13. A cura

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''Raro é esse amor, mantenha-o escondido

Eu preciso que você corra para mim, corra para mim, amor.''

- Run ( Hozier)

_*_

- Quem são vocês? – Kate repetiu. Ela estava parada na frente de uma velha senhora e um rapaz muito bonito. O pior era que ela não sabia nem ao mesmo o seu nome. – Quem sou eu?

- Acalme-se Kate... – o rapaz se aproximou, tentando acalmá-la, mas a menina apenas ficou o encarando com curiosidade.

- Eu estou completamente calma – Kate responde. – Eu sou Kate?

- Sim... – ele diz se aproximando de Katherine, que se sentia algo estranho em relação a ele. Algo ruim...

- Não se aproxime de mim – ela diz com um olhar duro e frio. Não o conhecia. Não queria que ele se aproximasse.

- Katherine, por favor! – ele diz em um tom alto. – Eu não irei te machucar! - insistiu.

- Eu não quero me aproximar de você! – ele grita. Seus olhos estavam em um tom irreconhecível.

- Katherine, por favor, escute-me... – ele diz calmamente, mas Kate balança a cabeça. Vários fashes passam em sua mente, deixando-a transtornada. Ela põe as mãos na cabeça.

- Deixe-me em paz! – ela disse enquanto as lágrimas involuntárias caiam.

- Eu quero te ajudar!

- Não! Ninguém quer! – ela grita ainda mais alto.

- Dê-me uma chance. - ele disse sem tirar os olhos dela.

Os flashes pausaram em sua mente. Ela olhou realmente para Thomas que estava quase beirando as lágrimas. Ele desceu a sua altura, pois ela estava agachada ao chão, desolada. Ele passou o dedo delicadamente sobre seu rosto, o que quase a fez recuar, mas ela deixou que o fizesse. Ele continuou secando suas lágrimas com o dedo até que ela se acalmasse. Por fim, aconteceu.

- Quem é você? – ela perguntou baixinho.

- Meu nome é Thomas. Sou seu amigo.

- Não sei se devo confiar em você – ela se voltou à senhora que observava tudo. – Quem é ela?

- Uma bruxa – ele respondeu simplesmente. – Ela tirou a sua memória para você ficar viva por mais tempo.

- O quê? O que eu tenho? – ela se desesperou.

- Acalme-se, querida... Eu vou falar com ela – Thomas disse afagando os cabelos de Kate.

- Ela vai me fazer mal, ela vai! – Kate arregalou os olhos; aturdida. – Mate-a!

Thomas franziu o cenho para Kate. Lógico que antiga Katherine nunca ousaria dizer uma palavra daquelas. Ela era delicada, simples e amorosa. Essa Kate é selvagem e assustada.

- Katherine, relaxe.

Kate fuzilou-o com o olhar. Não estava gostando nada do que lhe acontecia a sua volta.

- Ok – ela se levantou e cruzou os braços. – Vou esperar ali fora.

- Tudo bem...

Thomas caminhou até a mulher que sorria para o nada. Ele com seu mesmo semblante sério, disse:

- Por que ela perdeu a memória?

- Por que ela precisa de mais tempo de vida, tolinho.

- E me diga a cura para essa maldição! - ele se exasperou. Estava cansado de joguinhos.

- O espelho.

- O quê?

- Ela precisa do espelho. Só ele pode curá-la.

Thomas que gritar de felicidade. Ora, ele estava com espelho, então com certeza ele salvaria Katherine e tudo voltaria ao normal. Talvez, eles pudessem recomeçar. Sem perder nenhum tempo, Thomas se despediu.

- Obrigado. – ele disse, virando-se para ir embora daquela cabana fedorenta.

- Boa sorte, belo menino. Boa sorte – a mulher disse com um sorriso malicioso idêntico ao de Elizabeth.

Ouviu-se então, o ranger da porta se fechando.

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Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora