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Capítulo 42

Se eu criar um ask só meu voces fazem-me perguntas? U(:xx

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Depois de as aulas terminarem, aproveitámos para passar por casa de Miriam todos juntos de forma a ver se já havia melhorado. Já se haviam passado algumas semanas, mas ainda assim era precisa muita investigação e ela permanecia sob assistência e vigilância.

“Eu vou ao café, quando estiveres despachada avisa-me.” Harry pronunciou agarrando a minha mão para que não saísse do carro. Beijei a sua bochecha e concordei enquanto finalmente me encaminhava para a mansão junto com os restantes.

“Será que ela está melhor?” Amy questionou enlaçando os seus dedos nos do namorado enquanto o porteiro nos abria a porta. Cumprimentámos o homem já com alguma idade e indicámos a razão da nossa presença.

“A Miriam é forte, tenho a certeza que recupera depressa.” Respondi com um sorriso quando finalmente entrámos em casa. A empregada, que dava pelo nome de Cate, indicou-nos o caminho até ao quarto da morena.

Depois de entrarmos pudemos encontrar a figura feminina sentada na sua cama, de costas encostadas à cabeceira com a capa de desenhos à frente. Quando deu por nós sorriu. Senti o meu coração apertar ao ver as pequenas manchas nos seus braços que ainda lá permaneciam, mas por outro lado, foi como se um peso fosse lentamente retirado das minhas costas ao vê-la olhar-nos com ternura e sem a agonia que vira no dia em que tudo aconteceu. De certa forma senti-me menos culpada, mesmo que isso fosse outro motivo de culpa.

“Como te sentes?” Niall perguntou meigamente sentando-se ao lado da rapariga. Eu acabei por fazer o mesmo do outro lado e abracei-a um pouco como forma de cumprimento. Amy e Luke sentaram-se à nossa frente.

“Bem, estou a recuperar rápido. O psicólogo diz que na próxima semana já posso voltar às aulas e os médicos dizem que por enquanto não há grandes estragos.” Respondeu com a alegria que eu não esperava.

De certo, sempre admirara a sua força e isso era um dos motivos que me levava a sentir aterrorizada por tê-la visto da forma que vi. Mas ainda assim, vê-la com um sorriso nos lábios e um brilho intenso nos olhos estava a conseguir retirar-me as palavras ou até mesmo conseguir pensar em algo que pudesse simbolizar tamanha bravura. Talvez apenas a minha admiração poderia explicar uma pequena parte.

“Ainda bem amiga, fazes falta.” A ruiva segurou-lhe as mãos entre as suas e agitou-as levemente enquanto ambas se riam uma para a outra.

“O Liam não pode vir, porque tinha de ir trabalhar, mas ele mandou-te um beijo enorme e disse que te compensava mais tarde.” Informei de repente, quando me recordei das palavras do moreno. Miriam assentiu e prosseguimos a conversa, enquanto Amy atualizava a morena de todas as cusquices da escola e todas as pequenas histórias que têm acontecido.

Já as horas haviam viajado para o passado quando finalmente decidimos que tínhamos de regressar. Todos se despediram de Miriam enquanto eu fiquei para último, permanecendo no quarto sozinha com ela.

“Passa-se alguma coisa?” Perguntou-me ligeiramente preocupada. Abanei a cabeça negando e ela insistiu para que continuasse.

“Eu sei que isto te custa muito, Miriam, mas eu preciso mesmo de te pedir uma coisa.” Comecei enquanto procurava as palavras que se pudessem acomodar ao assunto de forma suave e sem transtornos. Vi, então, a expressão alegre transformar-se na preocupação que ela tentava esconder. “Podes descrever-mo?” Pedi em voz baixa tendo a certeza de que ela sabia ao que me referia.

Miriam deu alguns passos atrás e tornou a sentar-se na cama, passando as mãos pelos cabelos e então mostrando o pânico que escondera por detrás da sua descontração e a agonia por detrás daquele sorriso que parecia puro e sincero, mas era mais plastificado que um coração sem sentimentos. De imediato ajoelhei-me à sua frente e agarrei as suas mãos.