Comecei por jogar todos os lixos que encontrei nas áreas de convivência em uma sacola enorme. Parecia que as garrafas e copos descartáveis não acabavam nunca! Precisei buscar outra sacola para terminar
de limpar a parte interna da mansão e trouxe o carrinho junto. Havia manchas de bebidas, vômito e outra que parecia bem suspeita no sofá da sala. Fechei os olhos e respirei pela boca para não acabar vomitando também.

Eu não fui contratada para trabalhar em um motel, bordel ou em casa de swing! E estava na cara que aquilo não foi uma festa qualquer, com certeza rolou orgia ou no mínimo pessoas transaram sem pudor pelos cantos da casa!Meu sangue ferveu queimando...

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Eu não fui contratada para trabalhar em um motel, bordel ou em casa de swing! E estava na cara que aquilo não foi uma festa qualquer, com certeza rolou orgia ou no mínimo pessoas transaram sem pudor pelos cantos da casa!
Meu sangue ferveu queimando do estômago até o rosto, eu deveria receber em dobro por ter de me sujeitar a isso!
Suor escorria pela testa e entre os seios com o calor insuportável e pelo esforço enquanto eu terminava de passar pano no chão, faltava muito para acabar e só de pensar naquilo eu sentia o nariz arder com lágrimas reprimidas.
Até o momento não vi nenhum sinal da minha chefe, ela já deveria ter saído para o trabalho, mas pelo visto não estava em condições para ir. Com certeza deveria estar largada na cama com uma ressaca daquelas, espero que sofra mesmo! Espero que sinta a cabeça explodir, tenha  náusea pelo o resto do dia!

— Kara, estou indo. — Marta se aproximou com cuidado para não sujar o piso molhado, caminhando na ponta dos pés ela parou ao meu lado e eu quase ri com a cena.Quase. Meu humor estava ruim demais para aquilo

— Se por acaso... se você precisar de algo me ligue, ok?

— Tudo bem, obrigada — murmurei sem conseguir encarar ela, não queria que visse como eu estava abalada, por isso continuei esfregando com os olhos fixos no chão.

Ela se foi ao mesmo tempo em que a minha fome chegou, arranquei as luvas arremessando na lixeira acoplada no carrinho e sequei o rosto com as costas da mão. Indo até a cozinha meus olhos se desviaram para a escada e a vontade de gritar aumentou quando por fim me dei conta de que uma hora ou outra eu enfrentaria a minha chefe.

Era muito confuso tentar entender aquela mulher, nunca me senti tão perturbada com alguém, antes de conhecê-la. Em um momento ela era uma ogra,um ser sem educação e terrível o qual fazia minhas pernas tremerem de medo e raiva. Porém, havia ocasiões onde ela me surpreendia, como quando se preocupou com a minha alimentação, me socorreu antes de eu cair desastrada e pediu desculpas por não querer que eu tocasse em sua pele suada depois de eu tentar ajudar quando se engasgou.

Apesar de ela uma mulher dura, existia algo de bom oculto ali. E eu detestava essa parte boa, pois era o que me impedia de odiá-la por completo.

O almoço estava delicioso como sempre, era um tipo de ensopado e me lembrei de Marta dizendo que esse era um dos pratos favoritos de Lena. Algo sobre ser uma comida típica da Irlanda e de lembrá-la da infância.

Eu estava terminando de comer quando escutei um som vindo de algum lugar na cozinha,no início achei se tratar de algum alarme, mas ao vasculhar percebi ser o telefone tocando! Fiquei sem reação por alguns instantes, eu imaginei que aquilo fosse um interfone quando vi pela primeira vez. Estiquei o braço hesitante e atendi.

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