capítulo 38 - forever mine?

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Penúltimo capítulo galera ☹️💕 boa leitura, espero que gostem.

Kara

- Amor, fique aqui. Eu espero na fila por você e, quando estiver chegando a vez, te ligo. - Lena me acomodou com todo o cuidado do mundo na cadeira. Estávamos em frente à uma lanchonete disponibilizada em um dos pavilhões que constituíam a Bienal do Livro.

Tentei não rir com a sua constante vigília. Ela achava que, por eu estar grávida, poderia me quebrar facilmente. Mas eu não era feita de porcelana.

Eu podia muito bem andar e esperar na fila. Não reclamaria de toda aquela atenção carinhosa, porém. Era a sessão de autógrafos da autora que eu gosto, ela havia escrito o livro que me fez cair de amores E é lógico que eu não perderia a oportunidade de ter o livro físico e autografado.

Lena alisou minha barriga protuberante escondida por baixo do vestido largo, e beijou o topo da minha cabeça antes de se afastar para me olhar séria.

- Tá bom! Eu espero aqui, vou aproveitar e comer alguma coisa. Conner já está com fome.

- Espalmei o ventre, sentindo nosso filho se movimentar agitado dentro de mim.

Ela abriu um sorriso novo, o qual eu estava me acostumando a ver. Era despreocupado e tranquilo, refletindo o seu estado de espírito.

- Só o conner que está com fome, né? - brincou, agachando-se rapidamente para depositar um beijo na minha barriga.

- Liga para mim se acontecer alguma coisa, ou se precisar de algo honey...

- Lena! Pelo amor dos deuses, vá logo antes que a fila fique imensa! Estou bem, amor.

Suspirou, encolhendo os ombros e, com um último olhar demorado sobre mim, virou-se em direção ao local onde estava acontecendo o evento.

A assisti caminhando com uma altivez elegante que ela carregava. Lena era uma espécime linda em extinção, e ela era todinha minha.

Suspirei apaixonada, apoiando o queixo na mão enquanto a observava se embrenhando na multidão de leitores e pessoas do meio literário.

Eu estava rodeada pelas coisas que eu mais amava no mundo: Lena,nosso filho, e os livros. Não poderia conter o sorriso de contentamento estampado na minha cara nem se eu quisesse.

Despertei-me da letargia quando senti o bebê guloso se remexer em minhas entranhas, pedindo para ser alimentado.

- Calma, meu amor - sussurrei, esfregando o ponto dolorido nas costelas onde ele havia me chutado.

- Mamãe já vai cuidar da nossa fome.

Eu já estava na minha segunda fatia de pizza quando o celular começou a vibrar e tocar.

- honey, pode vir. Já estou pertinho da autora - disse ela assim que atendi a sua chamada.

- Ai meus deuses! Tô indo! - Sequei rapidamente as mãos gordurosas nos guardanapos. Então peguei a minha bolsa e abracei o livro antes de praticamente correr em direção à fila.

Enxergando ao longe a cabeleira de Lena se sobressaindo no meio das pessoas, eu rumei em sua direção com o coração dando piruetas de alegria no peito.

Éramos as próximas e, tão logo a autora pousou os olhos em Lena, suas feições se abriram em surpresa. Piscando algumas vezes como se estivesse se permitindo acreditar no que via.

Eu a entendia. Lena também me impressionara na primeira vez que a vi. Pus-me ao lado dela, ainda segurando o livro de encontro ao seio. Lancei um sorriso ansioso, sentindo-me subitamente apreensiva por estar de frente à mulher que eu admirava como escritora. Mas, quando ela sorriu de volta, a minha estúpida timidez se dissipou dando lugar à euforia.

T h e  B e a s tWhere stories live. Discover now