capítulo 18

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(Kara)

Lena estava no meu quarto, seu olhar fitava toda a extensão do meu corpo, queimando ainda mais a minha pele febril.

Seu peito subia e descia frenético e sua respiração morna assoprava meu rosto corado. Inspirei fundo,sorvendo seu cheiro amadeirado. Não soube quem se moveu primeiro, mas fomos atraídas uma para a outra, minha mãos foram em direção a seu rosto tocando-o, enquanto a outra passava delicadamente pelos seus cabelos,Nossa! Como eu ansiava tocá-la! Como eu queria sentir meus dedos deslizando nas suas longas mechas!

Nossas bocas se tocaram levemente, seus lábios macios acariciaram os meus com delicadeza antes de sua língua ávida pedir acesso para aprofundar o beijo.

Gemi de encontro à ela, que se acomodou sob meu corpo e entre minhas pernas, sentindo-a melhor em mim e pulsando de desejo quando seu volume pressionou meu baixo ventre.
Arqueei as costas e a puxei com força, agarrando seus cabelos e afundando
seu rosto ao meu eu chupei sua língua, arrancando um rugido dela.

Ouvir os sons que ela fazia quando estava excitada fez com que um fogo percorresse minha pele, assim como suas mãos esgueirando para dentro da minha blusa e segurando meus seios me incendiou de anseio. Eu nunca havia feito aquilo na vida, mas o instinto comandava todo o meu ser e
ele me dizia que eu precisava de mais...

- honey - sussurrou de encontro ao meu ouvido, então eu abri os olhos.
Eu sabia que estive sonhando com a minha chefe e, por mais que fosse errado, eu não queria acordar. No entanto, a figura que pairava ao meu lado era a mesma que estava aninhada entre meus braços e pernas segundos antes.Tinha consciência de estar dormindo, mas infelizmente o sonho mudou.Droga, ela continuava linda. E eu continuava ardente.

- Eu ainda estou sonhando. - Fechei os olhos, tentando voltar ao sonho anterior.

- Não está sonhando, Kara.
Aquela voz parecia real! O cheiro de café e o vapor atingindo minhas narinas eram reais!

- Pelos deuses! - Sentei-me em alerta e, bem ali, estava Lena em carne e osso! Ela estava muito próxima e eu sei muito bem o meu estado quando acordo! Tapei a boca com uma das mãos com medo dela sentir meu bafo
matinal e me afastei praticamente batendo com a cabeça na cabeceira.
Enquanto isso a minha chefe continuava me observando com um leve sorriso nos lábios, como se fosse natural a sua presença ali!

- O que faz aqui?

Lena não me respondeu, mas me entregou o café que estava segurando e logo em seguida seu rosto estava a centímetros do meu. Prendi a respiração e senti o coração martelando loucamente no peito à espera do que poderia
acontecer.

Será que eu estava alucinando por causa da febre? Eu sabia que não,mas era muito bom para ser verdade. Lena estava cuidando de mim, apesar do meu aspecto horrível de doente e por eu ser uma simples empregada.
Percebi então que ela na verdade estava se inclinando para pegar outra caneca e repreendi os meus pensamentos devassos. É claro que ela não iria me beijar não tinha cabimento... mas o sonho me pareceu tão vívido que eu jurava poder sentir vestígios do seu gosto em minha boca.Permiti a ponta da minha língua passar nos meus lábios.

De qualquer forma, não conseguia simplesmente esquecer as imagens inventadas pela minha mente e era tão estranho e inadequado pensar na minha chefe daquela forma! Se Lena pudesse ler pensamentos eu estava ferrada, porque eu memorizei todas as suas curvas e sei exatamente qual é o seu tamanho, nunca me esqueci daquele dia o qual entrei em sua suíte e a vi quase nua.

E agora meu subconsciente se aproveitava dessa lembrança!

- Precisa se alimentar - disse, arrancando-me dos meus devaneios.
Levantou a sua caneca em minha direção como um brinde e logo deu o primeiro gole

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