capítulo 2

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Finalmente havíamos chegado, desço do luxuoso carro, e  vejo a frente a extensa mansão. Pelo modo como ela foi construída, todos os cômodos principais tinham vista para o enorme jardim da frente com uma gigantesca piscina e uma grande fonte,Tentei não me intimidar pela grandeza da propriedade, afinal eu já sabia que se tratava de uma mansão, só não esperava tanto Aqui estamos.

— Ele parou próximo da entrada e analisou meu rosto atentamente por alguns instantes antes de esticar o braço.

— Preciso ir agora,fique com o meu número senhorita, caso precise sair para comprar algo na cidade.

— Muito obrigada... — Olhei de relance para o cartão para confirmar o nome

. — Bruce — Sem problemas.

Caminhei a passos longos e firmes. Eu precisava parecer decidida, e não insegura. Tentei não me deslumbrar com todas as maravilhas da mansão. Ao chegar na varanda, uma senhora parada de pé à porta me fitava, Quando finalmente me aproximei,ela inclinou a cabeça para trás, mantendo contato visual. Com os meus um metro e setenta e cinco, eu era bem mais alta, talvez por uns vinte centímetros.

— Olá me chamo Kara Danvers  —eu disse incerta

— Olá me chamo Marta criança, Venha preciso lhe mostrar a casa e suas tarefas antes que dê minha hora. — Gesticulou as mãos  e virou as costas.

— Tudo bem... — A segui para dentro e precisei usar de muita força de vontade para não sair arfando e suspirando pelos cômodos.

A casa era ainda mais bonita por dentro do que por fora. Amplas janelas de vidro corriam do chão ao teto, iluminando naturalmente todo o ambiente da sala e nos presenteando com uma visão espetacular da cidade, já que a mansão era um pouco mais afastada, e ficava numa parte Alta. a cozinha era toda em inox era enorme, uma bancada em mármore dividia o ambiente da copa onde uma mesa retangular jazia em frente à janela vítrea de correr com vista para o jardim. Aprendi que ela era responsabilidade apenas de Marta, a cozinheira da mansão. Todos os outros cômodos internos eram de meu encargo e, portanto, minha jornada de trabalho seria mais longa.

— Você parece ser uma menina esperta, acho que vai pegar rápido…

— Exalou o ar ao final da frase, frustrada com alguma coisa. Não sei o porquê, mas a forma como ela vinha me chamando me incomodava. Eu não era criança, era adulta e estava ali para trabalhar tanto quanto ela! Marta deve ter percebido o leve enrugar do meu nariz e parou de falar por um segundo, semicerrando os olhos para mim.

— Acha que eu gosto disso? Você é a terceira pessoa nesse mês a quem tenho que passar todas essas informações, menina! Não me venha fazendo caretas porque quem as deveria estar fazendo era eu!

— Vejo que me interpretou mal, senhora. Se você espera por meu respeito, também deveria mostrar um pouco dele por mim. Meu nome é Kara, não me chamo criança, tampouco menina. — Aprumei os ombros e escondi as mãos atrás do corpo, estalando os dedos sem que Marta notasse. Não queria que ela percebesse meu nervosismo. A senhora levantou uma sobrancelha negra e me fitou em silêncio antes de soltar um riso abafado.

— Talvez eu tenha me precipitado... sim. — Ela continuou me analisando de cima abaixo com uma expressão de surpresa.

— Acho que com essa sua personalidade você pode durar mais do que a última. Seu rostinho meigo engana, Kara. Os cantos de sua boca repuxaram para cima, mas no instante seguinte Marta estava séria novamente.

— O que eu falava? Ah, sim! — Puxou uma folha de dentro de um bolso do avental. — Esta é a planta da mansão. Tanto a parte interna como a externa. A propriedade pode ser grande, mas não há nada de complicado nela.

T h e  B e a s tWhere stories live. Discover now