Capítulo 66

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“Tal como lhe disse, é só uma suspeita, além disso temos quase a certeza que havia mais do que uma pessoa naquele quarto àquela hora.” Michael continuou a explicação procurando a minha mudança de expressões. Procurando mentiras ou hesitações.

Mas eu não ia hesitar, era o meu pai.

“Eu sei quem é o homem responsável pela agressão da Miriam.” Revelei-lhe imediatamente sem pensar no que estava a dizer. Harry insistia que não se tratava dele e que havia sido outra pessoa, mas na minha cabeça isso não fazia sentido. Miriam lembrara-se dele e já deixara bem claro quem era.

“Como?” Calum questionou surpreso com a minha afirmação. “E porque não o denunciaram?”

“Porque não tínhamos a certeza.”

“Então como tem a certeza que é ele agora?”O polícia cruzou os braços e olhou-me desconfiado, quase que me acusando de alguma coisa. Queria levantar-me e gritar-lhe que parasse de ser um idiota mas isso provavelmente pioraria as coisas. Respirei fundo e mirei o oficial que me parecia mais sereno e compreensivo.

“Eu… não tenho a certeza, mas é a única pista que temos.”Insisti deixando os braços caírem-me sobre o colo e os dedos brincarem entre si. Michael assentiu e levantou-se, retirando uma fotografia do bolso do casaco azul.

“Por acaso esse suspeito é este senhor?” Perguntou apontando para o rapaz que, não teria mais do que os seus 20 e poucos anos. Cabelo castanho, ligeiramente mais curto do que aquele que vira, mas os olhos igualmente azuis e a barba por fazer. Acenei indicando que era esse o rapaz e ambos os polícias se entreolharam.

“Contactá-la-emos em breve.” Informou-me o mais velho, e pouco depois ambos se retiraram.

Harry entrou de rompante no quarto e olhou-me preocupado, sentou-se ao meu lado e, sem perguntas, puxou-me para os seus braços envolvendo o meu pequeno corpo com eles. Deixámo-nos ficar assim por largos momentos até ele me erguer o rosto e me beijar os lábios com ternura.

“Eu vou ter de sair e devo demorar.” Avisou-me quando nos separámos e puxou uma mexa de cabelo por detrás da minha orelha.

“O quê? Porquê?” Quase que gritei afastando-me dos seus braços e tendo a oportunidade de lhe ver o rosto fechado. Não estava mais sério e frio, mas sim triste e de alguma forma, podia quase tocar-lhe na culpa que os olhos emanavam.

“Tu denunciaste o meu melhor amigo, e eu não posso deixar que ele seja preso por algo que não fez.” Respondeu passando as mãos nas calças e erguendo-se do colchão.

O quê?

“Primeiro, porque raio estavas a ouvir a conversa? Segundo, porque é que continuas a insistir que ele não fez nada? Terceiro, nem sequer estás zangado comigo?” Foi a minha vez de me levantar despejando as perguntas como uma pequena criança curiosa. Nada do seu discurso fazia sentido com a sua expressão, parecia que lhe haviam dado algum tipo de anestesia, mas mesmo fixando os seus olhos não encontrava vestígios de qualquer consumo.

“Evelyn, eu sei que não foi ele.” Suspirou passando a mão pelos cabelos. “E não, eu não posso ficar zangado contigo.”

“Porquê?”

“Porque não posso, não tenho esse direito, está bem?” O aumentar do volume da sua voz demonstrava a crescente irritação em resposta às minhas perguntas. Revirei os olhos e deixei que todo o ar se fosse dos meus pulmões. “Tenho de ir, antes que a polícia chegue antes de mim.” Aproximou-se para se despedir de mim, mas eu dei um passo atrás.

“Então, eu também vou.” Resmunguei de braços cruzados.

“Nem pensar.” Abanou a cabeça e ele próprio se afastou. “Mesmo que não fosse perigoso, estás doente.” Voltou a aproximar-se e agarrou-me os braços gentilmente para os descruzar. Acabei por não insistir pois sabia que acabaria por atrapalhar ou ficar envolvida em tudo isto. Harry puxou-me para si e esbarrou os lábios nos meus com fervor. Senti-lhe a despedida no desejo com que enlaçou o meu corpo e esse sentimento deu-me leves náuseas. Provavelmente ele não iria demorar muito, mas algo na minha mente, continuava a insistir que alguma coisa estava errada.

Não liguei para essa pequena voz que nos grita no fundo da consciência, e deixei-me levar nos seus braços.

“Aconteça o que acontecer, Evelyn, eu quero que saibas…” A voz esmoreceu-lhe na coragem que se escapuliu e eu fiquei a olhá-lo, esperando o resto. “Eu gosto mesmo de ti, eu não sei o que se passa comigo, mas nunca me iria perdoar se algo te acontecesse, entendes? Por favor, tem cuidado.”

“Harry, o que é que se passa?” Perguntei sentindo as lágrimas queimarem-me nos cantos dos olhos e ele limpou-mos levemente com os seus polegares.

“Não te esqueças disto, está bem?”

“Esquecer o quê?” Insisti, querendo ouvir-lhe as palavras uma vez mais. Mas ele limitou-se a sorrir e beijou-me de novo, tão ou mais intensamente que no momento anterior.

Eu também gosto de ti, Harry.

Primeiro, eu pedi às meninas que vão ao concerto para me enviarem mensagem privada, não para comentarem.
Segundo, estou furiosa porque ontem fiquei até às duas da manhã acordada, à espera que ver o concerto e nenhuma puta de link funcionou. 

ENFIM.
Votem e comentem meus amoreeeees,
vos amooo
xx

LEIAM ISTO POR FAVOR É IMPORTANTE:
Surgiu a ideia de, se quiserem ser identificadas no dia do concerto, levem uma pulseira da cor LARANJA (porque é a cor do Wattpad sim?) Assim podemos encontrar-nos todas umas às outras wiiii 

[Editado: Já agora, sigam-me no twitter @ElianaDreams] wii

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