Capítulo 22 - Sessão 1

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Eu sou um pouco inseguro, um pouco desconfiado
Porque você não entende, eu faço o que posso, só que às vezes eu não faço sentido
Eu sou o que você nunca quer dizer, mas eu nunca tive dúvida alguma
É como se não importasse o que eu faço, eu não posso lhe convencer a simplesmente me ouvir, só por uma vez
Então deixo acontecer, te observando, dando as costas como você sempre faz
Abaixando o rosto e fingindo que eu não estou


— Faint

Seoul, Capital da Coréia do Sul

As pessoas sempre lhe diziam para não confiar em qualquer um apenas por uma boa aparência, ou uma boa primeira impressão. Soyoon não havia tido muitas experiências na vida, mas sabia que essas pessoas na maioria das vezes estavam certas.

Quando Yoon recebeu a notícia de que havia passado na prova para se tornar uma bolsista no Atakura Seoul, vibrou de alegria, mas também quase chorou ao buscar informações sobre o local e descobrir que era necessário diversas coisas para sobreviver no ambiente.

Mesmo que tenha se sentido extremamente insegura, Soyoon passou dias meditando e treinando sua boa educação, não que fosse uma ignorante, mas treinou seus bons modos. Pena que de nada adiantou, percebeu isso no primeiro dia de aula, quando se aproximou de uma garota, conversaram por alguns minutos, mas a coisa mudou quando a mesma descobriu que Soyoon era a nova bolsista.

Soyoon aprendeu diversas coisas da alta sociedade, inclusive que não importa que você tenha uma boa aparência, se vista bem e seja extremamente educada; se não tiver dinheiro, não te aceitarão.

Em meio a todas essas certezas, Soyoon reclamava a cada dois segundos pelo fato de estar ciente do quanto estava confiando em Min Yoongi. Era extremamente perigoso pisar em área estranha, era extremamente provável que ele estivesse apenas com sede de brincadeirinhas, mas, ainda assim, Yoon não pôde negar sua ajuda e seus pedidos ao vê-lo tratá-la bem em frente a Kim Taehyung.

Taehyung a perturbava fazia algum tempo, a garota sentia que suas explosões de raiva em relação a ele estavam longe de acabar. Soyoon sempre foi calma e sempre tentava considerar o outro lado de qualquer questão, mas Taehyung simplesmente a tirava do sério. Só de lembrar da voz cinicamente grossa e do sorriso debochado do menino de pele bronzeada, sentia vontade de grunhir e revirar os olhos.

Mesmo ciente do fato de que alguns momentos e palavras os tornavam como dois conhecidos e não apenas inimigos, ainda assim Yoon sentia vontade de fazê-lo desaparecer. Ele a irritava quando aparecia de surpresa, a irritava quando falava, a irritava quando a pegava pelo braço, a irritava quando achava que mandava em suas decisões, a irritava quando a provocava e principalmente fazia-a sentir-se insignificantemente mal.

— Eu te odeio. Odeio! Odeio! Odeio! — Yoon murmurou socando seu travesseiro amarelo. — Odeio! Odeio!

Continuou socando desesperadamente o objeto de textura macia, até sentir seu pulso doer e parar na mesma hora. Gemeu em forma de xingamento e respirou fundo deitando-se confortavelmente na cama.

— Te odeio muito. — murmurou fechando os olhos com força.

Mesmo quando estava prestes a adormecer — ainda que sem sono —, Soyoon despertou a atenção no momento em que ouviu a campainha de sua casa tocar. Arregalou os olhos no mesmo instante, ergueu o corpo de uma vez só e quase caiu da cama ao sair da mesma e ir correndo em direção à saída do quarto.

Sabia exatamente quais eram os seus motivos. Tinha receio de que fosse qualquer um dos garotos e estava pronta para mandar qualquer um embora.

Seus pais chegaram a vê-la andar apressadamente até a porta, mas apenas se concentraram em voltar a tomar chá e conversar entre si. Soyoon colocou a mão na maçaneta, mas antes de abrir a porta, respirou fundo e molhou os lábios. Girou a trava e abriu a boca, mas ao invés de dizer algo, ergueu uma das sobrancelhas.

Sete FinaisOnde histórias criam vida. Descubra agora