44. Adrenalina

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- Rell! Rell! – chamou um dos homens

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- Rell! Rell! – chamou um dos homens.

Rell olhou assustado e franziu o cenho.

- O que acontecestes, garoto?

- F-foi o Dean!

- O que houve? Seja direto!

- Dean disse que Elizabeth vai nos atacar de manhã! Ela violou as ordens, senhor!

- Mas aquela... – Rell ignorou a raiva súbita. – Arrumem suas armas! Precisamos estar atentos à batalha surpresa! – gritou e todos começaram a correr de um lado para o outro.

_*_

Katherine não sabia quantas horas havia dormido muito menos da agitação que acontecia fora daquele quarto. Ouvia gritos, passos acelerados e o barulho de armas sendo forjadas. Franzindo o cenho, foi até a janela e viu Rell gritando coisas com um garoto viking.

Melhor ir falar com ele.

Olhou para Thomas que dormia tranquilamente e resolveu não acordá-lo, pois não era nada de tão importante.

Saindo do quarto, ela acabou esbarrando com alguma coisa dura.

- Garota, presta atenção. – disse Dean.

- Dean? Desculpe, eu não vi você. O que está acontecendo?

- Ora, truques da sua irmãzinha maravilhosa. Ela adiantou a Guerra, pois sabia que nós não estávamos cem por cento prontos. Desgraçada!

Kate o analisou e percebeu que isso não era a única coisa que o atormentava.

- Algo mais aconteceu? – perguntou preocupada.

- Claro! Minha namorada, Penny, terminou comigo! – ele disse cansado e irritado. A franja que geralmente estava impecavelmente para trás, estava caído sobre os olhos. – Ela acha que eu amo Elizabeth. Dá pra acreditar?

- Não... – Kate mentiu.

- Pois é, minha filha! – ele arfou. – Volte a dormir, criança. Amanhã temos muito que fazer.

- Não acho que vou conseguir matar minha irmã. – ela foi sincera.

- Também acho. Você é fraquinha.

Kate revirou os olhos.

- Acho que a Penny tem razão, quanto a você e Eliza.

- Ah, querida... Mais fácil aceitar o fato de que é fraquinha.

- Já disseram alguma vez que você é insuportável?

- Nunca! – ele pareceu indignado de uma maneira teatral. – Abusada!

Kate gargalhou, mas parou na hora que Rell atravessou a porta. Ele estava pálido, suado e completamente exausto. Ele parou os olhos em Kate e foi até ela.

- Menina! Vamos precisar de você!

- Eu não sei se vou conseguir...

- Você tem que conseguir! Pelo futuro de Mariland!

Kate respirou fundo e olhou para as próprias mãos. Uma visão ultrapassou a sua mente mostrando sangue, pessoas gritando, corpos voando, cabeças rolando e espadas se colidindo. Tudo passou tão rápido que ela quase caiu para trás. O medo gelou a espinha.

Você é fraquinha.

- Eu vou conseguir. – ela disse confiante. – Só preciso me arrumar e afiar a minha espada.

- Seja rápida, menina.

Ela entrou voando no quarto. Verificou as roupas que havia na pequena cômoda e viu que eram todas masculinas.

- Thomas, acorde! – ela chamou, tocando em seu ombro.

- O que houve? – ele perguntou assustado.

- A Guerra. Elizabeth adiantou tudo e vai nos atacar primeiro. Dean foi espia-la.

- Não acredito! Ela está seguindo fora do acordo!

- Não podemos fazer nada, a não ser nos apressarmos.

Ele trocou de roupas rapidamente e logo saiu para pegar as armas. Katherine fuxicou ainda mais na cômoda e achou duas peças de roupa feminina com o nome: Eleanor.

Era o nome de sua mãe.

Será que ela já entrou em uma batalha, ou seria outra Eleanor?

Deixando os pensamentos para outra hora, serviu o uniforme que coube perfeitamente em seu corpo. Ansiosa e nervosa, ela pegou a espada que Rell lhe dera. Era grande, reluzente e cruel, como no sonho.

Seu corpo foi tomado por uma adrenalina intensa. Sentia-se pronta e ao menos tempo não sentia nada disso. Seu coração parecia um martelo que estava prestes a lhe rasgar no meio.

Saindo do chalé, encontrou Thomas um pouco distante dali. Ele estava forjando uma espada, que parecia mais com uma adaga. Dean, por outro lado, estava testando uma arma. Ela se aproximou dele no intuito de trocar a espada pela arma, que parecia ser bem mais fácil de manipular.

- Olá, Dean. – perguntou tentando dar o sorriso mais meigo que fosse possível.

- Posso testar em você? – ele pergunta olhando para arma e dando um sorriso maníaco.

- Não. Quer trocar a arma pela espada? – foi direta.

- Não.

- Ah, qual é Dean...

- Ah, qual é Dean... – ele imitou a voz dela. – Não, querida.

- Lá vem a Penny! – ela exclama, com olhar de surpresa.

- Aonde? – ele perguntou atordoado.

Katherine chuta sua canela com força e agarra a arma que caiu no chão. Ela corre rapidamente pelo campo, até sentir uma espécie de nuvem ao seu redor, que a impedia de sair do lugar. Tentou se mexer e até mesmo respirar, mas era impossível.

- Querida, o que você pensou que estava fazendo quando decidiu me enfrentar? – Dean perguntou. Uma fumaça branca saia de suas mãos e logo, evaporou.

Katherine sentiu o ar entrar nos pulmões e tossiu um pouco. Seu corpo estava mole e seus ossos pareciam líquidos.

- Idiota. – sussurrou. Ele devolveu a espada e ela lhe deu a arma.

- Tenho um ótimo ouvido também, queridinha.

- O que está acontecendo aqui? – Thomas perguntou com cara de poucos amigos.

- Sua namoradinha achando que pode me enfrentar. Tadinha, olha para ela!

- Cale a boca! O que você fez Katherine?

- Nada que te interesse! – respondeu irritada.

- Que bonitinho! Adoro assistir discussões! – disse uma voz conhecida. Kate e os outros olharam na mesma direção e viram Elizabeth em roupa de batalha. Ela sorria como uma vitoriosa e havia um brilho enigmático em seu olhar. – Irmã... Que saudades!

Kate ficou petrificada. Sentiu uma enorme onda de fúria a invadir. Ergueu a espada e correu em direção à futura carnificina.

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Olá , amores! Tive que enrolar um pouco nesse capítulo, pois o próximo... hehehe, vocês já sabem! Comentem e votem, pois eu amo! Ah, antes que eu me esqueça! Poderiam dar uma olhadinha no meu novo conto: Let it go? Ficaria muito grata <3 beijos da Isa <3

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora