capítulo 24

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(Lena)

— Bom dia, Marta! — exclamei ao entrar na cozinha. Meu sorriso denunciava o meu bom humor.

A mulher espalmou o peito com a mão coberta pela luva térmica,saltando de susto.

— Misericórdia, senhorita Luthor! — Balançou a cabeça e retribuiu o sorriso

— Bom dia. Eu estava prestes a retirar os bolos do forno. Fiz dois: o seu preferido e o da Kara…

Ela piscou antes de se virar, voltando-se logo em seguida com duas formas e as depositando no balcão.Ao ouvir o nome da minha bela algo estranho aconteceu. O meu coração passou a bombear fogo em minhas veias, aquecendo o meu corpo por completo. Notei surpresa que eu estava corando.Limpei a garganta, apoiei os braços na bancada e, tentando soar o mais neutra possível eu disse:

— Marta, eu gostaria de tomar o café da manhã no jardim perto da piscina. Aproveita e prepara a mesa para dois, por favor.

Ela levantou o rosto para me olhar enquanto ajeitava as travessas. Suasíris negras brilharam e assentiu copiosamente.

— Claro! O dia está mesmo lindo para um café ao ar livre! — Pôs-se a recolher as coisas e levar para fora. Pensei tê-la ouvido murmurar algo sobre romantismo, mas Marta já estava longe e eu podia ter me enganado.

Conferi as horas pela terceira vez essa manhã, ansiosa pela chegada de Kara. O fim de semana parecia não acabar nunca e, agora que eu a tinha para mim, não suportava ficar tanto tempo longe. Não depois de finalmente ter provado o seu sabor. Eu ansiava por mais, a todo instante. Ela se tornou o meu melhor vício. Desde o dia em que nos entregamos, encontrei-me perdida em seus braços, aventurando-me em suas curvas acolhedoras, despindo-me completamente e me cobrindo de sensações há muito tempo adormecidas.Éramos um paradoxo em harmonia. Fazíamos sentido, apesar de saber o quanto eu era errada para ela.No momento em que me afundei nela foi quase impossível domar o desejo cataclísmico. Cada molécula do meu ser vibrava ébria e efervescente.

No entanto, aquela era a primeira vez de Kara. E ela merecia todo o cuidado e prazer que eu poderia proporcionar. Porém, tão logo ultrapassei a sua barreira, nossos beijos ardentes e toques desenfreados inflamaram nossos corpos. Queimávamos sedentas e eu não via mais motivos para me aprisionar.

Em uma ânsia arrebatadora eu me libertei. Feroz e faminta. E Kara... Ela me abrigou com o mesmo apetite, surpreendendo-me. Minha bela não era tão delicada afinal. Ela dava conta de cada investida, respondendo com igual intensidade.Damn, aqueles gemidos baixos e sua voz rouca chamando por meu nome no ápice do prazer me levavam à loucura! Velei fascinada as suas mudanças de expressão, e decorei cada linha tênue de seu rosto quando entrava em êxtase,Uma vez não era o suficiente, então ela me recebeu novamente. Ofegou quando me aninhei dentro dela e se movimentou contra mim, buscando pelo atrito. A posicionei de bruços, inclinando-me para experimentar a textura macia de sua pele. Resvalei meus lábios em sua nuca, trilhando beijos molhados por suas costas arqueadas. A cadência desenfreada dos nossos corpos suados se chocando era excitante, nos conduzindo em alta velocidade para o alívio.Acelerei os movimentos, tanto dos meus dedos em seu sexo inchado e latejante, quanto dos meus quadris. Kara levou uma de suas mãos para trás,puxando-me com urgência e me afundando ainda mais nela. E, pela segunda vez, nos libertamos.Caí de encontro à ela, nos virando na cama e mergulhando o rosto em seu pescoço. Senti sua respiração morna e irregular assoprando meus cabelos e suas mãos deslizando pela minha barriga,Ela continuou explorando o meu corpo até chegar na minha já volumosa e rija extensão. Meus lábios se abriram em um sorriso quando a escutei exclamar um “oh” em surpresa.

— Mais — gemi ao ser envolvida por seus dedos e me arremeti contra eles.

— Lena... — sussurrou antes de dominar a minha boca e me manejar com lentidão torturante.Compreendi a súplica na sutileza de seus movimentos. Ela precisava que eu a correspondesse com a mesma delicadeza.Alcancei sua cintura e a levei para cima de mim, suas pernas longas e torneadas me cercaram e suas mãos espalmaram meus seios.

T h e  B e a s tWhere stories live. Discover now