43. Apenas uma noite

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- Meus caros, cidadãos de Mariland! – Elizabeth disse, exibindo um sorriso triunfante no rosto

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- Meus caros, cidadãos de Mariland! – Elizabeth disse, exibindo um sorriso triunfante no rosto. Olhava para todos os vampiros, lobisomens, esqueletos e outros monstros do Submundo que ansiavam pelo poder e Guerra. – Todos estão cientes da Guerra que vá acontecer certo?

Todos urraram como respostas. Armavas voavam aos céus como se fosse algum tipo de glória.

Será uma batalha muito interessante.

- Eu, como quero o melhor para nós do Submundo, adianto a nossa Guerra! – ela apontou a espada para cima. – Pegaremos de surpresa! Amanhã de manhã, estaremos nas ruínas das dunas!

Enquanto a multidão de monstros berrava, Elizabeth pode jurar que vira Dean no meio deles, mas logo aquela silhueta desapareceu.

_*_

Katherine não sabia se cavava um buraco para se enfiar lá dentro, ou se fugia, ou até mesmo, se esconder atrás de Rell. Droga, não tinha opção a não ser encarar o olhar de cachorrinho perdido de Thomas.

- Kate... – Edward tentou dizer, mas Kate o cortou.

- Cale a droga da sua boca. – Katherine disse amarga.

Todos os encaravam como se fossem uma novela. Uma novela mexicana – Dean havia dito.

- Quem quer mais coxa de lobisomem? – Dean perguntou na esperança de quebrar o silêncio e tirar toda aquela concentração de cima de Kate, o que realmente funcionou de uma maneira estranha.

Thomas estava andando cambaleante até ela. Seus passos eram cruciais e tudo parecia durar uma eternidade.

- Vamos conversar? – ele perguntou estranhamente calmo.

- Tudo bem.

- Vamos pro seu quarto.

Ela ficou confusa por um instante, mas depois se lembrou de Rell ter deixado um quarto reserva para ela, pois havia poucas mulheres com eles. Ela encarou o corredor e viu o último quarto. O seu quarto.

Ela entrou e sentiu a mão de Thomas em suas costas, como um intuito para ir em frente. Bem, ela não estava muito confiante quanto a isso.

Sentou-se na cama se sentindo exausta. Queria poder dormir e deixar essa conversa para amanhã, mas duvidava que Thomas deixasse isso à parte tão cedo.

Ele respirou fundo e sentou-se ao lado dela. Seus músculos estavam tensos e seus ombros estavam curvados para frente. Os olhos pareciam estar cheios de lágrimas não derramadas.

- É verdade? – ele pergunta primeiro.

- Sim.

- E você sabia?

- Não! Se soubesse nunca teria me tacado daquele abismo.

- Hum. – ele se levantou lentamente. Katherine ficou confusa, mas só entendeu assim que ele abriu a porta.

- Não, Thomas. Você não vai sair sem conversarmos. – disse firme. Estava cansada de fugir.

- Sobre o que você quer conversar, Kate? – ele perguntou, encostando o antebraço na maçaneta.

- Sobre nós e nosso futuro.

- Eu não sei se posso construir um futuro com você... – ele sussurrou, mas ela ouviu. Aquelas palavras soaram como um soco no estômago.

- O quê...?

- Katherine, você pensou no nosso amor quando se jogou daquele abismo?

Kate ficou quieta. Lógico que havia ido longe demais, mas pensou apenas em Thomas e não nos seus sentimentos. Ela sabia sobre o medo dele e ela fez isso acontecer por livre-arbítrio.

- Não. Mas Thomas... Tente entender... Pessoas erram. Eu errei feio. Se você não estivesse aqui, eu não sei o que faria. – ela disse suavemente. – Talvez eu não estivesse nem aqui.

Ele desviou o olhar.

- Perdoe-me, Thomas. – ela disse sinceramente. Ele voltou a olhar para ela, mas de uma maneira como se pudesse enxerga-la por dentro. Como se pudesse ver seus segredos, promessas, alegrias e tristezas.

- Não consigo viver sem você. - ele fez uma pausa. Eu também lhe devo desculpas. – disse por fim. – Fui um idiota por completo, apenas criando barreiras para que você se afastasse de mim, sendo que é isso o que eu menos desejo nesse mundo. Eu amo você. Um amor que iria até a morte ou até mesmo depois dela.

Ela ficou sem ar.

- Eu te amo. Temos nossas falhas, sejam grandes ou pequenas. Se o que sentimos é maior do que isso, iremos superar com toda a certeza.

- Com certeza é maior que isso.

Ele encostou a testa dele na sua e rodopiaram no quarto como se estivessem em uma dança.

- Lembra-se de quando dançamos e eu te beijei pela primeira vez?

- Claro! Você saiu correndo! – ela rodopiou e voltou para os seus braços. – Por acaso eu estava com mau hálito?

Thomas soltou uma risada. É tão bom quando as coisas estão assim, pensou ela. Queria que não estivessem nessa fase complicada. Queria liberdade para viver com Thomas.

- Eu estou exausta. – ela disse rindo.

- Eu também. – ele disse. Kate percebeu que estava um pouco ruborizado. – Eu poderia dormir aqui hoje? Apenas uma noite. Não vou tocá-la se não quiser. Não sei quanto tempo teremos Kate.

- O quê? No que está pensando? – ela disse ajeitando os lençóis. -

- Tudo isso. – ele gesticulou com as mãos. – E se eu não for sobreviver? E se você... Morrer?

Kate sentiu uma pontada no coração. Ela não conseguiria viver sem Thomas.

Assim como ele, que não conseguiria viver sem ela.

- Não pense nisso, Thomas. – ela disse se deitando.

- Quero pelo menos passar meus últimos dias ao seu lado. – ele deu um beijo em sua testa.

- Amo você. – ela disse baixinho, olhando para a janela que revelava uma das luas. Parecia formar um sorriso largo, mas Kate pensou que talvez só fosse imaginação dela. Sentiu os braços de Thomas sobre sua cintura e sorriu. Era bom estar com ele.

E se eu não for sobreviver?

Bloqueando o pensamento, continuou encarando a noite lá fora, tentando decifrar o amanhã.

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Olá, amores! Capítulo fofo para vocês! Comentem e votem, pois eu amo! Beijos da Isa <3

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora