47. Poção do amor verdadeiro?

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Katherine seguiu Dean até a saída do castelo. Ele estendeu o braço e faíscas douradas saíram de suas mãos. Ela recuou com medo, porém, ele a chamou , garantindo que nada iria acontecer.

- Vamos usar magia para chegar lá. As fadas das ruínas podem ser perversas quando querem, por isso, tome cuidado. – ele avisou.

Katherine assentiu e logo sentiu uma espécie de fumaça com cheiro de morango ficar em volta dela. A mão de Dean foi para o seu ombro e seu depois enfrentou uma forte vertigem. Tudo o que ela olhava parecia retorcido e embaçado. Sentiu o corpo amolecer e se retorcer. Não conseguia enxergar Dean nem o que estava a sua frente.

Sentiu os pés de volta ao chão e o estômago voltar ao normal. Quis beijar todo o chão, feliz por estar de volta, mas precisava pegar logo o espelho. Apesar de toda essa pressa, ela não sabia o que fazer com ele logo em seguida. Deixá-lo de enfeite? Colocar no banheiro? Esconder num cofre a sete chaves? Realmente, tinha muito para se pensar.

Assim que se tudo se estabilizou, ela olhou em volta para conhecer o lugar. Tinha purpurina e vagalumes para todos os lados. As árvores tinham o tronco de cor azul e as flores eram lilás em formato de coração. Era tudo lindo, limpo e cheiroso. Cheirava a flores.

Um menino fada muito bonito apareceu na sua frente, falando algo sobre hospedagem. Tinha asas azuis brilhantes e um sorriso largo. Seus olhos tinham uma tonalidade diferente entre roxo e verde. Katherine desejou aquele olhar. Adoraria passar a eternidade olhando para seus olhos.

- Não olhe! Algumas fadas tem o poder de persuadir apenas com o olhar! – ele beliscou seu braço e ela soltou um grito. Balançou a cabeça, livrando-se do transe.

- Desculpe. – ela passou pelo menino fada, sem encará-lo.

- Mas nós temos serviço grátis! – ele gritou.

- Precisamos encontrar a tal fadinha. – Dean sussurrou em seu ouvido.

- Estão procurando por mim?

Katherine se virou lentamente e viu alguém que já imaginava encontrar. Brisa e toda a sua beldade. Os cabelos que antes eram castanhos estavam platinados e longos. Ela encarou Dean por alguns segundos e depois Katherine.

- Você, Dean... Não deveria estar aqui. Eu só quero a garota.

- Você acha que eu vou confia-la a você? Entregue o espelho e fim de papo, fadinha.

- Não resolvemos as coisas assim tão fáceis, meu amor.

Dean ficou tenso. Olhava para Brisa com raiva e determinação. Com certeza, ele estava determinado em acabar com ela.

- Eu vou, Dean. Não se preocupe. – ela o tranquilizou.

Ela foi petulante em direção a Brisa, que a encarava com um olhar perverso. Levou-a até uma salinha rosa bebê e se sentou em um pufe feito de folhas amarelas. Mexeu-se desconfortavelmente, tentado achar um jeito de amenizar a dor nos quadris.

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora