Capítulo 11

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LISY POV'S

Todos os meus dias aqui tem sido um verdadeiro inferno. Harry, Cásper, Louis, meu corpo sujo e até Niall.

Tentar ser forte e acordar dia após dia nesse lugar, manter a cabeça erguida e tentar manter o pouco de honra que ainda tenho é uma batalha.

Já se passaram algumas semanas desde que consegui um cliente fixo. Por esse motivo fico trancada no meu quarto o dia todo e saio apenas para ensaiar algumas danças que agora temos que executar. Não vejo Louis nesse tempo também, e isso é agonizante.

LOUIS POV'S

(N/A:Todas as partes em itálico, letras assim: exemplo , são lembranças ou delírios do Louis)

Já faz muitos dias que não vejo Lisy. Mesmo que ela tenha ficado assustada ou com medo de mim, ela seria obrigada a vir para cá, a não ser que ela tenha morrido.... Não Louis. Não!

Eu deveria gostar disso. Eu deveria gostar de não vê-la novamente. De não sentir medo. De não chateá-la. Mas eu estou com medo de ter a perdido. Como se perde algo que nunca se teve?
Me deito na cama e começo a tremer. Tremo muito.

"Você é uma pessoa má Louis""Você não merece viver""Você é uma pessoa vazia""Monstro!""Assassino!""Filho, não, fil

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"Você é uma pessoa má Louis"
"Você não merece viver"
"Você é uma pessoa vazia"
"Monstro!"
"Assassino!"
"Filho, não, fil..."

Coloco as mãos em meus ouvidos para abafar o som que vem do meu subconsciente. Essa voz sempre aparece. Aperto minhas orelhas e faço pressão na lateral da minha cabeça. Tudo escurece e volta em questão de segundos. Olho para minhas mãos. Elas estão sujas de sangue. Me levanto e meus pais estão caídos atrás de mim. Ao lado deles está minha irmã. Tropeço em meus próprios pés. Caio em um corpo. Lisy está morta, mas ainda ouço sua voz.

"Louis, não!"
"Louis, você é capaz de vencer isso"
"Louis ,não!"
E ela está sufocada pelas minhas próprias mãos.

Tudo está escuro novamente.

"Sim, ele está bem melhor. Vamos tentar suspender por um tempo. Ele é um menino forte e saudável, seria uma pena se ele se tornasse dependente dos medicamentos. Acreditem, é melhor assim. Vocês como pais devem prestar atenção nas ações do Louis, qualquer alteração ele tem que ser trazido para cá."
Ouço por de trás da porta a doutora Anne, minha psiquiatra, falar com meus pais.

Escurece.
"Filho não....."
E o brilho dos olhos de meu pai se perdem.

Tudo se apaga.

Soco a porta querendo sair do quarto. Grito para que o som abafe as vozes. Me arranho. Puxo meus cabelos.

A porta se abre. Será que é Lisy? Ela não pode me ver assim.

Tampo meus olhos. Tenho vergonha. Medo.

- Esquizofrênico do caralho! - um homem, de repente, me dá um soco no rosto e fico tonto.

Mais um homem chega. Sou carregado pelos braços por ambos. Me jogam no chão e ligam o chuveiro frio. Não consigo respirar. Não posso deixar que tudo fique escuro de novo. Se eu deixar eu verei meus pais. Lisy morta. Eu matei Lisy! Eu matei minha irmã! Eu matei Lisy... Matei?
Tento ficar de joelhos, mas falho. Meu corpo amolece e eu desmaio.

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Save MeWhere stories live. Discover now