capítulo 33

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(Lena)


Já fazia quatro dias desde que eu estava livre das dores e do mal estar.

O período das crises de abstinência finalmente cessou, e eu recuperei o total controle da minha mente e do meu corpo.

Ainda deitada e com as pálpebras fechadas eu busquei por ela, mas só encontrei o colchão frio e os lençóis. Abri lentamente os olhos, tentando me acostumar com a claridade, Por mais que eu estivesse melhor, eu me sentia cansada.

Por isso, ao sentar na cama, precisei me encostar à cabeceira e inspirar fundo algumas vezes.

— Kara? — A chamei, procurando por ela pelo cômodo.

Eu estava sozinha. No entanto, ao prestar atenção aos pequenos sons da casa, percebi que o chuveiro do banheiro estava ligado. Minutos mais tarde ela apareceu enrolada em uma toalha.

— Está acordada — disse sorrindo ao me ver

— Bom dia, amor. Como está se sentindo? — Se aproximou, colocando os cabelos úmidos para trás.

Quando se abaixou para depositar um beijo leve em meu rosto, eu sorvi o seu aroma fresco e me senti revigorada.

— Surpreendentemente eu me sinto bem — resvalei os dedos em sua face, notando os círculos escuros abaixo dos olhos de azuis.

— Desculpe por te fazer passar por isso, honey — murmurei com a voz embargada.

Ela aninhou o rosto de encontro ao meu toque, então virou a cabeça e plantou os lábios na palma da minha mão.

— Lena... — sussurrou, desferindo outro beijo antes de voltar a falar

— Não precisa se desculpar, você está se recuperando. Está tudo bem. Estamos bem.

Suspirei aliviada, sentindo-me mais leve ao ouvir suas palavras.

— Eu te amo — assoprei em seu pescoço, envolvendo seu corpo em um abraço

— Obrigada.

— Também te amo — respondeu com a voz suave, levando as mãos até minha nuca e pressionando os lábios nos meus brevemente 

— mas me promete uma coisa?

— Qualquer coisa, querida — disse de encontro à sua boca, encostando as nossas testas e prendendo o seu olhar no meu.

— Faço qualquer coisa por você.

— Não me afaste mais, por favor...

Fechei os olhos e a abracei com mais força.

— Nunca mais, kah — prometi, sentindo um nó se formar na garganta

— Não era eu, meu amor. Era a cocaína falando. me perdoa — minha voz saiu embargada pelo arrependimento.

Deslizei meus lábios em sua face, beijando suas lágrimas enquanto ela assentia, Minhas mãos passearam por suas curvas e abri a toalha que cobria o seu corpo.

— Eu estava com tanta saudades... — murmurei, trilhando beijos suaves por sua pele. Desci a cabeça até o vão dos seus seios e deslizei a língua, provocando suspiros e arrepios nela.

— Te amo tanto.

— Eu também, lee. Por favor... — Ela afundou os dedos em meus cabelos, acolhendo-me com avidez.

— Te amo — repeti contra seu corpo. Envolvi-me em seu calor,soltando um suspiro de deleite.

Deixamo-nos levar por ondas cada vez maiores de prazer, e juntas nós alcançamos o arrebatamento.

T h e  B e a s tWhere stories live. Discover now