele ri, saindo da cápsula para poder tirar o capacete de oxigênio.

Sorry! Eu não seria louco em atrapalhar sua lua-de-mel ─ Alessa ri da sua justificativa. ─ Mas você ainda pode me ajudar a consertá-lo, porque acho que eu esqueci de alguma coisa bem importante.

─ Isso aí é o ginásio, né?! ─ pergunta, reconhecendo onde ele enfiou uma cápsula de decolagem norte-americana. ─ Vem aqui, eu tenho uma coisa liiiinda pra mostrar pra você ─ fala ainda mais empolgada, desligando a chamada em seguida e aguardando o tempo do engenheiro de computação subir os três andares da sede que os separavam.

Quando ele chegou, primeiro falaram como duas crianças sobre o casamento que foi lindo e o porquê de ele não ter podido comparecer.

─ A Eva estava doente, me dá um desconto ─ se referia à filha de dez ou onze anos como culpada pela sua falta.

Depois das felicitações e alguns elogios a ela e seu marido ─ que estava no exato momento sendo notificado por Endeavor do seu retorno à sede do Herói nº 01 ─ Alessa e Elliot focaram no sensoriamento remoto da superfície. Trabalhavam tão bem juntos que Momo foi quase dispensável, quase.

Horas mais tarde, ela estava dirigindo até a embaixada. O órgão público iria fechar e encerrar os atendimentos do dia em poucos minutos, mas ─ se eu me apressar, consigo entrar a tempo de ser atendida ─ Alessa pensa, batucando nervosamente suas unhas no volante enquanto aguardava o sinal verde para sua via se acender outra vez.

Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2Where stories live. Discover now