"Platônicos."

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- Não está falando sério, brinca com os meus sentimentos com uma facilidade absurda. - brinco enquanto mexo nos seus cabelos.

- É um dramático mesmo, sorte sua que é um herói, se não já teria batido em você.

- Juro que se me chamar de herói de novo, serei obrigado a morder você inteirinha. - ela vira o rosto para me encarar e por um segundo tira o meu chão.

- Meu herói. - beijo seus lábios delicados com brutalidade, eu não sabia de onde ela tinha saído, mas sabia que não existiria outra igual.

Nos ficamos abraçados ali por um tempo calados, fiquei com medo de dizer qualquer coisa e estragar tudo.

- Acredito que sua namorada não ficaria feliz nos vendo dessa maneira. - fico confuso, ela faz menção em levantar e a puxo novamente para mim.

- Oras, é mais maluca do que eu pensava, não tenho namorada nenhuma! - minha voz soa brava e a aperto mais contra mim, ainda estava atônito com o que havia acontecido.

- Está me dizendo que não namora a Pansy Parkinson? - pergunta novamente e meu cérebro parece dar nós.

- Eu não namoro a Pansy desde o ano passado, Noora, não seja tola. - Ela contorce a boca incomodada. - Nós nos divertimos as vezes, mas nada que atrapalhe nossa amizade. - digo a verdade já me arrependendo quando sinto seu suspiro de decepção. - Ela é, acredito que, a única que posso chamar de amiga.

- Temos conceitos diferentes de amizade, Draco. - sua voz soa brava me fazendo rir.

- Oh, bonequinha, não seja ciumenta, não é nada demais.

- Não estou com ciúmes, mas suponho que deva ter a mesma relação com seus outros amigos, como os brutamontes que anda. - provoca.

- Não acho que gosto do que eles têm a oferecer. - Rio dos seus ciúmes e brinco com os seus cabelos.

- Por que terminaram?

- Deveríamos esquecer a Parkinson, o que acha? - digo tentando evitar o assunto.

- Ande, Draco, conte.

- Mandona. Bom... terminamos porque queríamos coisas diferentes.

- seja claro. - ordena.

- Ela queria me namorar, e eu queria dormir com as meninas do time de quadribol da lufa lufa. Ela terminou quando me pegou aos beijos com a Dafne Greengrass no meu dormitório. - Ela me belisca no braço, me causando uma risada. - você pediu a verdade, eu não queria incendiar a minha imagem tão cedo.

- Você é um nojento, Malfoy. - Se ela pensa assim vendo apenas a ponta do iceberg, não posso imaginar como vai pensar ao ver o resto.

- E você? Como foi sua vida amorosa? - pergunto meio desconfortável a fim de fazê-la esquecer da minha.

- Então, eu fui educada em casa, não fazia muitos amigos nem tinha como ter namorados, ja tive alguns amigos que se perderam com o tempo.

- Não acredito, fui o seu primeiro beijo? - digo com deboche, mas contente por dentro.

- Não, Malfoy, não foi. - disse esmagando minhas esperanças. - foi aos meus 13 anos, tinha um amigo que vez ou outra o pai dele vinha nos visitar, ele me trazia livros de romance sempre que conseguia, disse que um dia viveríamos aquilo juntos. - Sinto um arrepio de desprezo, que depravado. - um dia nos beijamos nos fundos da minha casa.

BE EVIL || DRACO MALFOYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora