Katsuki Bakugou ─ Explosivo 2

47 💥 o despertar da peculiaridade

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AS BRAÇADEIRAS, QUE DEIXAM SEU TRAJE mais pesado, mas dão mais agressividade às suas explosões, são totalmente descartadas para essa missão. A céu aberto, todos os heróis convocados ajeitam seus últimos detalhes  para partirem em prol da restauração fraternal de todos aqueles órfãos em Tóquio.

Perto da porta de entrada, Shoto e Veena falavam sobre como ela o deixaria cumprir os detalhes finais da missão sozinho, porque de maneira nenhuma eles poderiam se atrasar para o aniversário de Winry.

Kaminari e Kyoka, sua namorada, ajudavam Ochaco a ganhar uma discussão saudável que surgiu entre ela e o marido, enquanto que, também com eles, Kirishima e Ashido se ignoravam até a morte.

E ignorá-la é tudo o que Katsuki menos conseguia. A sua Alessa falava demais, é verdade; e às vezes ele não consegue acompanhá-la. Mas mesmo assim, mesmo que não parecesse, ele compartilhava da mesma empolgação que ela: a hora de encontrar com as suas crianças e a missão era entregá-las às famílias adotivas do Japão, indo de cidade cidade cidade, em casais ─ a ideia foi de Aizawa, alegando que nesta formação, seriam mais aceitos pelos novos pais e daria certa publicidade à importância do laço afetivo.

Por essas e outras, já que todos sabiam que Kirishima e Ashido não estão mais juntos, Endeavor sugeriu: ─ Seria bom se você fosse com Bakugou e a garota, pois antes de um namoro, a amizade é muito mais importante..

Imediatamente, Alessa dispara: ─ Concordo! ─ um sorriso calorento que abraça Kirishima de lado, chacoalhando-o. ─ Acho que vai ser super legal e até mais seguro. Porque você sabe, né, amor?! ─ e ela desanda a falar de novo, Bakugou percebe. ─ Entre todos os casais, os dois são heróis. Eu nao quero atrapalhar você.

─ Você nunca me atrapalha ─ o loiro queria parecer ríspido e mal-humorado, mais do que o normal, no entanto, sua namorada e nem o senpai perceberam, exceto por ele.

Quanto à proposta do Herói N° 01, Bakugou não se pronunciou. Sequer olha para o ruivo que, sentindo o clima imediatamente pesado, dá uma desculpa para Endeavor que diz: ─ Não, não, pode deixar os dois irem ─ ele sorri e o sorriso  que Alessa acha adorável chega a fechar-lhe os olhos. ─ Depois o Kacchan reclama que não conseguiu treiná-la ─ o mesmo sorriso inocente e nervoso se esvai com a colocação daquelas palavras.

─ Não  dá bola pra isso. Ele te adora! ─ Alessa dá um tapinha no braço do ruivo, obriga o namorado a olhar para o outro lado, a mandíbula totalmente enrijecida, a feição possuída não conseguia se amenizar entre os braços que ele alongavam em frente ao peito. Kirishima percebe na mesma hora que o loiro havia poupado Alessa dos detalhes daquela noite no bar, ela não sabia nada sobre  a briga deles.

─ D-deixa pra próxima! Aproveitem! ─ Alessa sorri imensamente, agradece a atenção do ruivo, e se volta abruptamente para Bakugou:

─ Que bicho te mordeu? ─ quer saber, brava. Bakugou ergue uma sobrancelha pra ela e então a feição de Alessa se fecha em questionamento, estranhando a expressão agressiva do namorado sobre o ruivo.

"Escroto do caralho" é como Katsuki quer xingá-lo, principalmente por ter vindo apenas se gabar de tê-la treinado enquanto ele estava fora. Para sua namorada, ele apenas diz: ─ Nenhum.

Por hora, a morena ignora aquela reação esquisita dele.

E faltando poucos minutos para a saída deles, Bakugou se concentra em assisti-la prender as luvas, a cabeça dela tumultuosa, cheia de incômodo com a missão. Porém, mesmo assim, Katsuki gosta tanto de olhá-la que não percebe o evidente: quanto à experiência, Alessa não gosta em nada. Simplesmente não quer ser uma heroína.