38. Perdoe-me?

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Abrindo os olhos com dificuldade, Katherine percebeu que estava dentro da caverna do seu pai

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Abrindo os olhos com dificuldade, Katherine percebeu que estava dentro da caverna do seu pai. Ouviu um estrondo e gritos altos ecoando por todo o local. Katherine sentiu medo de toda aquela algazarra.

Saindo de meio as sombras, ela deparou com Thomas que gritava com Edward e Nyadra que estava no meio deles, tentando inutilmente acalma-los. Assim que a viram, Edward ficou com a boca escancarada e em seguida correu para abraça-la. Seu rosto estava pálido, mas não estava pior que Thomas que estava com a pele avidamente pálida. Os redores de seus olhos estavam marcados por uma marca roxa e olheiras. Ele devia ter chorado muito.

- Katherine... Você está viva! – Edward sorriu com sinceridade. – Co- como isso aconteceu?

- É uma história longa... – ela disse cansada. Olhou para Thomas com ansiedade.

- Thomas...

- Não, Katherine. – ele disse curto e grosso.

- Precisamos conversar. É sobre o nosso...

- O quê? Relacionamento? Se você queria terminar, podia ter me dito e não ter tentado se suicidar!

- Thomas, eu...

- Não venha se fazer de santa! Você é egoísta! Ainda não acredito que me apaixonei por uma pessoa como você! – gritou com raiva. Seus olhos eram cortantes como lâminas. – O quê deu em ti para fazer aquilo, Katherine? Você é louca? Você acha que eu me importo mais com a maldição do que com a sua vida?

- Thomas, não diga essas coisas para ela! – Nyadra o repreendeu.

- Ah! Você está do lado dela também? – ele pareceu irônico.

- Thomas, a gente precisa conversar! – Katherine tentou manter a voz firme, porém, saiu um pouco trêmula. Ela estava prestes a chorar, mas não podia se dar ao luxo de fazer tal coisa naquela hora.

- Não, Katherine! Não precisamos conversar! O que deu em você para fazer aquilo? Você jogou tudo o que sentíamos fora! Tudo foi praquele abismo! Tudo!

- Não...

- Você sempre vai continuar morta pra mim.

Aquilo foi o ápice para ela. Virou-se com lágrimas que faziam os olhos arderem e dirigiu-se em direção a floresta escura.

O amor pode vencer todas as barreiras.

Não, não pode.

Ela desceu o morro e viu que estava usando as roupas de antes. Um vestido longo e sujo.

- Se eu tivesse morrido naquele abismo, acho que tudo estaria melhor. – sussurrou para si mesma.

- Não deveria dizer isso. – uma voz reconhecida surgiu atrás. Edward.

- Não precisa estar aqui. – ela disse seca.

- Eu sou seu amigo. É isso o que amigos fazem.

Katherine respirou fundo e tacou uma pedrinha no lago que estava a sua frente. Edward fez o mesmo.

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora