Capítulo 82 - Sessão 3

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Encontrei a paz na sua violência

Não há como me mostrar que não adianta tentar

Ainda estou e fiquei quieto por muito tempo                                                                                                         

- Silence

                                                       

                                                              Seul, Capital da Coréia do Sul

Soyoon, com toda certeza do mundo amava o silêncio. O silêncio era o sinônimo de paz, compreensão, e uma junção de muitas maravilhas. Escutar o som dos próprios pensamentos sempre foi muito saudável e comum para ela, mas com toda certeza, o tempo paralisado justamente em um único foco havia se tornado um fetiche para a Yun mais nova.

Namjoon, ali, parado de frente para ela com o olhar entre vacilos... aquilo sim fora uma surpresa incrível para ela, que, com seu grande conhecimento sobre leitura corporal, perdera rapidamente tudo o que pudesse entregá-lo.

­­— Você... voltou... ­­— não recebendo respostas quando o chamou, fora o que ela dissera quando percebeu que o mudo do instante chiava em suas entranhas.

Namjoon adentrou a casa sem se importar com os sapatos que usava e puxou os ombros da mais baixa a abraçando sem que a mesma esperasse.

Aquilo foi um dispare de inúmeras emoções. Como se procurassem aproveitar cada segundo daquilo, como se um ou o outro pudesse desaparecer imediatamente. Mas era claro que tudo o que eles queriam era mostrar o quanto se sentiram estranhos com as mudanças em relação à tudo. Só a forma como passavam quentura um ao outro era o suficiente. A mais profunda demonstração de afeto estava escancarada ali, bem naquele vínculo criado por peles.

Quando se separaram, a primeira coisa a ser feita fora... nada.

Os olhos, eles por si só diziam muito mais que qualquer outra coisa, que qualquer outra parte do corpo. As íris escuras, a intensidade e a emoção exposta, toda a euforia mesmo sem um único movimento, sem uma única palavra, sem um único suspiro... a capacidade de sentir arrepios pela pele do outro sem nem mesmo mais um toque. O que podia ser uma conexão tão completa, tão especial como aquela? Não podia ser amor, não podia ser paixão. Podia ser mais do que aquilo? Talvez entendimento e compaixão. Misericórdia estava presente entre o ar, o afeto e a vontade de sorrir e não fazer nada ao mesmo tempo.

Os motivos seriam os sorrisos, as ajudas? Quanto tempo tiveram para ser um pelo outro? Pouco tempo, é claro, mas o suficiente.

O tempo não diz nada sobre o que sentimos por alguém.

­­— Não pergunte. ­­— ele disse.

­­— Mas eu preciso. ­­— ela respondeu molhando os lábios.

­­— O primeiro lugar em que estou desde que saí de lá... é aqui. ­­— ele sorriu levemente mostrando suas marcas no rosto.

Yoon ergueu levemente as sobrancelhas fechando a porta atrás do menino. Então cruzou os braços e jogou a cabeça para o lado.

­­— Eu estou feliz por te ver de novo. ­­— ela murmurou olhando para as próprias mãos.

Namjoon engoliu um pouco de saliva sem tirar os olhos da menina, que ainda não havia levantado a cabeça por achar suas mãos interessantes naquele momento.

­­— Soyoon, eu estou aqui porque... porque eu... eu vim aqui primeiro porque...

­­— Namjoon?! ­­— Soyoon e Namjoon olharam para cima avistando Taehyung no topo da escada com os cabelos molhados e uma toalha em uma das mãos.

Sete FinaisWhere stories live. Discover now