Para Yun Soyoon, ter entrado na escola mais cara e importante da Coréia do Sul foi uma grande vitória. Em uma escola onde a questão social vale muito, e os alunos são divididos por fortuna, Soyoon se sente perdida por ser filha de donos de uma peque...
Este é um conto de fadas moderno, sem finais felizes
Eu não consigo imaginar minha vida sem os momentos de tirar o fôlego acabando comigo
- The Heart Wants What It Wants
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Com o passar do tempo, nós aprendemos que tudo aquilo que fizemos, por mais que haja arrependimento, valeu a pena. Um único passo, uma fala mal colocada, uma ação mal completada; tudo tinha seu valor no momento em que fazíamos e tudo um dia nos traria orgulho ou vergonha.
Com quatorze anos de idade, Romero Estevan não entendia o porquê de ter olhos puxados e falar espanhol. Com quinze, passou a ter vergonha do nome enorme que possuía e dali para frente conformou-se que nunca entenderia o porquê de fazer parte da realeza espanhola.
Tudo sempre fora muito difícil de ser entendido ou explicado pelo jovem. Quando finalmente se mudou para Coréia do Sul, encontrando diversas pessoas com a mesma fisionomia que a dele, ainda assim não se sentiu em casa.
Mas isso mudou um dia.
No dia em que Bin Joujy Yura o ajudou no dever de ciências.
Foi um dia engraçado, levando em conta a ansiedade do garoto em se sair bem na prova, e ter que lidar com a bondade da garota mais popular da escola o ajudando de bom grado.
Desde aquele dia nada mais foi como antes. Ele sabia daquilo, Romero sabia.
Yura não era só a garota mais linda da escola, Yura era muito mais que aquilo para ele.
Yura era tudo para ele.
— Nós vamos ter que acabar com isso. — Yura falou chegando perto, colocando alguns livros em cima da mesa a qual Romero se encontrava.
Ele levantou o olhar e fitou a expressão séria na face pálida da moça.
— Do que você está falando? — questionou pausadamente, acompanhando o momento em que Bin se sentou em sua frente.
— Yung... — ele balançou a cabeça. Yura era das únicas pessoas que o chamava de Yung. — Eu preciso que você seja compreensivo. Como sempre foi.
— O que...
— Eu te amo. Mas nós não podemos continuar com o nosso namoro. — ela o cortou rapidamente.
Romero entreabriu os lábios confuso sem conseguir absorver totalmente o que fora dito.
— Você quer terminar?
— Eu não quero. — murmurou baixinho. — Mas precisamos.
— Se você não quer e nem eu... então nós não vamos terminar. — retrucou sério.
