33. A morte

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Era tanta, mas tanta informação, que Katherine resolveu sentar, por estar se sentindo meio zonza

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Era tanta, mas tanta informação, que Katherine resolveu sentar, por estar se sentindo meio zonza. Ela colocou a mão na cabeça e fez uma careta de dor.

- Você está bem? – Thomas correu até ela.

- Só estou um pouco cansada. Thomas, poderemos treinar depois?

- Claro, meu amor.

Ela assente e acena para todos, porém, quando chega ao final da escada, é interrogada por Edward, que havia corrido até ela.

- Kate... Vocês dois... Estão namorando? – ele pergunta com os olhos cravados no dela. Droga! Ela havia se esquecido completamente do amor de Edward por ela e ainda por cima, demonstrou amores por Thomas na frente dele, sendo isso, algo completamente desconfortável.

- Sim. – ela respondeu apertando os olhos. Assim que os abriu, Edward a encarava com um sorriso. Mas não era um sorriso de feliz de ''estou contente por você'', e sim, triste.

- Parabéns... – ele diz coçando a nuca. – Vemo-nos depois, então. Até logo.

- Até.

Ele desceu as escadas apressadamente e sumiu de vista. Katherine entrou no quarto e se sentou na cama macia com dificuldade. Seu coração estava acelerado e sua memória havia cravado aquela frase em seu cérebro: Todos eles querem você para derrubar Elizabeth. Basta você, escolher seu lado.

Mas será que não havia uma maneira de juntar os grupos? Se todos tem o mesmo propósito, porque não se juntam ao invés de se dividir? Pensamentos e pensamentos a corroíam sem cessar. Ela precisava se concentrar naquilo que Thomas havia lhe dito.

Ela pensou em Maggie e Sara. O que será que elas estariam fazendo? Sentia tanto a falta delas... E até mesmo de sua babá, Maris Aurora. Babá. Nunca imaginou que a chamaria disto.

Sua mãe... morta quando ela tinha sete anos de idade. Elizabeth seguindo o rumo do reinado cedo e o seu pai transformou-se em um Dragão. Uau! Era coisa demais para ela! Como iria se concentrar depois de toda a bomba que jogaram em suas mãos? Ela não era tão boa na liderança como Elizabeth. Ora, Eliza demonstrava poder e rebeldia ao mesmo tempo, além disso, liderava com mão firme. Katherine não seria capaz de liderar um grupo de rapazes revoltados com todos os tipos de armas na mão. Ela não dava conta nem dos trabalhos em grupo na época do colegial.

E ainda tinha a faculdade de História da Arte que ela abandonara. Quando era criança, ela tinha vontade de realizar simples sonhos. Ser uma artista plástica renomada, morar no centro de Nova Jersey e ter vários cachorros andando de um lado para o outro. Nunca imaginou tendo um marido e filhos. Isso nunca passara por sua cabeça.

Mas agora tudo mudou.

Digamos que o mundo deu umas voltas um tanto... Exageradas... Bem, ela veio para outro mundo, onde está toda a sua família, e agora tinha que matar a irmã e sobreviver a Guerras. E tem um namorado que a amou durante a vida toda e ela não fazia ideia disso.

A vida dá voltas exageradas.

Ela respirou fundo e tentou se concentrar no nada. Precisava parecer que seu corpo estivesse flutuando.

Então ela sentiu.

Sentia que seu o corpo se esvaia em pedaços de luz. Abriu os olhos e viu que estava iluminada por uma espécie de luz ou proteção de cor azulada. Tocou em seus braços e não sentiu queimar ou algo assim. Sentiu-se até melhor, como se ali fosse o seu ponto de paz. Porém, assim que perdeu a sua conexão com a tal serenidade, ela voltou a sentir o cansaço de antes, no entanto, ele havia diminuído bastante. Até mesmo o seu rosto parecia mais vivido e bonito.

Será que é alguma espécie de revitalizante?- pensou olhando-se no espelho.

_*_

Elizabeth estava sentada em sua poltrona real olhando para os seus empregados que a olhavam com medo. Ora, ela até que estava calma demais para não soltar os cachorros em cima deles. Dean chegou com o seu típico tom de superioridade sobre ela. Ela apenas bufou e revirou os olhos.

Patético.

- Onde está o espelho, Dean? – ela grita. Alguns empregados olhavam-na assustada.

- Não o encontrei. Revirei aquela casa daquele maldito mensageiro, mas não encontrei nada. Eles não estavam lá.

- E onde eles estão agora?

- Meus homens os avistaram dois dias atrás na boate da Cidade de Vidro.

Elizabeth se levantou. A ira em seus olhos era visível. Ela ia acabar com Dean.

- E você não os trás para mim?

- Jason não conseguiu trazê-la! Agiu fora dos planos! – ele grita.

Errado.

Muito errado.

Sem pensar duas vezes, Elizabeth pega a espada que estava embainhada na parte de trás do vestido e rapidamente corta a cabeça de Dean em um só golpe. Vejamos, ela é uma mulher treinada para qualquer tipo de coisa. Qualquer coisa! Os empregados começaram a vomitar e um ou outro desmaiavam.

A cabeça de Dean rolou e sangue foi jorrado. Uma enorme poça de cor vermelha escuro estava sobre chão e o corpo de Dean sobre ele.

- Nunca mais grite comigo. – ela diz olhando para o corpo. Volta o seu olhar para o empregado que estava segurando o vômito.

Vou me divertir um pouco.

- Limpe o chão e ateie fogo no corpo.

- Mas senhora...

- Faça o que eu mandei ou vai acabar como ele! – avisou em tom severo.

A mulher assente e, Elizabeth sai às pressas dali indo em direção ao seu quarto, mas logo retorna ao salão real. Ela avista uma de suas fadas, Brisa.

- Você! – ela aponta.

Brisa continua estática. Estava com uma bandeja de bolinhos na mão e usava uma roupa de confeiteira

- Você vai me fazer um favor!

- S-Sim, senhora. – ela diz tremula.

- Vai anunciar a todos que eu sou a nova Rainha das Sombras. Tomarei o lugar de Dean.

- O que aconteceu com ele? – perguntou curiosa e receosa ao mesmo tempo.

- Não lhe interessa! Faça o que eu mandei ou vai acabar como sua amiga Hemerty!

Brisa estremeceu. Sabia o que tinha acontecido com a amiga, mas nunca imaginou que Elizabeth havia comandado todo o esquema. Quanta crueldade havia naquela mulher.

- Ah, não se esqueça. – Elizabeth disse e logo colocou o dedo sobre a boca em sinal de silêncio.

Assim, saiu da sala e foi em direção ao elevador, rumo ao seu segundo Castelo.

A luz dourada pareou sobre ela. Ela se sentia má, com vontade de tomar todas as dimensões, mas para isso ela precisava ter cautela. Tirar todos os empecilhos da lista primeiro e tomar lugares depois.

Isso incluía Katherine e toda a sua turminha.

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora