— Tudo bem, obrigada. — Peguei a planta, passando os olhos rapidamente por ela.

— Como pode ver, no andar térreo estão três suítes,sala de musculação, sala de estar, sala de jantar, a copa-cozinha, dois banheiros e as dependências para empregados. Assenti, embora eu estivesse mesmo distraída com a parte externa. Caramba, aqui tem até heliponto! — No segundo andar ficam a suíte master e o escritório. Preste bem atenção Kara. Não é permitido que entrem em no escritório sem permissão. Levantei os olhos da folha, fazendo uma nota mental sobre isso.

— Ok. — Prendi os lábios. Mais uma coisa para complicar meu trabalho! — A limpeza da copa-cozinha é feita por mim. Quanto aos outros cômodos, você os manterá limpos e organizados, bem como a troca das roupas de cama e de banho. Não se preocupe com a lavagem e secagem das roupas comuns, elas são feitas por mim cinco vezes por semana. Marta me mostrou as outras dependências e, ao chegarmos na suíte principal, franzi a testa. O quarto era completamente nu, com exceção da cama king size, das mesas de cabeceira e do enorme frigobar abarrotado de bebidas, não havia nada que indicasse que uma pessoa dormia ali todos os dias. Parecia mesmo outro quarto de hóspedes há muito tempo sem uso, porém, com o dobro de tamanho.

Girei o rosto, avistando a ampla porta do closet aberta e logo ao lado, o luxuoso banheiro todo em mármore. Que vontade de experimentar aquela banheira! Imaginei-me banhando com espuma enquanto “o chefe” estivesse fora, fingindo por um momento ser a dona daquela mansão! No entanto, eu não faria nada antiético que pudesse me colocar no olho da rua.

Além do mais, quem garantia que não havia câmeras escondidas por ali? Em seguida ela me levou até o meu quarto, muito menor do que os cômodos principais, porém, bem maior do que eu estava acostumada. É claro, as dependências dos empregados ficavam na parte de trás da mansão.

- Obrigada Marta, por onde devo começar hoje?

— Virei-me para a entrada do quarto, encontrando Marta prestes a sair. Ela estacou no lugar e olhou para o relógio digital na mesinha de cabeceira.

— Hoje nada, Seu primeiro dia começará amanhã cedo, espero que não se assuste quando for arrumar a suíte master. — Bufou baixinho. Franzi o cenho, sem entender como arrumar aquela suíte seria uma tarefa difícil, visto que não havia muita coisa nela.

— Os uniformes estão no armário e sua jornada de trabalho é de nove às oito, com duas horas de intervalo. Uma para o almoço e a outra para a janta.  — Se afastou em direção ao corredor antes de falar

— Já é meio dia, sua refeição será servida na cozinha.

— Ok, já vou. Preciso tomar um banho primeiro. — Estou indo embora, deixe a louça suja na pia quando terminar. — Sem problemas... Esperei ela sair para apanhar meu celular na bolsa, engoli o nó na garganta e forcei um sorriso para que soasse na voz, enquanto ligava para minha mãe.

— Filha, é você? — Minha mãe atendeu rápido, esperando por notícias.

— Sim, estou ligando para dizer que cheguei bem. — Andei para trás até que as pernas esbarrassem na cama e me sentei, tocando distraidamente o pingente do colar com as pontas dos dedos de uma mão enquanto a outra segurava firme o aparelho contra a orelha.

— Que bom, minha filha. E como é o ambiente? Estão te tratando bem? Já comeu? — Dona Alura não parava de fazer uma pergunta atrás da outra, preocupada comigo como toda mãe estaria. Omiti a fama que o “patrão” tinha por aí, e disse somente as verdades que ela gostaria de escutar. Para que tirar a paz dela à toa? Além do mais, nem o conhecia ainda para afirmar se era mesmo tão ruim assim!

— Se cuida minha filha. Não deixe de se alimentar bem e beber bastante água! Está muito calor. Seja discreta e tente fazer tudo com calma…

— Pode deixar, mãe. Está tudo bem, de verdade. — A interrompi, ou então ficaríamos na linha por mais de uma hora.

— Preciso ir antes que a comida esfrie. — Se precisar de alguma coisa ligue, ok?  Beijo. — Beijo!

Após um longo banho frio, para refrescar,almocei tranquilamente, murmurando de prazer ao me deliciar com a comida. Assim que terminei já pensava em repetir, porque sou gulosa mesmo, ouvi um barulho altíssimo de hélices e corri até a janela, vendo o momento exato em que o helicóptero pousou. Meu estômago deu um nó e repentinamente a minha calma se esvaiu. Finalmente iria conhecer o temido senhor Luthor.

Levantei-me da bancada e alisei o vestido, preparando-me como possível. Inspirei fundo, a fim de controlar os batimentos cardíacos e caminhei lentamente até a sala de estar chegando lá eu travei completamente.

 Inspirei fundo, a fim de controlar os batimentos cardíacos e caminhei lentamente até a sala de estar chegando lá eu travei completamente

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no instante em que a figura de uma belíssima mulher alta e muito deslumbrante adentrou o local..

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