Capítulo 7

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Chego na boate para mais uma noite de trabalho, dessa vez sem nenhuma aplicação de drogas, apenas eu. Apenas uma versão suja de mim. Decido fazer o que tenho que fazer, não é a primeira vez. Não vou demonstrar fraqueza, nem resistir. Não por enquanto.

—Lisy? — um dos seguranças me chama e entrega o cartão — Quarto 12.

Confirmo e vou em direção as escadas. Passo as mãos pelos meus braços me abraçando em receio, lá vem mais um velho.

Passo o cartão que o segurança me entregara. Nossos cartões são diferentes, eles só abrem a porta do lado de fora, depois que está dentro do quarto, apenas "seu homem" decide a hora que você irá sair dali. Entro.

— Boa noite — um homem de cabelos loiros me cumprimenta, virando-se pra mim.

Ele não era velho. Uns 23 anos, talvez? Tinha olhos azuis e um sotaque diferente.

— Oi... Quer dizer... Boa noite — ele até que é bonito.

— Oi — ele dá uma risadinha. O desconforto que eu sinto não é tanto como de costume, como quando estou com outros homens. — Qual seu nome?

— Lisy.

— Horan. — ele diz — Então, o que você fará comigo hoje?

— Eu não sei... — digo, sem jeito.

— Vem cá — Apesar de me puxar com carinho, apertou forte minha cintura. Nos aproximou mais me pegando pela nuca e me beijou da mesma forma como havia me puxado: com delicadeza e força. Desfez o laço que prendia o cruzado do meu corpete. Desabotoei sua camisa. E ele foi em direção a cama, se sentando na beirada. Fiquei em pé entre suas pernas quando ele me virou e terminou de tirar as fitas do meu corpete, que caiu no chão. Depois fui virada de frente novamente e enquanto ele acariciava levemente minhas clavículas, passando a pelos meus seios e deixando um beijo em minha barriga. 

Eu me sentia um pouco desconfortável, mas de qualquer forma, eu tinha que fazer meu trabalho, e pela primeira vez eu não estava fazendo 100% por obrigação

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Eu me sentia um pouco desconfortável, mas de qualquer forma, eu tinha que fazer meu trabalho, e pela primeira vez eu não estava fazendo 100% por obrigação. Talvez fosse o jeito dele, mas um pouco de carinho é bom.

Ele se move para o centro da cama e eu sento em seu colo. Nos beijamos mais uma vez.

Enquanto eu me vestia, Horan disse que gostou dos meus serviços. Apesar de meus antigos princípios e de eu ainda me sentir suja ao fazer o que tenho que fazer, me senti um pouco orgulhosa.

Horan destranca a porta, me lança um olhar e aquela mesma risadinha. Ele sai e então, faço o mesmo.

Ajudo na limpeza da boate, até que Harry me chama. Ele está no bar.

— Parabéns Lisy — ele diz e eu fico confusa — Agora vá terminar a limpeza.

Maia me ajuda e logo terminamos os quartos. As outras meninas limpam o palco, outras o chão, banheiros, os garotos fazem os serviços mais pesados, como arrastar as mesas e essas coisas. As tarefas são divididas por nós mesmos. Pelo menos isso podemos escolher.

Maia não é de muitas palavras. Mas enquanto limpamos os 30 quartos, ela conta como foi parar ali. Se envolveu com um cara quando tinha 12 anos. Ele jurou tudo pra ela, mas não cumpriu nada. Com 16 anos engravidou, mas com cinco meses de gestação perdeu o bebê. Se sentindo mal, impotente e inútil, começou a usar drogas, o que a levou a distúrbios psicológicos e isso acompanhado com o sentimento de não se aceitar à levou a loucura, literalmente, então decidiu si mesma vir pra cá. Ela já havia se distanciado da família, mas avisou para onde estaria indo. Mora em uma cidade que fica 10 horas de viagem daqui e a família vem visitá-la uma vez por mês. Ela não pode contar o que acontece aqui, mas faz de tudo para sua familia achar que está tudo bem.

— Maia? — chamo — Ninguém nunca contou sobre isso? Digo, ninguém nunca denunciou?

— Já sim Lisy, mas aqui somos loucos, certo? Quando vim pra cá tive sim um ótimo tratamento, quando melhorei é que eles me colocaram aqui. Eu até então não sabia de nada.

O resto do trabalho é feito em silêncio. A sirene toca e vamos todos para o meio da boate. Entramos na van. As vendas ainda são usadas. Ao chegar a clínica cada um vai para seu quarto, que acredito ser como o meu. Logo depois, vem uma mulher me levar para o banho. Tem outras garotas lá também. Volto para o quarto, como o mesmo caldo de todos os dias e finalmente durmo.

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Niall entrou na história. Qual papel vocês acham que vai ser o dele na fic? Mal, do contra, o que treta, o salvador, ou o que só come a Lisy? Wjdjsjss.
Espero que estejam gostando.
Dúvidas vocês já sabem, me chamem no meu FC (peynetrado) ou mande perguntas na ask do niallhbra (ask.fm/niallhbra)

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