26. A maldição

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''  Introduza um pouco de anarquia. Perturbe a ordem vigente e então tudo se torna um caos. Eu sou um agente do caos. E sabe, a chave do caos é o medo!  ''

-Coringa


As pernas de Katherine não saiam do lugar depois de ter ouvido muito bem o que Edward havia dito

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As pernas de Katherine não saiam do lugar depois de ter ouvido muito bem o que Edward havia dito. Seu corpo permaneceu intacto e sua boca ficou meio escancarada. Até ouvir o rugido novamente. Edward berrou novamente suplicando para que ele parasse, mas Thomas – a fera- avançou.

Seu corpo forrado por medo.

Até que algo o atinge com força total nas costas.

Uma garota cujo corpo era formado por água.

Tudo sobre ela era d'água. Seu cabelo, mãos, pernas, tudo.

A estaca atravessa as costas da fera que urra de dor e cambaleia para trás com força total.

Katherine estava muito aturdida para assimilar todo o acontecimento.

Era coisa demais para absorver.

- Meu nome é Nyadra. – ela diz olhando para Edward. Assim que seus olhos pousam em Katherine, eles se arregalam e a mesma aponta outra estaca na direção de Kate.

A menina quase tropeça com o susto.

- Você é Elizabeth? Diga-me!

- Não, não sou!

Nyadra a olha de cabeças aos pés. O olhar ainda desconfiado, investigador.

- Tudo bem. Elizabeth tem traços mais bonitos. – ela diz.

Katherine revirou os olhos. Aquele comentário fora completamente desnecessário.

Eles escutam um gemido de dor fraco que vinha de Thomas. Seu corpo estava voltando ao normal e sua respiração ficando mais fraca o que assustou Katherine. Sua blusa voltou ao seu corpo que estava coberto pela pelagem escura e macia. Sua calça, agora era uma bermuda farrapada.

- Katherine... – ele sussurrou. Os olhos ainda fechados.

Kate sentiu um súbito medo de se aproximar dele.

Mas o fez.

Ele abriu os olhos que estavam com a sua cor natural e em seu semblante estava estampado pela vergonha. Ele desviou o olhar do dela e olhou para as folhas caídas. Lágrimas quentes agora desciam por suas bochechas.

- Desculpe. – ele diz olhando para o nada. – Eu não queria ter nascido assim.

Nyadra observava tudo com bastante interesse.

- Quem são vocês?

- Essa é Katherine, irmã de Elizabeth, a mulher que você supostamente odeia. Esse é Thomas, a fera e o meu nome é Edward.

- Por que estão aqui? – ela pergunta levando o queixo.

Edward olhou para Kate como se pedisse permissão para responder tal pergunta.

- Estamos aqui para derrotar Elizabeth.

A garota d'água abriu um sorriso perverso, como se tivesse gostado de ter ouvido. Definitivamente, aquilo era uma música para seus ouvidos.

Uma rebelião em Mariland.

Ela mal podia esperar.

- Estou com vocês. Vamos ajudar o carinha aqui e juntos vamos até a cidade. A minha estaca é magica e pode corromper qualquer maldição.

- O que quis dizer com maldição? – Katherine pergunta.

- Eu fui amaldiçoado quando era criança. – Thomas diz. Sua voz sai grogue.

- Por quem? – Katherine pergunta.

- Pela minha mãe.

Ninguém disse nada, até Thomas soltar um grito amargo.

- Estão com pena do garota que tem alma de fera?

- Thomas, eu só...

- Você nada, Katherine. Vamos logo completar essa maldita lição. – ele diz ríspido. Dava para sentir a tristeza em seu olhar. A culpa. O orgulho.

O silencio dominou novamente. Thomas andou na frente. Não vestia mais a camiseta, deixando suas costas musculosas à mostra. Katherine encarou sua silhueta por trás e desejou abraça-lo. Desejou esquecer tudo sobre a maldição.

Mas também sabia que não era possível.

- Você está bem? – Nyadra perguntou. As meninas estavam andando um pouco mais atrás de Edward que olhava atentamente a floresta.

- Estou. – mente.

- É sobre a maldição dele, não é?

- Sim.

- Sangue de dragão. – ela respondeu sorrindo.

- E quem é o dragão?

- Se você é irmã de Elizabeth, deveria saber.

Kate franziu o cenho e olhou para Nyadra sem entender. A garota d'água respondeu:

- O dragão do Sol Celeste é o seu pai.

- O quê?

- Quando chegarmos a cidade, eu te explico.

Kate assentiu. Sua boca parecia seca e sua mente estava mais embaralhada ainda. Como um dragão poderia ser o seu pai? Ela teria que enfrenta-lo? Não queria nada disso para si mesma. Precisava libertar a sua mente e parar de pensar no futuro.

- Estamos próximas. – Nyadra diz.

Depois de mais ou menos cem passos, eles avistaram uma luz forte em direção aos seus rostos. Kate sentiu seus olhos arderem e franzi os mesmo para enxergar com mais nitidez.

Era uma cidade.

Eles estavam aonde deviam estar.

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Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Where stories live. Discover now