Capítulo 100

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“Estás doido? Perdeste a cabeça? É que só pode!” Louis continuava a gritar enquanto eu atirava os objetos para o interior da mochila preta. Não respondi, pois estava farto de repetir sempre a mesma coisa. É a única maneira, a única solução que tenho. “Harry isto pode ser uma armadilha! Além disso o Des é uma lenda, mesmo que ele exista tu nunca vais-“

“Não tenho outra escolha, Louis.” Respondi finalmente fechando o zip da mala e trazendo-a para as minhas costas.

“Pelo menos não vais sozinho” Calum desencostou-se da parede mas manteve os seus braços cruzados sob o peito. Revirei os olhos.

“Tenho de o fazer sozinho, eu quero que vocês se preocupem em localizar o Kevin.”

“Já está toda a gente a trabalhar nisso, além disso-“ O moreno foi interrompido por um batuque na porta do quarto e os três entreolhámo-nos. Não esperávamos ninguém e muito menos havíamos informado alguém da nossa presença ali. Calum prontificou a arma que havia presa no seu cinto e encostou-a à porta esperando que eu e o meu melhor amigo estivéssemos prontos. Assim que lhe acenei, o australiano abriu a porta escondendo a arma atrás da mesma.

“Sim?” Questionou para a figura do outro lado. E só então me dei conta dos cabelos louros pintados do outro lado.

“Niall?” Questionei observando o irlandês fitar-me preocupado. “O que é que tu estás aqui a fazer? Devias estar em Cheshire!” Gritei voltando a guardar o objeto mortífero e seguindo para junto dele.

“Eu sei, mas o Luke e o Liam ficaram lá a tratar de tudo. E eu não conseguia ficar mais à espera que as coisas acontecessem.” Respondeu enquanto eu o puxava para o interior do quarto. “Hm, olá Louis.”

“Olá Niall.” O moreno respondeu-lhe enquanto tentava explicar a Calum quem era aquele ser.

Depois de discutirmos o que se iria seguir acabámos por decidir que Calum iria com Niall para junto de Karen e Michael, continuando as buscas no outro lado da cidade, enquanto eu e Louis iriamos atrás do meu novo alvo.

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“Tens a certeza que ele está aqui?” Louis voltou a questionar enquanto conduzia na direção da morada que eu havia colocado no GPS do automóvel.

“O Jeth normalmente nunca falha.” Respondi enquanto carregava a arma que trazia nas mãos.

“Tens a certeza que queres fazer isto? Tu nem sequer sabes porque é que o Troy o quer morto. Quer dizer, há uns dias atrás andavas à procura dele porque ele podia ter informações contra o meu pai e agora estás disposto a matá-lo, sem sequer questionar?”

“Nessa altura a Evelyn não estava desaparecida, algures por aí com o psicopata do teu irmão.” Atirei vendo-o calar-se. O moreno avisou-me que não teríamos qualquer cobertura exterior, pelo que estaríamos às cegas assim que entrássemos na mansão.

Estacionámos o automóvel no final da rua, e Louis abriu o pequeno computador que havíamos trazido connosco. Depressa abriu o programa necessário, podendo ver a mansão através da imagem satélite.

“O Jeth avisou-me que ele diverge bastante os horários, tal como qualquer bom agente. No entanto, todas as sextas feiras, entre as 18h e as 18.30h ele sai e volta sempre perto das 19h. É o único ponto fixo que temos.”

“São 18.15h” Falei olhando para o relógio digital do automóvel que permanecia ligado. O meu melhor amigo acenou e não demorou muito para que lhe retirasse o aparelho das mãos. “Podemos entrar por aqui, o que é isto roxo?”

“Calor corporal. Cada ponto roxo é uma pessoa.” O moreno revirou os olhos. Nunca fui de tecnologias e sempre me recusei a fazer parte das comunicações, pelo que estes programas nunca me diziam nada. Sempre fui melhor em campo, entre as pessoas e frente a frente.

Save Yoυ  △ |h.s|Onde as histórias ganham vida. Descobre agora