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KATRINA

Suas mãos separaram minhas pernas, e eu já imaginava o que estava por vir, logo o senti por completo dentro de mim, arfeei e cravei minhas unhas em suas costas, sem se importar se deixaria marcas ou não, ele começou a movimentar-se de uma maneira frenética, arrancando gemidos tanto de mim, quanto até mesmo do próprio.

Eu gemia em seu ouvido e ele parecia gostar, pois apertava meu corpo contra o dele e ia ainda mais fundo, era como ser levada a um precipício e ser puxada no último momento.

-Geme meu nome... -Ele pediu de maneira rouca em meu ouvido, mordendo-a em seguida. -Geme. -Insistiu.

-Hum... Isso, Gabri-Gabriel... -Falei entre gemidos, ele apertou meu corpo contra o dele e soltou um longo e rouco gemido quando chegou ao seu ápice, minutos depois cheguei ao meu.

Ele ainda estava sobre mim enquanto recuperamos juntos o nosso fôlego, nossas respirações estavam descompassadas, foi quando ele enfiou o rosto em meu pescoço e o chupou firmemente.

-Aí! -Reclamei e ele sorriu.

-Você me marcou, loira. Nada mais justo que eu fazer o mesmo. -Ele falou se referindo aos arranhões nas costas.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, eu encarava o teto e quando me toquei, bati em seu ombro e tentei empurra-lo de cima de mim.

-Acho melhor você sair. -Falei e ele não disse nada, apenas levantou-se e entrou no banheiro, aproveitei esse tempo para me vestir, abri a bolsa e tirei de la meu batom vermelho, passei em meus lábios renovando a cor chamativa, o guardei na bolsa, recolhi o dinheiro que havia caído no chão e o guardei também.

Joguei meu cabelo para o lado, recolhi meus saltos e antes que eu pudesse sair, fui surpreendia por um beijo selvagem vindo do Gabriel, ele preensou-me sobre a porta.

Quando finalmente nos separamos, o olhei e ri ao perceber sua boca toda borrada de vermelho, passei minha mão em volta tentando tirar, mais foi em vão.

-Bom... Foi um prazer te conhecer. -Falei e ambos rimos da minha irônia.

-Igualmente, Katrina. -Ele piscou e afastou-me, abrindo a porta e saindo em seguida.

Voltei ao banheiro e arrumei minha maquiagem, voltei a arrumar meu cabelo e coloquei novamente meu salto, antes de sair do quarto abri o frigobar e bebi duas garrafinhas de água mineral.

Respirei fundo e sai do quarto, pronta pra procurar meu próximo cliente... Ou quase pronta.

Naquela noite "atendi" mais três caras, apesar de ser um absurdo uma pessoa dormir com quatro caras em uma noite, pra mim foi muito pouco... Dois dos três homens eram amigos do tal Gabriel, e o outro era um velho de quase uns 45 anos, era repulsivo, ele tinha idade pra ser meu pai!

Guardei boa parte do que ganhei naquela noite, era mais do que justo, eu fiz todo o trabalho, eu deitei com estranhos, o dinheiro era meu por direito, sim! Eram quase três da amanhã quando dei minha noite por encerrada, a boate estava praticamente vazia, haviam apenas algumas pessoas limpando, as meninas que ali trabalhavam e os seguranças da boate.

Ignorei as piadinhas e os olhares maliciosos e adentrei sem cerimônia na sala de Henric, Kenedy estavam sentado em sua frente, a mesa estava forrada de dinheiro, provavelmente os ganhos da noite.

-Pronto! -Falei jogando o dinheiro sobre a mesa.

-Só isso? -Ele perguntou enquanto me encarava.

-O que esperava? -Falei petulante. -Me coloca pra trabalhar aqui. -Apontei para o chão. -E ainda quer que eu ganhe muito? Olha em volta, Henric. -Falei impaciente enquanto cruzava os braços.

-Katrina... -Ele disse num tom ameaçador. -Até ontem morria de medo de mim... E hoje já está assim? Acho que eu vou ter que fazer algo pra esse velho medo voltar.

-Você quem sabe, Henric. -Falei com desdém. -Tem como piorar esse castigo?! Acho que não. -Ele riu com cinismo.

-Tenho várias coisas em mente pra trazer um inferno na terra. -Ele falou e voltou a mexer no dinheiro. -Leva ela pra casa, Kenedy.

-Levo. -Kenedy atravessou a sala.

-Minha mina de ouro precisa descansar, não é Katrina? -Henric provocou-me.

Fiquei tentada em mandá-lo para o inferno ou mostrar-lhe o dedo, mas no entanto, contive meus instintos.

-Com certeza, patrão! -Falei e escutei o riso do Kenedy.

-Não brinca com fogo, Katrina... -Henric ameaçou-me antes que Kenedy fechasse a porta, só então caminhamos até as escadas.

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