Para Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...
Eu te disse pra não se enganar No momento em que segurar esta mão, estará correndo perigo ... Agora você está sangrando, ainda se sente atraído? Você claramente já sabe, mas por que continua me encarando?
- Siren
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Seul, Capital da Coréia do Sul
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Aos sete anos de idade, Soyoon notou que sua cabeça estava mudando. Ela era muito nova, mas muito cheia de si. Cheia de sonhos, sonhos que crianças da sua idade nunca cogitariam ter. Ela sempre ia ao parque com sua velha amiga Kelsey, na sombra de uma grande árvore — a sua favorita, por sinal —, e colocava o brinquedo entre as pernas, penteando seu cabelo com calma, olhando para além do parque não muito cheio.
— Olha só, Kelsey — falou baixinho. —, acho que deveríamos ir para outro parque da próxima vez, esse quase sempre está vazio.
A verdade é que a mãe de Soyoon não sabia que a garotinha estava onde estava. Soyoon nunca teve uma boa relação com a escola onde estudava, não era uma boa amiga das regras ditadas lá e sentia que nenhum dos outros alunos eram capazes de acompanhar seu raciocínio. Sempre que tinha a oportunidade, desviava do caminho do colégio e corria diretamente para o parque mais próximo que conhecia.
Era sempre muito cedo quando podia estar do parque, então as crianças não costumavam estar pelo local, fazendo Soyoon falhar em sua missão de encontrar novas amizades. Levantou a boneca Kelsey e a olhou nos olhos.
— Está ficando tão frio, Kelsey. — falou baixo, apertando os braços da boneca.
Naquela época do ano, o sol não costumava aquecer com tanta facilidade aquela hora, e até que isso acontecesse, demoraria.
Yoon cantarolou baixinho uma cantiga, passando os dedos pelos fios falsos de cabelo da boneca, distraída em seu momento de calmaria passageira. Seu pé foi atingido com certa violência por uma bola pesada, ela olhou para a bola alaranjada e repuxou um bico curioso.
— Você só pode estar cego pra jogar a bola tão longe. — Yun ergueu o olhar vendo o garoto de cabelo castanho e pele extremamente branca se abaixar para recuperar o objeto de borracha.
