Capítulo 50

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N/A.: A falta de pontuação em algumas partes desse capítulo é proposital. Leia em voz alta se puder, rápido, até que o fôlego acabe... vão sentir um pouco do que Louis sente. Eu escrevo assim, gostaria que sentissem um pouco do mesmo que eu também.
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LOUIS POV'S

Meus pensamentos são brutais eles são viciosos maldosos e me atormentam com cada falha que eu tenho... "Pare, você está se espancando." -Eu tento me dizer mas não adianta minha mente ganha do meu coração os pensamentos são demais para suportar, meu coração fica pesado e eu preciso me lembrar de respirar eu preciso me lembrar todos os dias que estou bem que tudo está bem claramente sabendo que não está nunca está. Meus olhos ficam cansados ​​e eu não consigo parar de chorar, perguntando por quê?

Meu corpo dói minha mente dói meu coração dói só de lembrar desse nome.
Bárbara.

Não posso ouvir não posso dizer não posso me lembrar porque dói todas as vezes.

É aterrorizante não lembrar do que aconteceu com ela assim como me lembro do que aconteceu com meus pais.
Fiz com ela o mesmo do que eu fiz com eles ou ela conseguiu fugir? Ela tinha só seis anos e não suporto eu não suporto a dor de não saber.
Não quero vê- la eu não posso vê- la ela se assustaria.

As ondas de adrenalina circulam pelo meu corpo e eu sinto como se eu estivesse andando de um lado para outro mas só estou sentado no chão há algum tempo não sei quanto desde que me deixaram aqui. Desde que deixaram meu corpo caído paralisado com ondas percorrendo cada parte de mim.
Mas eu não poderia. Não poderia deixar que Lisy me visse assim. Eu sabia que surtaria e ninguém merece ver isso. É perigoso.

Talvez Lisy poderia me salvar da bagunça da minha vida. Mas ninguém pode. Ela tentou me puxar para fora daquele buraco escuro que eu estava por anos, mas eu só puxei ela comigo e eu pude ver em seus olhos foscos enquanto seu corpo caia no chão e eu me contorcia. E ela não poderia fazer mais nada. Não há maneira para que nós saiamos desse todo escuro.

Um homem se agacha na minha frente sem eu notar a sua entrada no quarto.

Um segurança me pega pelo braço e meus olhos estão muito quentes e embaçados para reconhecer quem é o homem que anda a nossa frente pelos corredores.

A corrente de ar que passa pelo ambiente é boa e mantem meu corpo atento.

Estão me levando para o banheiro mas eu nunca sou levado assim, bruscamente.

—Pode deixar agora.

A voz rouca diz.

Eu a reconheço, mas meus olhos ainda não querem focar e tudo parece um borrão. As vozes costumeiras na minha cabeça cochicham baixo coisas que eu não entendo.

Meu braço é solto e o segurança que o segurava some.

O box para o qual eu sou empurrada é o de jato forte e gelado.
Não será um banho comum.

O homem me empurra contra a parede a liga a mangueira em meu corpo.

A água é tão fria que faz minha pele arder.

—Tira a roupa. -Ele diz.

Meu corpo treme.

Assim que me abaixo para tirar a calça, única peça que eu vestia, o jato forte é jogado mais uma vez em mim.

Pegando na lateral do meu rosto, sinto como se toda a pele tivesse sido arrancada.

Meus olhos se abrem e a visão é nítida.

Não o via há muito tempo.

Foi ele quem me convenceu que Lisy é real.

Styles.

—É engraçado como ela sempre sai com problemas do seu quarto. O que é que você tenta fazer com ela, em? Me diz seu doente -ele grita a última frase.

Ele está diferente. Não na aparência, mesmo também estando diferente, mas o problema é na sua áurea.

HARRY POV'S

—Diz, imbecil.

Essa merda não me responde.

Louis não me responde e a cada jato de água fria e forte que jogo nele, seu corpo luta para não se encolher, como se ele julgasse merecedor dessa dor. E eu sei que dói. É difícil de suportar. Já fui castigado da mesma forma que castigo esse homem.

Sua pele antes amarela tem manchas de um vermelho escuro.

Poderia fazer isso o dia todo até todas suas tatuagens sairem. E eu sei que isso é impossível.
E eu também sei que preciso de uma resposta.
Por que ele faz tanto mal para a Lisy?

A menina nova em seu quarto que eu nem sei o nome disse que ela chegou carregada e os seguranças me disseram que foi no quarto desse doente que ela caiu.

Eles costumam atacar, mas não podem atacar a Lisy. Nunca.

—Eu precisava protege-la.

Ele diz.

Uma voz baixa. Como se ele necessitasse de mais oxigênio. Mas confiante.

O que? Ele proteger Lisy?

Solto um riso alto.

—Você não consegue saber o que é real e o que não é, como vai proteger alguém? Realmente, você precisa voltar a tomar os medicamentos. Cuidarei disso... mas voltando: protegê-la do que?

—De mim. -sua postura se endireita para ele me responder.

Começo a rir mais uma vez mas a confusão me para.

—Pode leva-lo. -grito para o segurança do lado de fora.

Como ele consegue protege-la e eu não? Eu queria ter tido forças para protege-la de mim. Como ele consegue? 
Não faz sentido... Não faz!
E porque estou dando ouvidos a ele? Ele só surtou ontem com ela. Acontece, ele é louco, certo? Certo!

Tales passa por mim com ele. Seu corpo pinga água no chão.

Mesmo ele sendo um louco, não posso deixar que ele sequer pense em tentar algo com Lisy. 

Dou passos grandes até alcança-los.

Tomo seu corpo do aperto de Tales e o jogo contra a parede.

Alguns socos são o suficiente para deixar seu rosto acabado.

Apoio as mãos em meus joelhos e Louis permance imóvel a minha frente, mesmo eu estando em um momento de fraqueza. O que está acontecendo comigo?

Me endireito, ficando ao nível do homem.

Seus olhos encaram o meu. O inferno passa por eles e eu posso ver.
Seus pulsos estão fechados com força e seus músculos tensos.

Porque eu desejo que ele me bata?

Por que ele não me dá o que eu quero como todos?

Ele sempre me desperta sentimento de inferioridade.
E eu odeio isso.

-Porra! -grito e dou um último soco em seu rosto.

O sangue pinga de seus lábios.

Tales tira ele da minha frente e o leva.
Seu olhar indiferente me acertou muito mais que um soco.

  
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Oii!
Vou postar capítulos menores, só que com mais frequência. Uma ou duas vezes por semana, o que acham? Preferem assim? Talvez seja melhor que a espera...

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