Ela assente e se levanta me apontando a varinha.

- Então quer dizer que não sabe porque os meus alunos, segundo o Sr. Filch, vêm andando escondidos a noite?

- Não, não sei, eu andei escondida a noite por estar na biblioteca, como disse anteriormente, sozinha. - digo séria. - e por vezes com o Draco, apesar de não estarmos juntos, ele me ajuda com a matéria do Professor Snape, mas normalmente ele vai embora antes, então, se alguém estava vagando depois do horário pela escola, fui eu, sozinha. Sugiro que o Filch tenha se equivocado, se por acaso me viu acompanhada.

- Terminamos por hoje, senhorita Campbell, pode se retirar da minha sala. - saio da sala dela e encontro o Malfoy no corredor, ele me puxa desesperado.

- Ela machucou você? - pergunta e eu nego. - te deu algo para beber?

- Deu um chá estranho.

- Que cor de calcinha está usando?

- Oras, Draco, não vou responder isso.

- Oh, ainda bem, não tomou o chá, tomou? - nego e ele me abraça. - a escutei pedindo o soro da verdade para o Snape, o que fez com o chá, afinal

- Joguei dentro das botas, a sensação é horrível. - digo sentindo a umidade desconfortável nas minhas botas de couro. - as meias grossas absorveram boa parte, mas ainda está bem desconfortável.

- Tire as botas. - obedeço e ele faz um movimento com a varinha, logo depois um ar quente sai da ponta, secando totalmente minhas meias, e parcialmente as minhas botas. Após eu colocar minhas botas novamente ele me olha travesso e me pede para segui-lo.

Paro quando chegamos atrás de uma cabana velha e vazia, fico confusa e o encaro, mas ele logo me beija puxando os meus cabelos de leve. Suas mãos desesperadamente apertam meus seios.

- Noora, sei que disse que iria esperar, mas está me enlouquecendo, me provoca demais.

- Com certeza devo estar muito provocativa com meu uniforme e capa todos os dias. - sou sarcástica.

- Eu estou há muito tempo sem... você sabe, não consigo nem me concentrar, Noora, só imagino você nua em qualquer aula que assisto, estou ficando sem desculpas por ter demorado no banheiro. - disse colocando minhas mãos na sua intimidade.

- Está louco? Vão nos ver aqui! - digo afastando suas mãos bobas que me apalpavam. - estou por um fio de ser expulsa, Draco, vamos para a aula.

Ele me dá um último beijo e vamos para a aula de poções, estávamos mais do que atrasados, aproveitamos que o Snape estava de costas e entramos de fininho.

- Campbell, suponho que minha aula não seja sua maior prioridade, sim? - Como ele conseguiu saber que era eu?

- A Umbridge pediu para me ver, desculpe o atraso.

- E acredito que o Senhor Malfoy seja o seu broche, não é? Coincidentemente todas as vezes que chegou atrasada na minha aula, chegaram juntos. - Malfoy tenta inventar alguma desculpa. - Senhor Malfoy, não me importo com o que fazem fora da minha sala, e sinceramente não me interesso em ouvir suas desculpas descabidas. Senhorita Campbell, sugiro que recupere o tempo perdido, afinal, já é uma irresponsável, não queira ser também incompetente. - disse e eu assinto começando a poção que por sorte já havia estudado antes.

(...)

Estava a caminho do salão principal para o Café da manhã e encontro os gêmeos Weasley e a Padma Patil.

- Não acredito que colocaram Febricolate para o Filch. - Digo rindo quando soube o que os gêmeos fizeram.

- Deveriam ver a cara dele, estava nojenta. - Fred diz rindo e fazendo sinais de explosão no rosto.

- Eu vi um garoto do primeiro ano usar e não foi nada bonito. - Padma responde.

- Ele deve ter ficado muito decepcionado, será que ele pensou que a Umbridge havia mandado para ele? - Jorge gargalha com a minha pergunta.

- Provavelmente, quem mais ele pensaria? A madame Nor-r-ra? - o gêmeo responde.

Assim que chegamos, sentamos na mesa da grifinória, a Umbridge estava lá pronta para dar um aviso.

- Para os que não viram o mural de regras hoje, devo avisar que vou abrir vagas para dar chances dos alunos conseguirem créditos extras, além de ajudarem a manter a ordem e o decoro da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. - Respiro fundo quando vejo o sorrisinho idiota no rosto do Draco e dos amigos dele. - Quem quiser fazer parte da Brigada Inquisitorial para obter créditos, deverá se inscrever no escritório da Alta Inquisidora.

Ótimo, vai recompensar alunos dedo-duros, que saudável, me embrulha o estômago ver o Draco comemorar isso, não acredito que ele seria capaz de se inscrever para ficar a favor da maluca que ele diz odiar, mas adora quando ela está em ação. Ele me olhou como se adivinhasse que eu estaria o trucidando nos meus pensamentos, e sorriu para mim, desvio o olhar e volto a comer sem paciência. Harry está sentado do meu lado e sussurra no meu ouvido.

- Pode ser uma ameaça para a Armada.

- Sem dúvidas ela desconfia que estamos nos reunindo, Harry, me fez perguntas esquisitissimas quando me interrogou. - sussurro de volta. - Precisamos ser mais discretos.

Malfoy me olhava transbordando ódio enquanto comia violentamente, que a propósito eu não sabia que era possível até ver a cena, um pedaço de carne. Fala algo, mas sou horrível em leitura labial, então a não ser que ele tenha falado "estou a comer" com muita raiva, não entendi muito bem o que ele quis dizer.

Termino de comer e caminho por Hogwarts esperando dar a hora da aula de história da magia, apesar de não ser das mais animadas eu gostava. Estou andando até que alguém me puxa violentamente e não preciso nem ver pra saber de quem se trata.

- Sabia que você pode me chamar educadamente para ir até você? É isso que pessoas normais costumam fazer. - digo irritada massageando meu braço. - Seu bruto. O que queria comigo? Não sou boa em leitura labial.

- Saiba que eu sou Leonoora, e sei muito bem o que estava sussurrando para o Potter. Eu disse que eu vou matar você, e falei a verdade.

- está maluco? Não falei nada demais. - minto.

- Então não disse para o seu namoradinho que precisam ser mais discretos? - é, ele era bom nisso.

- Olha quem fala, o idiota que está com esse broche nojento nas vestes, Brigada Inquisitorial, Draco?

- Acho que não quer que eu esteja por aí para continuar se pegando com duende da cicatriz pelos cantos.

- Achei que confiasse em mim, já disse que não tenho nada com o Harry, nunca tive.

- Eu venho ignorando os boatos, juro que tentei ignorar todos que diziam que toda noite minha garota estava por aí com o Potter, acreditei em você, mas Noora, admita que é suspeito demais.

- Está ficando maluco, Draco, eu não estou tendo nada com o Harry, e já disse, achei que confiasse em mim. - digo me encostando em uma bancada e notando como aquela sala cheirava mal. - Não tente me fazer pensar que o que você acha que eu fiz é maior do que o que você fez, escolheu o seu lado, Draco, não tem mais uma namorada.

- O que você quer dizer com isso? - agarra o meu braço em desespero.

- Quando pendurou esse broche ridículo, fez a sua escolha, está do lado dela, não do meu, mesmo depois de tudo o que ela fez comigo, escolheu ela, apenas me esqueça, finja que nunca me conheceu.

- Noora, por favor, confie em mim, eu não vou fazer nada que prejudique você, confie em mim! - solto o meu braço do seu aperto.

- Esse foi o meu erro, Draco, ter confiado em você.

- Não fale assim, Noora, minha Noora. - Não sabia ao certo se eram lágrimas de verdade ou se era apenas pura encenação. - Pode confiar em mim.

- Prove. - saio levando meus livros.

BE EVIL || DRACO MALFOYWhere stories live. Discover now