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KATRINA

Ele voltou a suas investidas duras, rápidas, fazendo com que gemidos involuntários escapassem da minha boca.

Ele então tomou minha boca novamente, explorando cada canto da minha boca, me saboreando de uma incontrolável, eu me derretia em seus braços, cedendo meu corpo completamente a ele.

Poderia não ser a transa mais romântica que eu tive em minha vida, mas tê-lo ali, daquela forma completamente sutil, a luz da lua, em cima de um carro sentindo a brisa gelada da noite nos abraçar...

Eu estava em combustão, ali, entregue aos seus braços era como se eu estivesse protegida contra tudo, mesmo sabendo que era um devaneio muito louco de minha parte, mas afinal... Eu poderia sonhar, não é mesmo?

Matheus parecia estar tão desnorteado quanto eu.

Minhas mãos agarraram seus cabelos curtos, os puxando enquanto ambos nos deliciávamos com o prazer oferecido.

Matheus continuou ali, cada estocada era como ser jogada em uma ribanceira, nossas respirações já estavam pra lá de descompassadas, tive a impressão que em algum momento teríamos um treco...

Quando cravei minhas unhas em suas costas, ele suspirou pesadamente, aumentando seu ritmo, fazendo com que meus pés não tocassem mais o chão, apenas ele me mantinha ali.

-Matheus... –Gemi abafado contra os seus lábios ao chegar em meu ápice.

Minutos depois parece que Matheus acabará de chegar ao seu também, pois um som rouco escapou de sua garganta, o deixando capotado em cima de mim, mesmo sem agüentar seu peso, o mantive ali, enquanto tentávamos recuperar a respiração que não se normalizaria tão cedo.

Com certa cautela, coloquei minha mão sobre sua cabeça, ensaiei uma três vezes antes de enfim conseguir, ele não se opôs, continuou ali, deitado sobre mim, fechei meus olhos e acariciei seus cabelos, não mostrou reação, mas parecia ter notado esse meu gesto, mas era incapaz de reclamar ou sorrir perante essa minha aproximação...

É, aquela seria nossa despedida!

Apesar de não ter sido uma coisa tão... Digamos assim, “elaborada”, ficaria em minha memória.

Matheus era um ridículo 99% do tempo, mas quando estava disposto a tomar contar de meu corpo, se encarregava perfeitamente, e com certeza, eu sentiria falta de seu toque.
Ficamos algum tempo ali, deitados, perdidos em nossos próprios devaneios, ambos em silêncio, mas eu posso garantir que a mente dele trabalhava assim como a minha, em sua cabeça deveria estar se passando mim coisas, coisas que infelizmente eu jamais saberia.

Havia se passado umas meia hora, e nada de trocarmos sequer uma palavra.

Só tive coragem quando senti uma gota gelada cair em minha testa, a limpei e olhei pra cima, sentindo ainda mais gotas.

-Matheus? –Bati em suas costas. –Matheus... Está garoando. –Falei.

Ele então pareceu voltar ao mundo real, levantando com cautela e se abaixando para pegar meu vestido.

Ele entregou-me, mas eu não o vestiria agora, apenas fiz um aceno com a cabeça e cobri meu corpo, correndo até a parte coberta da casa, parando perante a uma porta de mogno gigantesca.

Matheus caminhou, sem se preocupar com a chuva que caia de maneira mais forte a essa altura, ele vestia apenas seu jeans escuro e trazia na mão sua camiseta, era como ver um comercial erótico ao vivo. Eu ainda segurava o vestido contra o meu corpo, um pouco encolhida por conta do frio, Matheus pareceu notar, pois se apressou em abrir a porta.

Assim que abriu, a empurrou e entrou, me aguardando do lado de dentro, olhei admirada, devo ter feito cara de idiota, pois ele sorriu torto enquanto balançava a cabeça e fechava a porta.

–Sua casa é linda! –Falei ainda olhando em volta, ele não disse nada, apenas assentiu, jogando as chaves em uma mesa de escura de centro.

-Chega a ser cômico... –Ele falou, fazendo com que eu olhasse pra ele. –Jurava que jamais iria trazer uma mulher em minha casa novamente, e por castigo, olha quem é a felizarda! Uma...

-Uma qualquer, uma prostituta, não é? Pois é... Que ironia do destino. –O interrompi, finalizando sua frase.

Ele não disse nada, apenas passou por mim, entrando em um extenso corredor.

Enquanto isso, fiquei ali, parada feito uma estatua na sala, esperando que voltasse e distribuísse mais ofensas, mas tomara que com isso, trouxesse uma toalha de brinde, pois eu sentia meu corpo todo tremer.

Ele voltou minutos depois, trazendo com ele uma toalha branca e jogando-a em minha direção.

-O banheiro fica no corredor. –Ele falou, sem demonstrar interesse com nada. Ele nem chegou a me olhar, apenas jogou a toalha e subiu as escadas, deixando-me ali sozinha novamente.

-Fica á vontade, Katrina... –Murmurei sozinha, enquanto seguia até o corredor.

EVAOn viuen les histories. Descobreix ara